Digitalizadas, as bibliotecas no Brasil e no mundo estão deixando os 
muros físicos para também se hospedarem na internet. Mas isto não 
significa que elas estão mais acessíveis. Apesar dos milhares de acervos
 disponíveis on-line, as bibliotecas digitais ainda são consideradas “tesouros escondidos”.
Segundo
 Moreno Barros, professor de biblioteconomia da UniRio e mestre em 
ciência da informação, embora o Brasil esteja investindo alto em 
projetos de digitalização, esses acervos ainda não estão ao alcance de 
todos. “Existe uma excessiva preocupação com imagens em alta resolução, 
por exemplo, um formato que só atende grandes pesquisadores, pessoas que
 de uma forma ou outra já estariam dispostas a frequentar o acervo 
localmente. Isto não é algo ruim, mas é fato que o público leigo tem 
mais facilidade de acesso quando as imagens estão em menor qualidade.”
O
 processo de digitalização, segundo Barros, implica a necessidade de uma
 abordagem diferente, com foco em uma escala maior de usuários para 
“atingir virtualmente uma audiência diferente daquela que já se atinge 
fisicamente”.
Milhares de pessoas poderiam estar navegando pela 
Biblioteca Nacional Digital, pela França no Brasil ou pela Brasiliana, 
algumas das principais bibliotecas digitais do país, que permitem aos 
usuários acessar de forma virtual e gratuita seus arquivos. “Quase 
ninguém conhece esses acervos, ou somente uma pequena parcela da 
comunidade de pesquisa acadêmica”, garante Barros.
Outros bons 
exemplos de bibliotecas digitais seriam a Biblioteca Digital UGF 
(Universidade Gama Filho) e a Biblioteca Nacional Digital. A primeira, 
lançada em 2011, é considerada uma das maiores do Brasil. Seu acervo 
aberto contém teses e dissertações de quase 1.500 universidades, 
bibliotecas unificadas de 62 países e artigos de 48 mil revistas 
científicas disponíveis on-line para qualquer pessoa, 
gratuitamente. Já a segunda, pertence à Biblioteca Nacional e é tida 
como uma das precursoras do processo de digitalização de publicações e 
acesso a obras via internet.
Os registros bibliográficos precisam utilizar sistemas de busca mais trabalhados, indexando melhor suas informações na internet.
A
 digitalização de acervos bibliográficos tem sido um método utilizado, 
principalmente, como forma de preservar os registros históricos, seja de
 um grande jornal  – como é o caso do Jornal do Brasil, impresso até 2010 e que digitalizou todas as suas edições –, seja de um periódico local – como o centenário jornal Federação,
 de Itu (SP), que, no ano passado, colocou todo seu acervo na internet. 
Até o cientista Albert Einstein inspirou a criação de um site só para 
abarcar os seus cerca de 80 mil documentos.
Os esconderijos das bibliotecas
Ao
 pesquisar por uma determinada obra no Google, o sistema de busca tem 
dificuldade de rastrear as publicações dessas bibliotecas virtuais. 
Escondidos na internet, os sites das instituições que abrigam grande 
parte desses acervos virtuais ainda têm navegação precária e softwares 
não muito amigáveis.
Uma das soluções apontadas por Barros para 
que usuários encontrem obras nos acervos digitais e também nas 
bibliotecas físicas mais próximas de suas casas é fazer com que os 
registros bibliográficos utilizem sistemas de busca mais trabalhados, 
indexando melhor suas informações na internet. “Se as bibliotecas 
abrirem seus dados, o Google vai ranquear não apenas os sites de 
livrarias famosas, mas vai indicar já na primeira página também as 
bibliotecas físicas mais próximas das casas dos usuários.”
Segundo
 levantamento realizado pelo 1º Censo Nacional das Bibliotecas Públicas 
Municipais, divulgado em 2010, o Brasil possui uma média de 2,67 
bibliotecas municipais em funcionamento para cada cem mil habitantes. 
Todas elas poderiam ser mais facilmente encontradas se melhor ranqueadas
 nos buscadores.
Para isso, o especialista afirma que será 
necessário, por exemplo, abolir sistemas que dificultem o rastreamento, 
como é o caso do java script, muito utilizado nos softwares de 
biblioteca, que funciona como se fosse uma imagem e não possibilita 
interação dinâmica com o usuário.
Outra alternativa apontada por Barros, que facilitaria a vida do usuário que busca por um ranking
 de bibliotecas, é a criação da versão brasileira do WorldCat, uma das 
principais redes de bibliotecas do mundo, que indica ao usuário onde 
encontrar livros, CDs, vídeos, resumos de artigos e versões digitais de 
itens raros nas bibliotecas mais próximas de suas casas.
Para conhecer as principais bibliotecas digitais brasileiras e internacionais, veja a lista
 indicada por Barros. O especialista, inclusive, tem um projeto para 
ajudar pessoas a redescobrir e reaprender o significado das bibliotecas 
na era do Google e do iPad. Para começar, ele propõe um encontro para 
ensinar as pessoas a economizar dinheiro usando essas bibliotecas. A 
proposta está em busca de financiamento, via crowd funding, na plataforma do Nós.vc.
Fonte: Portal Aprendiz.
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