Salários dos professores seguem corroídos pela inflação mesmo após reajuste.
O
Sindicato dos Professores da Rede Particular de Macaé e Região teve a
iniciativa de produzir um estudo da situação salarial dos professores do
período de 2009 a 2015 , tendo como base
os índices inflacionários INPC /IBGE , os nossos reajustes salariais e o aumento
das mensalidades escolares.
Como acontece todos os anos, no final do ano letivo, os
representantes dos estabelecimentos de ensino
anunciam as previsões de reajustes das mensalidades das escolas. A
justificativa foi que o ‘insumo’ mais pesado nas escolas é o humano − salários
e encargos trabalhistas de professores
pessoal administrativo.
A
maioria das escolas privadas cobrou e recebeu a primeira mensalidade de 2016 em
forma de matrícula. Conforme o levantamento feito pelo Sinpro Macaé e Região, a média do reajuste praticado pelas escolas
privadas foi de 13%.
No
mês de maio de 2016, data-base da
categoria para o reajuste do salário dos professores, nossa reivindicação é de
15% (9,9%, é o índice do INPC do período)
e mais ganho real de 5%, que é vista pela representação dos donos de
escolas como algo absurdo e fora da realidade. O aumento das mensalidades, que
foi justificado, principalmente, para fazer face ao reajuste dos professores,
ficou no esquecimento.
Na
avaliação da professora Guilhermina Rocha, Secretária Geral do Sinpro Macaé e
Região, “ este estudo traduz a realidade de todos os professores sobre a
ausência efetiva de uma valorização profissional. Quando os donos de escola afirmam a
necessidade do reajuste sobre as mensalidades escolares justificam que é para
garantir aos professores o cumprimento do reajuste salarial. O que o estudo
demonstra uma outra versão sobre este discurso”.
Na realidade este estudo confirma que
o poder aquisitivo vem oscilando para baixo. Os reajustes não recuperam o pode
aquisitivo dos docentes, corroídos pela inflação do período.
De
acordo ainda com a professora Guilhermina, “o cenário apontado pelo
levantamento é agravado pela retirada de
direitos e dos ganhos salariais da
categoria”.
O
levantamento realizado pela direção do SINPRO
MACAÉ E REGIÃO comprova que a Valorização dos Professores tem andado em
passos lentos e as contas não fecham. De
acordo com o Sindicato dos Professores da Rede Particular de Macaé e Região,
com uma inflação de 9,91% (INPC-IBGE) e um reajuste médio de 13% nas
mensalidades, e ainda oferecer aos professores
um reajuste de forma parcelada não respeita a dignidade do trabalho
docente . Não somos intransigentes, queremos apenas que nosso compromisso com
os alunos seja correspondido pelos patrões.
Respeito
e salários dignos, já!
Diretoria do Sinpro Macaé e Região.
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