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segunda-feira, 26 de março de 2018

Proposta pretende liberar até 40% para ensino médio a distância

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Sinpro Macaé e Região e Contee reconhecem que ação vai precarizar a educação e eliminar quase a metade das aulas no ambiente escolar

Apesar do ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), afirmar que irá vetar a proposta do Conselho Nacional de Educação (CNE), que quer permitir, que até 40% do ensino médio seja realizado à distância (EaD) e 100% do curso de Educação de Jovens e Adultos (EJA) seja fora da escola, o Sindicato dos Professores da Rede Privada de Ensino (Sinpro) de Macaé e Região alerta que os professores precisam ficar atentos.  

Assim que divulgada pela Folha de São Paulo, a proposta foi criticada por diversos educadores, pois, ocasionaria uma verdadeira privatização do ensino público, agravando as desigualdades sociais. No site da Confederação dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee) matérias ressaltaram os prejuízos.  

O Sinpro Macaé e Região considera que a hipótese levantada nas discussões é um verdadeiro golpe contra o ensino, os profissionais e a educação pública. Além disso, compactua do pensamento da pesquisadora e doutora em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Maria Raquel Caetano, citada na matéria do Contee, quando ela defende a existência de um antagonismo entre os resultados dessa ação e a inovação, eficiência e redução de gastos, defendidos pelo governo federal em seu discurso. Segundo ela, essa é uma estratégia para não enfrentar os grandes problemas do ensino médio, como a evasão escolar, a carência de professores e infraestrutura básica. O que é comprovado e agravado com a PEC 55, que congela por 20 anos o investimento público nas áreas sociais, em especial na educação, o que é uma maneira de repassar a responsabilidade para o setor privado. 

A proposta do Ensino Médio EAD já discutida no Conselho Nacional de Educação (CNE) e atualiza as Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio. O processo sobre a resolução de ensino à distância e deve ocorrer ainda neste semestre. “É preciso lembrarmos que uma carga horária menor também vai impactar na quantidade de professores contratados. Não podemos perder vaga de trabalho alguma. Defendemos os postos de trabalho e a formação de qualidade para os professores. Precisamos pensar em escolas que ofereçam o Ensino Médio em tempo integral e não o contrário”, disse o presidente do Sinpro Macaé e Região, Cesar Gomes.

Saiba mais: 

          contee.org.br/contee/index.php/2018/03/40-de-ead-no-ensino-medio-e-mais-um-golpe-contra-a-educacao/

          contee.org.br/contee/index.php/2018/03/ensino-medio-a-distancia-e-tentativa-de-privatizar-educacao-diz-pesquisadora/


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