De acordo com um levantamento feito pela Secretaria da Educação 
Básica (SEB) do Ministério da Educação (MEC), em 2011, das 5.565 
prefeituras, somente 3.204 tinham Planos Municipais de Educação (PME), o
 que corresponde a 57% das cidades. A criação de um documento que defina
 diretrizes e metas para o setor no âmbito municipal para os próximos 
dez anos está prevista no primeiro Plano Nacional de Educação 
(2001-2010).
Além de possibilitar o planejamento de políticas a 
médio e longo prazo, o PME contribui para a superação de uma prática 
comum no Brasil: a descontinuidade das políticas públicas – já que ele 
ultrapassa o tempo de uma gestão. Nesse sentido, o professor da 
Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP) especialista em
 políticas educacionais, Rubens Barbosa de Camargo, enfatiza a 
importância da participação da sociedade na elaboração e efetivação 
desse instrumento.
“A maioria dos Planos Municipais de Educação 
não foi construída de forma democrática. Grande parte deles foi feita 
por consultorias e empresas, via Secretaria Municipal de Educação.” 
Segundo Rubens, isso transforma os Planos em um trabalho meramente 
técnico, fugindo da ideia de um processo de avaliação coletiva sobre 
como deve caminhar a educação nas cidades.
Um estudo feito pelo 
MEC, no último dia 4 de setembro, revela que apenas 553 Secretarias 
Municipais de Educação declaram ter um PME “aprovado com respostas 
válidas” (sic). Os dados demonstram ainda que a existência de um 
conselho municipal da área não implica, necessariamente, na construção 
democrática de um PME, já que 1.383 municípios afirmaram ter Conselhos 
Municipais de Educação “com respostas válidas” (sic).
Para o 
vice-presidente da UNCME (União Nacional dos Conselhos Municipais de 
Educação), Artur Costa Neto, “um plano municipal vai ser mais 
democrático quanto mais democrático for a gestão democrática de um 
município, com conselhos municipais atuantes e formados por 
representantes da população e não só nomeados pelo prefeito”.
Costa
 Neto defende que o PME configure-se como um instrumento mobilizador, 
trazendo não só os conselhos para a esfera de debate, mas também toda a 
população interessada, por meio da participação nas conferências. “A 
participação da sociedade civil é importante não só na elaboração, mas 
na sua efetivação, para cobrar dos gestores que ele seja realmente 
cumprido e se concretize como um plano de Estado e não de gestão”, 
acrescenta.
A aprovação da Lei de Responsabilidade Educacional 
(LRE) seria uma das formas de garantir esse processo, informa. Ela 
determina, entre outras coisas, que a educação básica, em cada rede e 
sistema de ensino do país, obedeça a critérios obrigatórios de 
qualidade. Além disso, pune os gestores municipais que administrem mal 
os recursos da área ou não cumpram metas de melhoria da educação 
determinadas em lei.
“O prefeito que não cumprir as metas do PME 
deve sofrer sanções, porque não tem o direito de passar por cima de uma 
intenção coletiva. O Executivo tem que respeitar a vontade do povo e nós
 temos que cobrar isso”. Para o vice-presidente da UNCME, outro passo 
fundamental é a avaliação constante, de modo que o Plano esteja sempre 
adequado à realidade.
Experiências democráticas
Apesar de 
grande parte dos Planos Municipais de Educação não ter sido construída 
democraticamente, há algumas experiências positivas Brasil afora.  Costa
 Neto relata que, em São José do Rio Preto (SP), os professores da rede 
pública participaram dos debates e do estudo prévio para avaliar a 
realidade da educação no município, antes de criar o documento. A 
análise foi apresentada, em seguida, a todas as instituições de ensino, 
com a intenção de agregá-las à discussão.
Outro exemplo é o Plano 
elaborado em Osasco (SP), que tem passado por um longo processo para 
converter-se em um sistema municipal. “Há muitos municípios que ainda 
não se assumiram enquanto sistema, já que não têm conselhos e nem 
participação das escolas na gestão, então quem faz tudo é a secretaria. 
Sem autonomia é muito difícil que um PME se concretize”, afirma.
Já
 Rubens cita como processos participativos os Planos de Araucária (PR), 
Suzano (SP) e o PME de São Paulo, atualmente na Justiça, graças a uma 
ação movida pelo Ministério Público, para apurar o atraso de dois anos 
do Executivo no envio para a Câmara dos Vereadores.
Fonte: Portal Aprendiz.
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