Segundo a Pastoral da Terra, mortes aconteceram durante ação de despejo
em Pau D’Arco (PA) e reforçam aumento da violência no campo.
Dez trabalhadores rurais
- nove homens e uma mulher - foram mortos na quarta-feira 24 durante
ação de despejo realizada por policiais do estado do Pará. A chacina
teria ocorrido no interior da fazenda Santa Lúcia, no município de Pau
D’Arco, na região de Redenção, Sudeste do Pará, a 860 quilômetros da
capital Belém.
Segundo
informações da imprensa da região, policiais militares e civis foram
até a fazenda para cumprir 20 prisões de mandado de prisão. A
operação policial foi liderada pela Delegacia de Conflitos Agrários em
Redenção (DECA), com apoio de policiais de Redenção, Conceição do
Araguaia e Xinguara. As identidades não foram reveladas e nenhum suspeito das mortes foi preso até agora.
Enquanto
a CPT afirma que tratava-se de uma ação de despejo, a Secretaria
Estadual de Segurança Pública do Pará afirmou que os policiais estavam
cumprindo mandados de prisão de suspeitos de terem matado um segurança
da fazenda Santa Lúcia.
Em
30 de abril um homem foi assassinado na Fazenda Santa Lúcia, que havia
sido reintegrada recentemente. Segundo relatos dos sobreviventes à
época, uma viatura da empresa de segurança Elmo, com quatro seguranças,
sofreu uma emboscada. O vigilante Marcos Montenegro foi atingido com um
tiro na cabeça e morreu.
Conflitos agrários
O novo massacre ocorre em meio a uma escalada de violência ligada à terra no país. Em abril, dez pessoas foram assassinadas em um assentamento no município de Colniza
(MT), a 1.065 km de Cuiabá, próximo ao distrito de Guariba, em uma
gleba denominada Taquaruçu do Norte. Entre os mortos estavam idosos e
crianças. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de Mato
Grosso, o massacre feito por “encapuzados”.
Segundo
a CPT, conflitos fundiários são comuns na gleba onde ocorreram as
mortes há mais de dez anos, com ocorrências de assassinatos e agressões.
A CPT informou ainda que investigações policiais feitas nos últimos
anos têm apontado que “os gerentes das fazendas na região comandavam
rede de capangas para amedrontar e fazer os pequenos produtores
desocuparem suas terras”.
Relatório “Conflitos no Campo Brasil 2016",
lançado na segunda-feira (17/03) pela CPT, revelou que o Brasil
registrou 1536 conflitos relacionados a terra, trabalho e água, em 2016,
26,2% a mais do que em 2015. Os assassinatos também aumentaram: de 50
em 2015, para 61, um acréscimo de 22%. Já os conflitos relacionados
exclusivamente a terras ocupadas por indígenas, camponeses e quilombolas
somam 1295 e envolvem 687 mil camponeses.
Fonte: Carta Capital
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