Linda Brown, uma mulher do Kansas que na década de 1950 ficou
conhecida por um processo que proibiu a segregação racial nas escolas
dos Estados Unidos, morreu aos 76 anos, segundo informaram na
segunda-feira (26/3) meios de comunicação locais.
Nascida em Topeka, capital do Kansas, Brown tinha 9 anos quando o seu
pai, o reverendo Oliver Brown, tentou inscrevê-la em 1950 na escola
pública primária mais próxima à casa da família.
A recusa da escola Summer School a aceitá-la por ser negra provocou
quatro anos mais tarde a histórica decisão do litígio “Brown vs. Board
of Education”, com o qual o Tribunal Supremo pôs fim à doutrina
“segregada, mas igual” que regia na educação pública americana desde
1896.
O Supremo determinou que “separar (as crianças negras) de outras de
idade e qualificações similares unicamente pela sua raça gera um
sentimento de inferioridade quanto à sua posição na comunidade que pode
afetar seus corações e mentes de um modo improvável de reverter”.
Além disso, concluiu que a segregação era uma prática que violava a cláusula de “proteção igualitária” prevista na Constituição.
Embora Brown tivesse dado o nome, o litígio agrupava vários casos
recompilados pela Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor
(NAACP, em inglês) de estudantes afro-americanos rechaçados em
instituições educativas ao redor do país. A causa recebeu, inclusive,
ajuda de Thurgood Marshall, primeiro advogado negro a ser membro Suprema
Corte americana.
SINDICATO DOS PROFESSORES DE MACAÉ E REGIÃO
Nenhum comentário:
Postar um comentário