Parceria visa combater as denúncias
trabalhistas e de condições de ensino. Órgão reafirma que não é permitido
condicionar o aumento das mensalidades ao reajuste do professor.
O Sindicato dos Professores
(Sinpro) de Macaé e Região reafirmou a posição pela defesa dos direitos dos
professores e sua valorização, bem como pela garantia da qualidade do ensino.
Para isso, se reuniu nesta semana com o Procon de Rio das Ostras com o objetivo
de reforçar a necessidade de se cobrar e fiscalizar para que as escolas cumpram
as cláusulas sociais das convenções trabalhistas e que o poder público atue
para a regularização daquelas que se encontram em situação irregular. O órgão e
a entidade se comprometeram em assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC)
nos próximos dias para que o trabalho seja desenvolvido em parceria.
Durante o encontro, diversos assuntos foram levantados. Um deles,
o reajuste das mensalidades cobrado por algumas escolas que chegaram a 14% no
último ano, valor bem acima do índice médio que ficou em 7,5%. “Já temos um
estudo de que esses aumentos das mensalidades não acompanham os reajustes
concedidos aos professores. Ao mesmo tempo, alguns donos de escolas alegam para
pais e responsáveis que a maior parte do valor reajustado vai para o professor,
o que é uma mentira e não é permitido. Esse acréscimo é baseado uma planilha de
custos que deve estar fixada na unidade até no mês dezembro para conhecimento
de todos”, disse a secretária executiva, Guilhermina Rocha.
De acordo com o coordenador do
Procon, Pedro Djuric, irregularidades na cobrança destes reajustes foram
encontradas em uma ação do órgão e estão sendo combatidas. “Solicitamos as
planilhas para justificar os reajustes aplicados em cada uma. Algumas não
conseguiram justificar o aumento superior a média de 7,5%. Por isso,
instauramos processo administrativo”, disse.
REGULARIZAÇÃO – O Sinpro tem
acompanhado o crescimento das escolas particulares em sua base de atuação.
Contudo, tem aumentado também o número de denúncias por irregularidades.
“Garantir que elas estejam dentro da legalidade é uma forma de certificar a
segurança e a execução de um bom plano pedagógico. Entre as denúncias que
recebemos estão: a falta de pagamentos de salários em dia e o não cumprimento
da nossa Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Algumas nem a carteira dos
professores assinam, o que mostra a necessidade de um controle mais eficaz”,
apontou o presidente do Sinpro, Cesar Araújo.
O coordenador do Procon, adiantou que fazer com que as escolas se
regularizam para o pleno funcionamento será a próxima fase das ações. “Nossa
função é esta: garantir que o serviço seja bem prestado e o direito dos
consumidores”. Para isso, um TAC entre Sinpro, Procon, escolas e OAB deverá ser
formalizado nos próximos dias. “Isso será primordial, pois nós não podemos
fiscalizar, o órgão municipal sim. O que fazemos é repassar as denúncias”,
completou Cesar.
ACESSIBILIDADE - Recentemente,
o Procon fez uma operação para conhecer as condições das escolas para receber
alunos deficientes, entre eles, os autistas. Foram solicitadas as listas de
alunos matriculados e aqueles que pretendem ingressar, bem como os
profissionais capacitados para trabalhar com estes estudantes.
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