terça-feira, 22 de setembro de 2015

Educação ambiental impulsiona a criação de uma cidade educadora


De que maneira uma educação voltada para o meio ambiente pode impulsionar o surgimento de uma cidade educadora? Na busca por respostas para essa complexa questão, o Seminário “Da Educação Ambiental Escolar à Cidade Educadora” reuniu gestores, educadores e estudantes das DREs Jaçanã-Tremembé (zona norte) e Penha (zona leste) na última sexta-feira (18/9), nas dependências da UMAPaz (Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz), localizada no Parque Ibirapuera, zona sul de São Paulo.

De acordo com Lia Salomão, uma das coordenadoras do Programa Carta da Terra em Ação, o evento pode ser visto como uma continuação do Seminário Comunidade e Escola: Semeando a Cidade Educadora, realizado no início de março. “Quando aquele encontro terminou, vieram algumas diretoras de Diretorias Regionais de Ensino (DREs) falando que tinham um monte de escolas com ações parecidas e queriam divulgar essas células de transformação”, lembra. “Hoje estamos respondendo a uma demanda. Muito importante esse momento de nos juntar, nos fortalecer e ver que não estamos sozinhos.”

Já na abertura, o público foi instigado a aprofundar suas reflexões sobre uma cidade que educa pela professora e pesquisadora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FE-USP), Sonia Kruppa. “A cidade é o espaço do conflito e da contradição, e é isso o que nos educa. Isso acontece desde cedo: a criança, quando está confortável, não precisa se expressar. É a situação adversa que a leva a se expressar, a avançar”, observa, afirmando que a grade curricular não costuma ir além dos conteúdos disciplinares. “Por outro lado, trabalhar com a cidade é formar valores.”

Quando professores citaram que uma das barreiras que dificultam a retirada dos alunos da sala de aula para a cidade é o alto custo de aluguel do transporte coletivo, Sonia defendeu um diálogo mais direto e menos burocrático entre as Secretarias Municipais de Educação e Transportes. “Se depender da secretaria de educação arrumar transporte para todas as escolas saírem, ela não vai dar conta”, apontou. “Uma cidade educadora tem que ser intencionalmente educadora, resultado de um arbítrio, de uma escolha.”

Em seguida, representantes das DREs relataram o trabalho que tem sido feito nas escolas com o objetivo de aproximar cidade e território, educação e meio ambiente. A diretora da DRE Penha, Mirtes Moreira, afirmou que a educação ambiental não deve ser tratada como “penduricalho”, e sim como parte fundamental do currículo escolar. “A escola educa não apenas pelo currículo, mas também pela gestão democrática, por sua edificação sustentável.”

Mirtes elencou uma série de projetos desenvolvidos nas EMEIs, EMEFs e CEIs sob sua direção: o Projeto Composta SP, que distribuiu composteiras e realizou oficinas sobre o tema; o segundo encontro de escolas conferencistas do meio ambiente; um curso que focava a sustentabilidade como direito humano; um encontro de saberes e práticas sustentáveis; e a Mostra EcoFalante, produzida em parceria com o Sesc Itaquera.

Em 2015, a DRE Penha também organizou uma mostra de trabalhos de estudantes sobre a crise hídrica em São Paulo. “É a escola saindo dos seus muros para melhorar a vida na comunidade”, arrematou Mirtes. Ela ainda deu dicas para os interessados em levar a educação ambiental para dentro de sua instituição de ensino. “É essencial ter uma gestão democrática – a começar pelas crianças, dando vez e voz a elas, independentemente da idade, pois elas têm muito a contribuir e não têm todas as barreiras que um adulto tem. Isso também ajuda a trazer os pais para dentro – quando você faz o primeiro, automaticamente acontece o segundo, pois os pais prestigiam as ideias que saem naturalmente da cabeça dos filhos, sem ser uma imposição da escola.”

Para Shirley Diniz, diretora da DRE Jaçanã-Tremembé, a educação ambiental deve estar representada no currículo escolar pois ele “é um processo, é o dia a dia, por isso ele está vivo, muda o aluno, muda a comunidade”. Elisangela Cardoso, professora da EMEF Célia Regina, no Parque Novo Mundo, afirmou que o histórico da região precisa ser valorizado dentro da escola, para que a criança entenda que pode ser protagonista da cidade. Para tanto, o estudo do meio “Descobrindo o meu pedaço” revelou aos estudantes como são corresponsáveis pela transformação da sociedade.

Os alunos também puderam mostrar como estão envolvidos com a educação ambiental. Através de vídeos, cartazes e painéis, jovens da EMEF Dr. Fábio da Silva Prado (DRE Penha) exibiram o projeto Você economiza, o planeta agradece, no qual perguntaram para a equipe da escola quais as atitudes que tomaram diante da crise hídrica. De acordo com Rosana, professora da EMEF, “alunos que participaram do vídeo pensaram no assunto, discutiram em casa e passaram a economizar mais.”
Também na DRE Penha, o CEI Jardim Popular deu oportunidade de ação para as crianças que, em meio à falta d’água e o forte calor, estavam preocupadas com a hidratação dos pássaros que habitam o jardim. Construíram então bebedouros com garrafas pet para manter os animais vivos. “Isso evidencia uma preocupação interessante com os valores de respeito à vida. Qual de nós, adultos, faria isso?”, questionou Mirtes.


Por Danilo Mekari, do Portal Aprendiz.


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segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Uso de internet pelo celular cresce entre estudantes e professores, diz pesquisa

Da Agência Brasil

A proporção de estudantes e professores que usam internet pelo celular cresceu nos últimos anos. Entre alunos de escolas públicas, o percentual chega a 79% e em colégios particulares, 84%. Os dados fazem parte da pesquisa Tecnologia da Informação e da Comunicação (TIC) Educação 2014, divulgada hoje (21) pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), por meio do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br). Entre os professores, o percentual passou de 36%, em 2013, para 64%.

No levantamento anterior, os números eram 59% na escola pública; e 73% na instituição privada. A pesquisa constata que a escola não é o principal ambiente de uso da internet por estudantes. Tanto para estudantes de escolas públicas, como de particulares, o domicílio continua sendo o principal local de acesso à internet, com 77% e 93%, respectivamente. Apenas 41% dos alunos de instituições públicas usuários de internet conectaram-se pela rede da escola.

Na avaliação dos pesquisadores, a falta de formação e de infraestrutura ainda são barreiras para professores utilizarem recursos educacionais digitais com propósito pedagógico. Menos de um terço dos professores de escolas públicas têm a sala de aula como principal local de uso dessas tecnologias comunicação, mesmo percentual de 2013.

“Embora a infraestrutura de tecnologia de informação e comunicação esteja avançando nas escolas brasileiras, o seu uso, bem como a sua apropriação nas práticas pedagógicas, ainda representa um desafio para projetos educacionais e políticas públicas”, disse Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br. A pesquisa, que ocorre desde 2010, foi feita em 930 escolas urbanas, no período de setembro de 2014 e março de 2015, ouvindo 930 diretores, 881 coordenadores pedagógicos, 1.770 professores e 9.532 alunos.

A proporção de escolas com acesso à internet manteve-se em 93%. O percentual é maior nas instituições privadas, com 97%. A variedade de equipamentos, por sua vez, é crescente, aumentando o número de computadores móveis e tablets. Nas escolas públicas, 79% disseram ter equipamento portátil. Na pesquisa anterior, o número era 73%. A aquisição de tablets foi maior proporcionalmente, tendo passado de 11%, em 2013, para 29% neste levantamento. A velocidade de conexão ainda representa uma dificuldade, pois 41% dos estabelecimentos têm acesso com até 2 megabits/s. Em 2013, o percentual era 50%. Nas particulares, o número é menor, 21%.

Apesar de ainda não estar presente nas salas de aula, a internet é uma ferramenta comum na preparação das aulas ou de atividades com alunos. Cerca de 80% dos professores de escolas públicas produzem conteúdo usando recursos educacionais digitais. Para o Cetic.br, isso indica que há um interesse crescente pelo uso de TIC nas práticas pedagógicas. A publicação ou compartilhamento de conteúdos próprios na rede, no entanto, alcança 28% dos profissionais. Apesar da baixa proporção, houve aumento de sete pontos percentuais em relação à pesquisa anterior.


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sexta-feira, 18 de setembro de 2015

ONU reabre inscrições para curso técnico gratuito em energias renováveis

O curso online foi desenvolvido pelo Observatório de Energias Renováveis para a América Latina e Caribe, da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (ONUDI), visando a promover a formação de profissionais na área de energias sustentáveis.

A Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (ONUDI), por meio do Observatório de Energias Renováveis para América Latina e Caribe, oferece vagas no programa de capacitação técnica sobre Energias Renováveis. O curso é aberto, online e gratuito, e fornece certificado digital para os participantes aprovados. Mais de 40.000 usuários de 133 países já participaram do curso, que está com as inscrições reabertas.

Após realizar a formação completa, os alunos serão capazes de desenvolver projetos de energia renovável. Os módulos podem ser feitos em português, inglês e espanhol e abordam os seguintes temas: Energia e Mudanças Climáticas; Energia Mini-Eólica; Biogás; Energia Mini-Hidrelétrica; Energia Solar Térmica; Energia Solar Fotovoltaica; Eficiência Energética em Edifícios.

Todos os tópicos fornecem uma revisão técnica sobre os diferentes temas e tecnologias, assim como suas aplicações e visão regional, incluindo a análise de exemplos práticos. Os cursos utilizam didática inovadora e participativa e tem foco na América Latina e Caribe.

Com a capacitação, a ONUDI tem o objetivo de promover informação relacionada às energias limpas e oferecer conhecimentos atualizados sobre tecnologias energéticas aos profissionais e gestores de políticas. Os cursos foram elaborados por instituições mundialmente renomadas no setor de energias renováveis e eficiência energética e é homologado pela ONUDI, Universidade de Salamanca, Universidade Politécnica de Madri, Centro CIEMAT e pela Fundação CEDDET.

Faça sua inscrição aqui.

Fonte:ONU Brasil.


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terça-feira, 15 de setembro de 2015

Educadores defendem menos conteúdo e mais qualidade no ensino básico

da Agência Brasil

Educadores debateram hoje (15), no Rio, em sessão especial do Fórum Nacional do Instituto de Altos Estudos, a qualidade do ensino básico aplicado nas escolas do país. O tema foi abordado no painel “Transformar a educação, para que a educação transforme o Brasil”, dentro da sessão especial do Fórum Nacional do Instituto Nacional de Altos Estudos (Inae), que vai até amanhã na cidade.

Diminuir a quantidade de conteúdo obrigatório para o ensino fundamental e médio e garantir que todos os alunos adquiram as habilidades básicas foi uma das sugestões feitas por professores como um dos meios para melhorar a educação no Brasil.

O painel contou com a participação do ministro da Educação, Renato Janine, e do senador Cristovam Buarque, ex-ministro da pasta, e de outros educadores. Para o professor Simon Schwartzman, do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (IETS), o principal gargalo na educação está no ensino médio, um modelo criado há 70 anos e voltado para o ingresso na faculdade.

“Se conseguirmos destravar o ensino médio e abrir um pouco para experimentos, para iniciativas, conseguiremos avançar. É muito importante acabar com esse enciclopedismo, que não leva a nada, 15, 16 matérias que o aluno tem que passar correndo, e nunca chega a aplicar. Nós temos que permitir que os alunos optem e passem por diferentes áreas de formação e aprofundamento”. Ele destacou a importância do ensino técnico e profissional como uma opção de ensino médio, e não um complemento, como ocorre hoje.

O ex-secretário de Estado de Educação do Rio de Janeiro Wilton Risolia afirmou que o ensino médio não atende as necessidades nem de quem cursa, nem do país. “Nosso ensino médio é uma commoditie às avessas. Não tem fundamento nenhum nem base teórica exigir que o menino que quer ser médico, e o que quer ser jornalista, façam rigorosamente o mesmo ensino médio. Ou que o percurso formativo de quem quer ser músico e quem quer ser engenheiro seja a mesma escola”, afirmou.

O ministro Renato Janine destacou que houve muitos avanços no ensino técnico e que o Brasil ficou em primeiro lugar no WorldSkills Competition, realizado em agosto, em São Paulo. Ele lembrou que o ministério vai lançar amanhã (16) as bases comuns nacionais dos componentes curriculares, que devem contemplar cerca de 60% do que será ensinado nas escolas. O restante deve ser preenchido por conteúdos regionais, como prevê o Plano Nacional de Educação, aprovado no ano passado.

“Penso que, neste momento, a grande contribuição da base comum é sairmos de discussões genéricas para entrarmos na discussão de conteúdo: no que deve ser ensinado. E de competência: o que os alunos devem aprender. A educação é uma área no Brasil que demanda muita discussão, sobretudo sobre métodos pedagógicos, aprendizagem, e foco no aluno, nas boas práticas. Temos grandes avanços nisso, mas creio que podemos ir muito longe”.

Para o senador Cristovam Buarque, é necessário uma reforma total no sistema educacional brasileiro, partindo da federalização do ensino para que a qualidade chegue a todas as cidades. “Um núcleo comum federal com a escola municipal não vai acontecer. As pessoas esquecem a pobreza das cidades. Tem cidades no Brasil cuja receita anual da prefeitura não chega a cem reais por pessoa.

 Como é que vai dar uma boa escola, como é que vai pagar o professor, como é que vai exigir um professor de qualidade, se eles são escolhidos na própria cidade, não vem de fora? Os funcionários do Banco do Brasil não são escolhidos na própria cidade, vem de fora. Os juízes vem de fora, os delegados vem de fora. A professora é da cidade”.

Para o senador, a reforma curricular deve incluir o horário integral e a escolha de disciplinas pelo próprio aluno. “O aluno quer aprender violão, tem que ter espaço para ele como disciplina violão, tem que ir atrás do gosto do aluno. Agora, tem que ter um núcleo central, todos têm que ter: história do Brasil, geografia, noções de matemática, português, como falar bem. Mas a partir daí, química, deixa para alguns, não precisa todos saberem química. Então, não diminui o número de disciplinas, diminui o número de disciplinas obrigatórias e aumenta as que o aluno escolhe”.

Segundo Cristovam outros pontos que vão contribuir para melhorar a qualidade do ensino são formação e seleção do professor e dedicação exclusiva. “Professor qualificado e dedicado na sala de aula, professor que dá aula em três escolas não dá bem em nenhuma, tem que ser dedicado”. Ele acrescenta também avaliação do professor e capacitação para o uso das tecnologias. “A criança não aguenta uma aula no quadro negro mais, é uma violência para uma criança que nasceu vendo televisão, computador, internet, celular”.


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