Sindicato luta ainda pela educação como direito universal. Evento relembrou também os 150 dias sem respostas sobre o assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes
Durante as discussões, em um auditório lotado de participantes, o debate colocou em pauta a exclusão das mulheres dos direitos políticos na formação da sociedade brasileira. “Precisamos mudar esta cultura machista, homofóbica e sexista, que colocam as mulheres na segunda categoria. Lutamos para o fortalecimento mulheres trabalhadoras e do feminismo”, disse a diretora-geral.
Em sua fala, Guilhermina defendeu o fim dos ataques aos direitos das trabalhadoras e trabalhadores promovidos pelo governo Temer com a EC 95, que congelou por 20 anos os investimentos nas áreas sociais; a reforma trabalhista e todas as medidas que afetam as relações de trabalho, principalmente das mulheres, que ganham em média 30% a menos que os homens. “As mulheres ainda enfrentam duplas e triplas jornadas de trabalho, sofrem assédio sexual e moral, muitas vezes não encontram vagas nas creches e têm empregos mais precários”.
EDUCAÇÃO EM PERIGO
O debate trouxe alertas para uma educação pública de qualidade. Prova disso, foi a menção de que o golpe de 2016 promove a mercantilização da educação e tanta enfraquecer a organização dos trabalhadores. "Apesar de termos tido conquistas, vivemos um processo de privatização não só do Ensino Superior, mas também do Médio e da Educação Básica. Precisamos avançar e estimular o conhecimento crítico junto à população de forma que as pessoas sejam conscientes do seu papel na sociedade. Para isso, a universidade, um espaço rico neste debate, precisa estar focada tanto na pesquisa quanto no trabalho de extensão junto às comunidades”, disse Guilhermina.
Medidas do governo Temer como o congelamento dos gastos, a Reforma do Ensino Médio, a tentativa de impor a Basa Nacional Comum Curricular (BNCC) e da Escola Sem Partido impossibilita o curso do democracia e a formação da educação forme cidadãos críticos. “Não bastasse isso, vivemos em um momento no qual tentam mudar o conceito de educação como um direito público, para um serviço”, finalizou a diretora-geral.
Sinpro participou de ato que cobrou soluções para o assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes |
Diretora-geral do Sinpro, Guilhermina Rocha; vereadora Talíria Petrone; diretora do Sinpro, Rosilene Macedo; e a militante feminista, Tatianny Araújo |
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