da Agência Brasil
O legado dos Jogos Olímpicos Rio 2016 para a educação foi tema de 
debate hoje (13) no Rio, no Fórum Permanente de Desenvolvimento 
Estratégico do Estado do Rio, criado em 2003 na Assembleia Legislativa 
do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). A secretária-geral do fórum, Geiza 
Rocha, lembrou que a educação olímpica é uma das recomendações previstas
 na agenda 2020, lançada no ano passado para fortalecer os valores olímpicos na sociedade e discutir o legado social dos Jogos.
 “É uma preocupação, é um legado intangível que de fato muda a vida 
desses jovens e faz com que eles também possam experienciar o que é 
viver no país em que as Olimpíadas estão acontecendo”.
O 
professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) Lamartine 
da Costa disse, ao abordar a questão, que o principal problema dos 
programas de educação olímpicos é a falta de continuidade. “Está tudo 
bem com os Jogos Olímpicos, não vai ter nenhum problema, parabéns para 
os governos, para tudo que está acontecendo, teremos um final feliz, 
certamente. Mas o problema atrás disso é manter uma continuidade e obter
 um resultado que melhore o aspecto educacional. A cidade vai mudar, mas
 a educação não tem o proveito que poderia ter, que seria o esporte”.
Para ele, o programa educacional do Comitê Olímpico Rio 2016, chamado de Transforma,
 está tendo ótimos resultados, porém, não foca no que poderia ocorrer 
pós-2016. “No ano que vem, quando acabar os Jogos Olímpicos, desmobiliza
 tudo. Nos outros países que tiveram Olimpíadas isso aconteceu”.
Mas,
 para o professor da Universidade de Coventry, no Reino Unido, Leonardo 
Mataruna, desde Atenas 2004 os programas de educação olímpica têm 
deixado um legado importante na área educacional. “Em Atenas começou 
muito antes, e teve uma continuidade forte em todas as escolas da 
Grécia. Foram adotados livros que não ficavam restritos apenas à 
educação física escolar, mas envolvia todas as disciplinas, língua 
estrangeira, matemática física e química aplicados aos Jogos Olímpicos. O
 programa da China foi superior na massificação, foram milhões de 
pessoas sendo educadas ao mesmo tempo, não de uma forma 
multidisciplinar, foi utilizado apenas dentro da educação física 
escolar”.
Segundo Mataruna, o Transformar tem uma proposta 
excelente, mas o número de escolas atendidas ainda é pequeno na 
comparação com a quantidade de escolas existentes no Brasil, além de ter
 sido lançado tarde, muito em cima dos Jogos. “O programa que os Jogos 
Rio 2016 tem proposto é realmente muito interessante, muito importante, 
que renova a concepção do esporte para a educação física escolar, ele é 
inovador, mas se entende que ele começou um pouco tarde. Deveria ter 
começado quatro anos ou oito anos atrás para que justamente a população 
pudesse coletar os benefícios e pudesse colocar em prática o 
conhecimento esportivo e de cidadania, e outras tendências de valores 
durante os Jogos Olímpios, e que isso também tivesse uma continuidade”.
A
 professora de educação física da rede estadual do Rio de Janeiro 
Heloísa Landim disse que faltou vontade política para envolver as 
crianças do país no espírito olímpico. “Equipamentos públicos, ginásios,
 piscinas e pistas, todas as cidades que vão sediar a Olimpíada têm que 
ter. Nós precisamos pensar mais adiante e ter um diferencial que é o 
lucro social. E esse lucro social está justamente na ponta, no 
investimento no aluno, na escola, na educação física escolar, que é tão 
colocada em terceiro plano”, afirmou.
O programa Transforma atua 
em parceria com as escolas e oferece material didático digital sobre os 
movimentos Olímpico e Paralímpico, sugestões de experimentação esportiva
 e cursos de formação para professores de educação física, além de 
propor desafios para estimula o ambiente escolar. Qualquer escola do 
país pode acessar o conteúdo pelo site http://www.rio2016.com/educacao/.
Diretamente,
 o programa atende, desde 2013, 15 escolas públicas do município do Rio 
de Janeiro, com visitas periódicas, acompanhamento das atividades e 
promoção de cursos presenciais, além de visita de atletas olímpicos e 
paralímpicos. Não há previsão de continuação do programa após os jogos 
do ano que vem e o Transforma não oferece apoio financeiro nem 
equipamentos esportivos para as escolas participantes, bem como não há 
previsão de seleção de novos atletas que participem das experimentações 
esportivas.
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