(Moção em
defesa da Petrobras e de repúdio ao entreguismo direitista)
O Brasil vive, atualmente, verdadeira temporada de golpes. Um
deles, que vem de longe, mas não de menor importância, tem sido promovido pela grande
mídia conservadora e oligopolizada, e seus aliados entreguistas.
Trata-se do chamado “escândalo do petróleo”, conforme
expressão cunhada e título do livro de Monteiro Lobato, conhecido autor
pioneiro e baluarte da histórica luta “O petróleo é nosso”. Hoje, mais do que
nunca, é preciso ressaltar que o petróleo e a Petrobras tem que ser ainda
nossos – do povo e dos trabalhadores brasileiros.
No entanto, não é o que pensa e pretende conhecido líder do
PSDB no Senado com seu projeto que visa acabar com o regime de partilha da
produção onde a Petrobras tem participação decisiva na exploração do pré-sal.
Sem a presença da empresa nacional, é o mesmo que entregar de vez o nosso “ouro
negro” aos estrangeiros.
É do amplo e geral conhecimento que o país e, em particular,
a Petrobras vivem uma grave e profunda crise. É que daí tem-se aproveitado os
adeptos da sanha privatista em desmoralizar a empresa e retornar às pretensões
da cobiça internacional.
A Petrobras tem sofrido permanente e ofensivo bombardeio no
sentido de tentar desqualificar a empresa, reduzir seu valor financeiro e
dificultar suas pesquisas tecnológicas para vendê-la a qualquer preço, no todo
ou em partes, de forma torpe e às escondidas. Não foi divulgado, por exemplo,
que, em 2015, apesar de todas as dificuldades, se tornou líder mundial em
produção de petróleo enquanto empresa de capital aberto.
O pretexto da corrupção presente em outros momentos trágicos
no país, envolvendo os ex-presidentes Getulio Vargas e Jango Goulart,
principalmente, tem servido de novo como palco para as articulações das
correntes direitistas. Por outro lado, não há que se defender qualquer esquema
que tenha “privatizado por dentro” a empresa símbolo nacional. Como tem dito a
atual presidenta, “doa a quem doer”, os culpados comprovados devem ser punidos,
exemplarmente.
Historicamente, a Petrobras tem sido defendida pelos
movimentos sociais e sindicais, tendo à frente trabalhadores, estudantes,
intelectualidade, artistas engajados, religiosos progressistas e parlamentares
nacionalistas. E não será um suposto grupo da ordem de dezenas que colocará em
risco um patrimônio nacional, de porte mundial, com seus quase 90 mil
funcionários.
Neste contexto, de ofensiva da horda conservadora, que
pretende tudo privatizar e incrementar seus lucros, que professores reunidos,
nesta data, em assembleia geral da rede particular de ensino propõem e aprovam
a presente moção de repúdio à entrega do pré-sal e em defesa da Petrobras em
respeito à soberania nacional e em defesa dos direitos dos trabalhadores.
O petróleo tem que ser
ainda nosso!
Macaé, 12 de Março de 2016.
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