sábado, 7 de dezembro de 2013

Seremos uma célula cancerígena a ser extirpada?


Há negacionistas da Shoah (eliminação de milhões de judeus nos campos nazistas de extermínio) e há negacionistas das mudanças climáticas da Terra. O primeiros recebem o desdém de toda a humanidade. Os segundos, que até há pouco sorriam cinicamente, agora veem dia a dia suas convicções sendo refutadas pelos fatos inegáveis. Só se mantem coagindo cientistas para não dizerem tudo o que sabem como foi denunciado por diferentes e sérios meios alternativos de comunição. É a razão ensandecida que busca a acumulação de riqueza sem qualquer outra consideração.

Em tempos recentes temos conhecido eventos extremos da maior gravidade: Katrina e Sandy nos USA, tufões terríveis no Paquistão e em Bengladesh, o tsunami no Sudeste da Ásia e o tufão no Japão que perigosamente danificou as usinas nucleares em Fukushina e ultimamente o avassalador tufão Haiyan nas Filipinas com milhares de vítimas.

Sabe-se hoje que a tempertura do Pacífico tropical, de onde nascem os principais tufões, ficava normalmente abaixo de 19,2ºC. As águas marítimas foram aquecendo a ponto de a partir de 1976 ficarem por volta de 25ºC e a partir de 1997/1998 alcançaram 30ºC. Tal fato produz grande evaporação de água. Os eventos extremos ocorrem a partir de 26ªC. Com o aquecimento, os tufões estão acontecendo com cada vez mais frequência e maior velocidade. Em 1951 eram de 240 km/h; em 1960-1980 subiram para 275 km/h; em 2006 chegaram a 306 km/h e em 2013 aos terrificantes 380 km/h.

Nos últimos meses quatro relatórios oficiais de organismos ligados a ONU lançaram veemente alerta sobre as graves consequência do crescente aquecimento global. Com 90% de certeza é comprovadamente provocado pela atividade irresponsável dos seres humanos e dos países industrializados.

Em setembro o IPCC que articula mais de mil cientistas o confirmou; o mesmo o fez o Programa do Meio Ambiente da ONU (PNUMA); em seguida o Relatório Internacional do Estado dos Oceanos denunciando o aumento da acidez que por isso absorve menos C02; finalmente em 13 de novembro em Genebra a Organização Meteorológica Mundial. Todos são unânimes em afirmar que não estamos indo ao encontro do aquecimento global: já estamos dentro dele. Se nos inícios da revolução industrial o CO2 era de 280 ppm (parte de um milhão), em 1990 elevou-se a 350 ppm e hoje chegou a 450 ppm. Neste ano noticiou-se que em algumas partes do planeta já se rompeu a barreira dos 2ºC o que pode acarretar danos irreversíveis para os seres vivos.

Poucas semanas atrás, a Secretária Executiva da Convenção do Clima da ONU, Christina Figueres, em plena entrevista coletiva, desatou em choro incontido por denunciar que os países quase nada fazem para a adaptação e a mitigação do aquecimento global. Yeb Sano das Filipinas, na 19ª Convenção do Clima em Varsóvia ocorrida entre 11-22 de novembro, chorou diante de represenantes de 190 países contando o horror do tufão que dizimou seu pais, atingindo sua própria família. A maioria não pode conter as lágrimas. 

Mas para muitos eram lágrimas de crocodilo. Os representantes já trazem no bolso as instruções previamente tomadas por seus governos e os grandes dificultam por muitos modos qualquer consenso. Lá estão também os donos do poder no mundo, donos das minas de carvão, muitos acionistas de petrolíferas ou de siderurgias movidas a carvão, as montadoras e outros. Todos querem que as coisas continueam como estão. É o que de pior nos pode acontecer, porque então o caminho para o abismo se torna mais direto e fatal.Por falta de consenso entre os representantes dos povos, desprezando os dados cienficos, se entende que as centenas ONGs presentes na 19.Convenção sobre o clima em Varsóvia abandonaram as discussões e em protesto foram embora.

Por que essa irracional resistência às mudanças que nos podem salvar?

Respondendo, vamos diretos à questão central: esses caos ecológico é tributado ao nosso modo de produção que devasta a natureza e alimenta a cultura do consumismo ilimitado. Ou mudamos nosso paradigma de relação para com a Terra e para com os bens e serviços naturais ou vamos irrefreavelmente ao encontro do pior. O paradigma vigente se rege por esta lógica: quanto posso ganhar com o menor investimento possível, no mais curto lapso de tempo, com inovação tecnológica e com maior potência competitiva? A produção é para o puro e simples consumo que gera a acumulação, este, o objetivo principal. A devastação da natureza e o empobrecimento dos ecossistemas aí implicados são meras externalidades (não entram na contabilidade empresarial). Como a economia neoliberal se rege estritamente pela competição e não pela cooperação, se estabelece uma guerra de mercados, de todos contra todos. Quem paga a conta são os seres humanos (injustiça social) e a natureza (injustiça ecológica).

Ocorre que a Terra não aguenta mais este tipo de guerra total contra ela. Ela precisa de um ano e meio para repor o que lhe arrancamos durante um ano. O aquecimento global é a febre que denuncia estar doente e gravemente doente.

Ou começamos a nos sentir parte da natureza e então a respeitamos como a nós mesmos, ou passamos do paradigma da conquista e da dominação para aquele do cuidado e da convivência e produzimos respeitando os ritmos naturais e dentro dos limites de cada ecossistema ou então preparemo-nos para as amargas lições que a Mãe Terra no dará. E não é excluida a possibilidade de que ela já não nos queira mais sobre sua face e se liberte de nós como nos libertamos de uma célula cancerígena. Ela continuará, coberta de cadáveres, mas sem nós. Que Deus não permita semelhante e trágico destino.

 Leonardo Boff é filósofo, teólogo, escritor e comissionado da Carta da Terra.


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sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Apenas 98 cursos de graduação tiveram nota máxima do MEC



da Agência Brasil

Dos 8.184 cursos de graduação nas áreas de ciências sociais, humanas e tecnológicas avaliados pelo Ministério da Educação em 2012, apenas 98 receberam a nota máxima no Conceito Preliminar de Curso (CPC), em uma escala que vai de 1 a 5. Mais da metade dos cursos que receberam a nota máxima ficam em instituições privadas. São Paulo concentra o maior número de cursos com a maior nota.

O CPC avalia o rendimento dos estudantes, a infraestrutura da instituição, a organização didático-pedagógica e o corpo docente. São considerados satisfatórios os cursos com conceito 3 ou mais. Foram avaliados 8.184 cursos e, desses, cerca de 1.800 não tiveram essa nota atribuída na avaliação, que foi divulgada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) na edição de hoje (6) do Diário Oficial da União.

Segundo o Inep, os conceitos 4 e 5 foram apresentados na maioria por instituições públicas, 33,7% do total. As particulares somaram 21,5%. O Inep aponta que, na comparação com os resultados gerais da última avaliação, de 2009, houve melhora em todas as faixas. Os conceitos satisfatórios (3, 4 e 5), que totalizavam 51,5% em 2009, somaram 71,6% em 2012. Os conceitos insatisfatórios (1 e 2) caíram de 27% para 12%. Os cursos sem conceito, que não atenderam aos critérios mínimos de participação no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), diminuíram de 21,6% para 16,3%.

Os cursos avaliados são de 1.762 instituições. Neste ciclo, foram avaliados os cursos de humanidades: administração, ciências contábeis, ciências econômicas, design, comunicação social, direito, psicologia, relações internacionais, secretariado executivo e turismo. Os cursos superiores de tecnologia das áreas de gestão comercial, gestão de recursos humanos, gestão financeira, logística, marketing e processos gerenciais também foram avaliados.
 

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Condições de vida e queda de defasagem escolar refletem na posição do Brasil no Pisa, diz especialista


da Agência Brasil
 
Melhoria das condições de vida dos brasileiros e a diminuição da defasagem idade – série foram as razões apontadas pelo pesquisador André Portela, da Fundação Getulio Vargas (FGV), para explicar o resultado obtido pelo Brasil na série histórica do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa).

“Melhoramos ao longo dos anos, mas não porque a escola se tornou melhor, e sim porque o país como um todo melhorou e isso refletiu na escola”, apontou ao participar, hoje (6), de debate sobre os resultados da avaliação, feita pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Os resultados do Pisa, divulgados na última terça-feira (3), mostram que, apesar de ter conseguido melhores pontuações nos itens leitura, matemática e ciências, o Brasil ainda está nas posições mais baixas do ranking. Entre os 65 países comparados, o Brasil ficou em 58º lugar em matemática, em 55º lugar em leitura e na 59º posição em ciências. Em 2009, o país ocupava a 53ª posição em leitura e ciências, e o 57º lugar em matemática.

Desde 2003, os alunos brasileiros têm apresentado melhor performance em matemática, quando alcançaram 356 pontos naquele ano, chegando aos 391 pontos em 2012, porém não suficiente para subir no ranking. No ano passado, a pontuação dos estudantes em leitura ficou em 410 e, em ciências, 405.

“Nenhum país melhorou os resultados da aprendizagem mais rápido do que o Brasil, mas o país ainda tem um longo caminho a percorrer”, avaliou Andreas Schleicher, vice-diretor de Educação e assessor especial de Política da OCDE. O Pisa avalia o conhecimento de jovens de 15 anos, a cada três anos.

Para o pesquisador da FGV, se não houver melhora na velocidade do aprendizado, não será possível atender às metas propostas pelo Plano Nacional de Educação, que é alcançar o nível médio dos países avaliados pela OCDE, em 2023. “Com esse ritmo, seria necessário pelo menos o dobro do tempo”, apontou. De acordo com os dados de 2012, a pontuação média do Pisa em matemática foi 494; em leitura, 496; e em ciências, 501.

Portela destaca que, diante desse quadro, é preciso melhorar, além do fluxo escolar, a qualidade das escolas e dos professores. “Mas o que envolve ter bons profissionais? A carreira ser atraente, ter condições de trabalho, mas isso não se faz da noite para o dia, entre outras questões”, apontou. O pesquisador avalia que mudanças são ainda mais desafiadoras em um sistema educacional estabelecido. “Partir de um sistema que já existe, maduro, é mais difícil. Há mais resistência do conjunto”, declarou.

O Pisa apontou ainda aumento percentual de estudantes matriculados. De acordo com o estudo, em 2003, 65% dos jovens com 15 anos frequentavam a escola. Em 2012, o país conseguiu matricular 78% dos adolescentes nessa faixa etária.
 

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sábado, 30 de novembro de 2013

MEC vai divulgar indicadores que avaliam qualidade do ensino superior nos próximos dias



da Agência Brasil
 
O Ministério da Educação (MEC) deve divulgar nos próximos dias o Conceito Preliminar de Curso (CPC) e o Índice Geral de Cursos (IGC) referentes a 2012, indicadores que avaliam a qualidade do ensino superior do país. As instituições tiveram acesso antecipado aos índices e puderam pedir a revisão dos conceitos do dia 23 de outubro ao dia 1° de novembro. Segundo o secretário da Educação Superior do Ministério da Educação (MEC), Paulo Speller, os indicadores devem mostrar melhoria na qualidade da etapa de ensino.

“Acredito que estamos caminhando para uma regulação mais rigorosa da educação superior brasileira, tanto pública quanto privada. E o que observamos é uma melhoria na qualidade do ensino, não apenas na graduação, estamos enxergando isso também na pós-graduação”, disse Speller à Agência Brasil.

Os índices são usados como parâmetro de acompanhamento da evolução da qualidade da educação superior no Brasil. As notas vão de 1 a 5, sendo que conceitos 1 e 2 são considerados insuficientes. Os cursos com nota baixa são supervisionados e a repetição de notas inferiores pode levar ao fechamento do curso. Os cursos com notas inferiores são também impedidos de participar de políticas como o Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Fundo de Financiamento Estudanil (Fies).

No ano passado, segundo dados do IGC, 27% dos cursos não alcançaram desempenho suficiente.
O cálculo, no entanto, sofre críticas por parte das instituições particulares, que questionam o que os índices realmente medem.

O CPC é calculado principalmente pela nota no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), que corresponde a 70% do conceito. Os demais 30% são calculados com base em fatores como títulos do corpo de professores e infraestrutura da instituição. Fazer o Enade é necessário para a obtenção do diploma, mas o bom rendimento não é exigência. Todos os anos, há boicotes por parte dos estudantes à avaliação.

O IGC é calculado, nos cursos de graduação, a partir do CPC e, nos cursos de pós-graduação, utiliza a Nota Capes (sistema de avaliação implantado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Capes).

Segundo o assessor do Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular, Sólon Caldas, o CPC, como o nome diz, é um conceito preliminar, que deveria determinar se a instituição precisa ou não de supervisão, para, a partir da avaliação de especialistas, consolidar o Conceito de Curso. “Não é o que ocorre”, diz. Também segundo ele, as notas são dispostas em uma curva onde sempre haverá mais ou menos 20% das instituições com notas 1 e 2 e 20% com notas 4 e 5. A maior parte, 60% deve obter conceito 3.

“Não é possível definir se uma instituição é boa ou ruim. O que se consegue fazer é comparar uma instituição em relação a outra”, analisa. “O aluno não tem comprometimento com o resultado do Enade, não sofre penalidade e só precisa comparecer para fazer a prova”.

Segundo Paulo Speller, o MEC passou a obrigar que o estudante permaneça pelo menos uma hora no Enade.  “Com isso você assegura que o estudante faça a prova”, diz o secretário da Educação Superior do MEC. O secretário diz que medidas como a obrigatoriedade do exame e a divulgação da nota no Enade no histórico escolar “não foram adotadas e nem são cogitadas pela pasta”.

Speller  diz também que o objetivo do MEC é garantir a qualidade do ensino e que uma flexibilização nas avaliações e nas punições não deve ocorrer. “A tendência é uma exigência cada vez maior da qualidade, a medida que se avança no número de matrículas com novos cursos e novas universidades”.

O secretário reconhece que o aparato atual não é suficiente para atender a toda a demanda de supervisão. Ele reforçou o papel chave do Instituto Nacional de Supervisão e Avaliação da Educação Superior (Insaes), cujo Projeto de Lei (PL) 4.372/12 está em tramitação no Congresso Nacional. Segundo o MEC, são mais de 2,6 mil cursos em processo de supervisão. Com a estrutura atual seriam necessários mais de seis anos para atender a apenas a demanda em estoque.


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Pesquisa constata a falta de diálogo entre escolas e outros agentes de cultura


da Agência Brasil
 
O acesso à cultura está muito distante da realidade de professores e alunos no Brasil. Essa é uma das conclusões da pesquisa feita pelo ministério da Cultura (MinC) junto com a Casa da Arte de Educar, entidade criada para desenvolver atividades com educadores e profissionais de educação das favelas para educação integral, Educação de Jovens e Adultos (EJA) e pesquisas em educação. 

O estudo mostra, ainda, que as escolas e outros equipamentos culturais precisam de apoio técnico e financeiro para integrar um sistema de educação mais completo. A pesquisadora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP) e coordenadora da pesquisa, Sueli de Lima, disse que a falta de apoio constante ainda provoca fragilidade nas escolas, apesar das muitas experiências de diálogo entre elas e os agentes de cultura. Para a especialista, o levanto revela que as práticas de programas culturais são muito instáveis. “Não há condições de se efetivarem. As escolas não conseguem contar com museus, bibliotecas, organizações sociais e iniciativas diversas como suas parceiras, porque ora tem apoio ora não tem. Então a escola ano após ano de trabalho precisa ter diálogo efetivo”, ressaltou.

Na avaliação de Sueli de Lima, existe, atualmente, no Brasil, uma rede escolar e o Ministério da Educação (MEC) funciona com as escolas e com as universidades. Ela pondera, no entanto, que é preciso pensar que educação não é só entre escola e universidade, existem os museus, as bibliotecas e as organizações sociais que também são entidades educativas que têm experiências significativas no país. “A principal questão que a pesquisa traz é que essas práticas são frágeis, precisam de políticas públicas para realmente se efetivar e a gente possa pensar em um sistema articulado de educação onde não se está falando apenas em escola”, analisou.

A pesquisadora destacou ainda que há professores que atuam nas escolas, em aulas de matérias específicas, e muitas vezes não percebem que são agentes de cultura, quando na verdade deveriam encarar o desafio de articular o saber universal com o individual de cada aluno. “Nós, professores, temos o desafio de construir esse diálogo e compreendermos a cultura com a qual estamos trabalhando seja onde for, no agreste, no centro urbano. As diferenças de cultura existem, mas todos nós temos experiências de cultura. O desafio é conduzir os professores a pensar que a cultura não é só produto de cultura e nem, muito menos, só o currículo que ele tem que ensinar”, acrescentou. 

Para fazer a pesquisa, o MinC ouviu 1.664 pessoas envolvidas com educação, em 26 estados. Os encontros reuniram, além de professores, representantes de museus, de bibliotecas, de pontos de cultura, educadores, estudantes, artistas e lideranças comunitárias. A intenção foi apurar as condições em que se desenvolvem as práticas educativas nas escolas, em museus, nas organizações não governamentais e nas bibliotecas, entre outros locais educativos, com o objetivo de definir propostas para orientar as políticas da cultura ligadas à educação. 

O trabalho resultou em relatório do Plano Articulado para Cultura e Educação, em parceria com o MEC e o Instituto Lidas e está disponível no site http://www.artedeeducar.org.br/blog/2013/09/30/relatorio-2013-pesquisa-a....

Sueli de Lima espera que o trabalho não se perca nas gavetas e seja analisado para avançar nas ações de diálogo para a construção de um sistema integrado de cultura no país. “Foi uma bela mobilização. Nós conseguimos a presença de oito etnias indígenas, de quilombolas, de ciganos, professores de universidade, diretores de escolas, estudantes do ensino fundamental e médio, e isso em todas as regiões do país. Sem dúvida é um retrato da potência que tem a área de cultura do país”, disse.
 

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