sexta-feira, 29 de junho de 2018

Salas lotadas e pouca valorização: ranking global mostra desgaste dos professores no Brasil










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O Brasil possui um dos maiores números de alunos por sala de aula no ensino médio entre mais de 60 países analisados no estudo Políticas Eficazes para Professores: Compreensões do PISA, publicado nesta segunda-feira pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

De acordo com o documento, as escolas públicas do Brasil têm 22 alunos por professor no primeiro ano do ensino médio. O total é o mesmo quando se incluem as instituições privadas.

Esse número só é maior na Colômbia, que acaba de entrar para a OCDE, com 27 alunos por turma. No México, também membro da organização, o total de estudantes por professor varia entre 17 e 27.
Na China, país mais populoso do mundo, há apenas 12 alunos por professor.

“Classes menores são frequentemente vistas como benéficas porque elas permitem que o professor se focalize mais nas necessidades individuais dos estudantes”, diz o estudo.

Segundo a OCDE, é preciso reduzir o tamanho da sala de aula e aliviar a carga horária de ensino do professor, ampliando dessa forma o tempo que else passa preparando aulas, em orientação pedagógica (tutoria) ou atividades de desenvolvimento profissional. E, para isso, uma solução seria aumentar o número de professores.

“Os sistemas de educação precisam determinar quantos professores são necessários para oferecer uma educação adequada para seus estudantes”, diz a OCDE.

No Brasil, problemas de salas de aula lotadas, jornadas duplas de trabalho, com carga horária excessiva, são enfrentados por muitos professores e provocam desgastes em relação à profissão.
  
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O PISA, no qual se baseia o relatório divulgado nesta segunda, é um vasto conjunto de estudos internacionais que visam medir o desempenho de sistemas educacionais de países membros e não membros da OCDE, como o Brasil.

O PISA é realizado com jovens na faixa de 15 anos, o que corresponde ao primeiro ano do ensino médio.

O estudo Políticas Eficazes para Professores diz ainda que a maioria dos países do PISA tem alocado mais professores a escolas consideradas desfavorecidas – onde há mais alunos com condições socioeconômicas mais baixas – para compensar as desvantagens na comparação com escolas onde estudantes têm mais poder aquisitivo.

Mas isso nem sempre resulta em melhor qualidade do ensino, diz a OCDE. Isso porque, geralmente, “professores nas escolas mais desfavorecidas são menos qualificados e têm menos experiência” do que nas instituições com condições superiores, ressalta a organização.

Na prática, diz a organização, os efeitos positivos de aumentar o número de professores nas escolas desfavorecidas são minados se não for levada em conta a questão da qualidade do professor.

“Os estudos têm mostrado que investimentos na quantidade de professores são geralmente feitos em detrimento da qualidade do ensino”, ressalta a OCDE.

“Estudos revelam que professores com qualificações mais fracas são mais propensos a ensinar em escolas desfavorecidas, o que pode levar a um potencial menor de oportunidades educacionais para estudantes dessas escolas”, afirma o documento.
 
Especialização

O estudo, que enfatiza a importância do ensino de alta qualidade para reduzir as desigualdades sociais, também revela que apenas 29% dos professores de ciências no Brasil têm especialização na área.

Em países como a Finlândia, que estão entre os que apresentaram os melhores resultados do teste do PISA na área de ciências, a proporção de professores especializados nessa disciplina nas escolas públicas do país é 83%.

“Alguns estudos têm mostrado que alunos que aprendem com professores com formação específica em uma área têm melhores performances na disciplina”, afirma a OCDE.

Como o último PISA focou na área de ciências, os dados sobre a especialização dos professores dizem respeito à área.

“Quanto maior a diferença de qualificação dos professores de ciências entre escolas desfavorecidas e favorecidas, maior também é a diferença da performance em ciências entre estudantes na base e no topo do status socioeconômico.”

No Brasil, 60% dos professores com menos qualificação educacional tendem a trabalhar mais em pequenas cidades, afirma outro estudo da OCDE divulgado nesta segunda-feira, Professores em Ibero-América: Compreensões do PISA e do Talis.

“No Brasil, professores não especializados em ciências em escolas desfavorecidas ensinam assuntos que não estavam incluídos em sua formação ou programa de qualificação com mais frequência do que professores não especializados em escolas favorecidas.”

O estudo específico sobre países ibero-americanos também nota que a demanda por professores aumentou na região devido ao rápido crescimento do número de estudantes matriculados, sobretudo na América Latina, em razão de um maior acesso à educação.

Em resposta à essa demanda, “os requisitos para ingressar na profissão docente foram reduzidos”, afirma o documento.

Isso fez com que a profissão começasse a ser desvalorizada, vista como um ofício de poucas exigências e baixa qualificação, acrescenta a organização.

No Brasil, apenas pouco mais de 10% dos professores acham que a profissão é valorizada pela sociedade.

Entre 2003 e 2015, mais de 493 mil novos alunos no Brasil foram somados ao total da população estudantil de 15 anos, um aumento de 21%.

A expansão das matrículas, diz a OCDE, se deve a melhoras na capacidade para manter os alunos no sistema de ensino à medida que eles progridem a níveis superiores.


Sinpro Macaé e Região

Cada vez menos jovens querem ser professores no Brasil. Outros tantos desejam morar no exterior






Resultado de imagem para alunos que não querem ser professorSer professor do ensino ensino básico e médio não é uma alternativa para a maior parte dos estudantes brasileiros. É o que mostra relatório divulgado no sábado (16/6) pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Segundo os dados, a porcentagem de estudantes que querem ser professores passou de 5,5% em 2006 para 4,2% em 2015.

O relatório Políticas Eficazes para Professores é baseado nas respostas de estudantes de 15 anos no questionário do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), avaliação da qual  participaram 70 países. No Brasil, de acordo com o questionário do último Pisa, em 2015, a porcentagem dos que esperam ser professores é ainda menor que a média dos países da OCDE, 2,4%.
Com tamanho desinteresse pela licenciatura, já é possível prever um “apagão” de professores. Se nada mudar, o futuro dessa profissão – e portanto dos nossos filhos – fica cada vez mais ameaçado.

Especialistas dizem que a saída para isso nem é tão difícil. Aumentar salários, criar um plano de carreira e desenvolver cursos de formação são ações que precisam ser colocadas em prática, para ontem.

“A atratividade da carreira docente precisa mudar e isso implica também, não só o aumento de salário, mas a constituição de uma carreira mesmo”, afirmou Regina Scarpa, doutora em Educação pela  Universidade de São Paulo.

Para a professora e pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Educação da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Isabel Lelis, a falta de atratividade está nas precárias condições de trabalho como baixos salários, sobrecarga de trabalho (as atividades se prolongam para além da carga horária), excesso de alunos em sala de aula, dificuldades de desenvolvimento profissional. “O trabalho do professor envolve grande complexidade pois implica na relação humana, entre professor e aluno. Exige ouvir e fazer o aluno se envolver no processo de aprendizagem, isto é, hoje o professor deve possuir uma série de competências emocionais, para além da competência técnica. Diante dos baixos salários, uma parcela do magistério possui dupla, tripla jornada de trabalho o que provoca doenças como stress, síndrome de burnout, enfim um mal estar profissional”, afirmou.

“Em países onde os salários dos professores é mais alto, estudantes de 15 anos tendem a desejar mais seguir a profissão. O mesmo ocorre em países onde os professores acreditam que a profissão é valorizada pela sociedade”, enfatizou o relatório da OCDE.

A professora da Secretaria de Educação do Distrito Federal, Gina Vieira Ponte, explica que “vivemos em um país que representações sobre o que é ser professor são muito ruins. É muito recorrente que se replique casos de professores agredidos, de enfrentamento com alunos, com pais. Tem greve de professores, que precisam se organizar para garantir melhores salários. O aluno, dentro da escola, percebe o quão desafiador é para o professor realizar o trabalho dele”.

Para melhorar o ensino, o Plano Nacional da Educação espera, até 2024, alcançar algumas metas, entre elas garantir que os professores tenham formação superior, que pelo menos 50% de quem dá aula na educação básica tenha pós-graduação e valorizar o salário dos professores em relação a outros profissionais que também tenham nível superior.

O especialista em Educação da USP, Fernando Abrucio, acredita que o plano é bom, mas que o Brasil avançou muito pouco. “Nós temos que, ao mesmo tempo, melhorar a formação do professor, torná-lo alguém que saiba ensinar bem aos alunos e mudar a carreira do professor para atrair os melhores talentos do país para a docência e assim termos uma sociedade melhor para nossos filhos e netos”, disse.

“Acho que é consenso de todos os lados, de todos os campos políticos, que política educacional é caminho para o desenvolvimento do país”, disse o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araújo. “A educação muda a vida da pessoa e, para ter educação de qualidade, tem que ter pessoas animadas com autoestima elevada, com alegria e disposição para fazer o trabalho no dia a dia”.

A OCDE recomenda que os governantes “considerem melhorias nas condições de trabalho dos professores para tornar a carreira mais atrativa para os melhores estudantes. Ao mesmo tempo, poderiam aumentar o nível de autonomia e responsabilidade, as oportunidades de crescimento intelectual e possibilidades de progressão de carreira que agradem os professores”.

“Não Verás País Nenhum” – Refletindo o que ocorre hoje no país e pegando carona no título da ficção distópica do escritor Ignácio de Loyola Brandão, pesquisa do Datafolha divulgada no domingo (17/6) indica que 62% dos brasileiros entre 16 e 24 anos desejam morar no exterior. A cifra corresponde a 19 milhões de pessoas – o equivalente à população do estado de Minas Gerais. Segundo a sondagem, metade da população entre 25 e 34 anos deseja deixar o país, enquanto entre os entrevistados de 35 a 44 anos, 44% querem viver no estrangeiro.


São dados estarrecedores e pode-se dizer que o futuro desistiu. O futuro desistiu do Brasil porque o Brasil desistiu do seu futuro muito antes. E não se trata aqui apenas de falar na garantia de emprego decente e educação de qualidade. Mas no respeito à vida e na proteção nos níveis mais básicos da dignidade – pontos que o governo Temer insiste em esquecer com sua “ponte para futuro”.

Ou seja, na lógica atual, para se construir um futuro melhor, mata-se o próprio futuro. O mais triste é que, quando perceberem essa contradição, já será tarde demais.

FONTE: SINPRODF  (Por André Barreto em 24/jun/2018)

SINPRO MACAÉ E REGIÃO

quinta-feira, 28 de junho de 2018

Sinpro e Procon de Rio das Ostras se reúnem para discutir medidas que garantam uma educação de qualidade


Parceria visa combater as denúncias trabalhistas e de condições de ensino. Órgão reafirma que não é permitido condicionar o aumento das mensalidades ao reajuste do professor.



O Sindicato dos Professores (Sinpro) de Macaé e Região reafirmou a posição pela defesa dos direitos dos professores e sua valorização, bem como pela garantia da qualidade do ensino. Para isso, se reuniu nesta semana com o Procon de Rio das Ostras com o objetivo de reforçar a necessidade de se cobrar e fiscalizar para que as escolas cumpram as cláusulas sociais das convenções trabalhistas e que o poder público atue para a regularização daquelas que se encontram em situação irregular. O órgão e a entidade se comprometeram em assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) nos próximos dias para que o trabalho seja desenvolvido em parceria. 


Durante o encontro, diversos assuntos foram levantados. Um deles, o reajuste das mensalidades cobrado por algumas escolas que chegaram a 14% no último ano, valor bem acima do índice médio que ficou em 7,5%. “Já temos um estudo de que esses aumentos das mensalidades não acompanham os reajustes concedidos aos professores. Ao mesmo tempo, alguns donos de escolas alegam para pais e responsáveis que a maior parte do valor reajustado vai para o professor, o que é uma mentira e não é permitido. Esse acréscimo é baseado uma planilha de custos que deve estar fixada na unidade até no mês dezembro para conhecimento de todos”, disse a secretária executiva, Guilhermina Rocha. 


De acordo com o coordenador do Procon, Pedro Djuric, irregularidades na cobrança destes reajustes foram encontradas em uma ação do órgão e estão sendo combatidas. “Solicitamos as planilhas para justificar os reajustes aplicados em cada uma. Algumas não conseguiram justificar o aumento superior a média de 7,5%. Por isso, instauramos processo administrativo”, disse. 





REGULARIZAÇÃO – O Sinpro tem acompanhado o crescimento das escolas particulares em sua base de atuação. Contudo, tem aumentado também o número de denúncias por irregularidades. “Garantir que elas estejam dentro da legalidade é uma forma de certificar a segurança e a execução de um bom plano pedagógico. Entre as denúncias que recebemos estão: a falta de pagamentos de salários em dia e o não cumprimento da nossa Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Algumas nem a carteira dos professores assinam, o que mostra a necessidade de um controle mais eficaz”, apontou o presidente do Sinpro, Cesar Araújo. 


O coordenador do Procon, adiantou que fazer com que as escolas se regularizam para o pleno funcionamento será a próxima fase das ações. “Nossa função é esta: garantir que o serviço seja bem prestado e o direito dos consumidores”. Para isso, um TAC entre Sinpro, Procon, escolas e OAB deverá ser formalizado nos próximos dias. “Isso será primordial, pois nós não podemos fiscalizar, o órgão municipal sim. O que fazemos é repassar as denúncias”, completou Cesar. 


ACESSIBILIDADE - Recentemente, o Procon fez uma operação para conhecer as condições das escolas para receber alunos deficientes, entre eles, os autistas. Foram solicitadas as listas de alunos matriculados e aqueles que pretendem ingressar, bem como os profissionais capacitados para trabalhar com estes estudantes.


Site levanta os 8 grandes autores negros da literatura infantil






A curadora Sarah Helan, curadora do site Leiturinha, publicou uma matéria superinteressante sobre a literatura negra no Brasil. Ela fez um levantamento dos autores e autoras negras do País. Com ele, vieram nomes de Lázaro Ramos, Elisa Lucinda, Junião, Kiusan de Oliveira, Neusa Baptista Pinto, Carmem Lúcia Campos, Edmilson de Almeida Pereira e Madu Costa. 


A curadora provocou uma reflexão sobre os poucos nomes que as pessoas têm de referência quando pensa neste tipo de literatura. Segundo o site, “assim como em diversos outros âmbitos, ao longo da história, as vozes negras – e de tantas outras minorias sociais – foram silenciadas de diversas formas. Isso reflete, diretamente, na representatividade destes autores e na construção de identidade dos pequenos leitores, por não encontrarem nos livros, a diversidade presente em nossa sociedade”. 


O material enfatiza que ler e conhecer personagens das mais diferentes culturas, lugares, etnias e realidades amplia a visão de mundo e tornas os cidadãos mais empáticos. Além disso, fortalece e dá espaço para que outras vozes também possam contar suas próprias histórias. 


Confira a lista do site: 


1. Lázaro Ramos

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Nascido em Salvador (BA), Lázaro Ramos é muito conhecido por sua carreira como ator, no entanto, é de longa data que ele já figura no meio literário também. Escritor desde a  juventude, Lázaro tem três livros lançados para o público infantil, A Velha Sentada, Caderno de Rimas do João e Caderno Sem Rimas da Maria (os dois últimos já enviados pelo Clube Leiturinha). Em seus textos infantis, Lázaro Ramos capta o mundo e o expressa em versos, abordando temas que introduzem sutilmente a poesia política e social no mundo dos pequenos.

2. Elisa Lucinda

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Também conhecida nas telinhas como atriz, Elisa Lucinda, nascida em Vitória (ES), é jornalista, professora, cantora, poeta e uma das autoras de mais sucesso no Brasil, com mais de 17 publicações, entre poemas, romances, peças teatrais e literatura infantil. Seu livro infanto-juvenil A menina transparente, da Coleção amigo oculto, lhe rendeu, em 2002, o prêmio Altamente Recomendável (FNLIJ).

3. Junião

Junião
De Campinas (SP), Junião é um grande ilustrador e escritor brasileiro. Com charges e ilustrações publicadas nos maiores veículos de comunicação do país e livros infantis e juvenis, Junião já recebeu importantes prêmios pela qualidade e relevância de seu trabalho. Em junho de 2016, lançou Meu Pai Vai Me Buscar na Escola, seu primeiro livro infantil como escritor e ilustrador.

4. Kiusam de Oliveira

Kiusam-de-Oliveira
Nascida no interior de São Paulo, na cidade de Santo André, Kiusam de Oliveira é pedagoga, artista multimídia, contadora de histórias, bailarina, coreógrafa, professora de danças afro-brasileiras e autora de quatro títulos infantis: Omo-Oba: Histórias de Princesas, O mar que banha a ilha de Goré, Omo-Oba: Histórias de Príncipes e O mundo no black power de Tayó. O último premiado pelo PROAC (Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo) – Cultura Negra / 2012.

5. Neusa Baptista Pinto

Neusa-Baptista-Pinto
Jornalista e natural de Lençóis Paulista (SP), Neusa Baptista Pinto publicou seu primeiro livro em 2007. Cabelo Ruim? A história de três meninas aprendendo a se aceitar fala sobre a descoberta da beleza própria e a auto-aceitação, integrando seu projeto “Pixaim: Nem bom, nem ruim – Apenas diferente”, cujo objetivo é estimular a valorização do cabelo crespo.

6. Carmem Lúcia Campos

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Formada em Letras, e nascida em São Paulo (SP), Carmen Lúcia Campos é editora, consultora editorial e autora de diversos títulos infantis, entre eles: A Bisa Fala Cada Coisa e Meu Avô Africano.

7. Edimilson de Almeida Pereira

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Natural de Juiz de Fora (MG), Edimilson de Almeida Pereira é poeta, professor universitário e um dos mais premiados autores da literatura brasileira, com textos traduzidos e publicados na Inglaterra, Itália, Espanha, França, Portugal, Alemanha e Estados Unidos. Entre seus títulos para o público infantil estão: Poemas para Ler com Palmas, Histórias Trazidas por um Cavalo-marinho e Os Reizinhos de Congo.

8. Madu Costa

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Nascida em Belo Horizonte (MG), Maria do Carmo Ferreira da Costa, conhecida como Madu Costa, é pedagoga, pós-graduada em Arte Educação e escritora afro-brasileira. Ligada principalmente à literatura infanto-juvenil, a autora busca difundir a afirmação racial em suas obras. Meninas Negras e Cadarços Desamarrados são algumas de suas publicações.

Outros importantes nomes da literatura negra

Para além dos livros infantis, outros grandes nomes marcaram a literatura negra, sendo referência e inspiração para os novos autores e também para nós, leitores! Para fortalecer e difundir as vozes negras da literatura, já existem livrarias e editoras específicas para livros de autores/as negros/as e até aplicativos que ajudam a encontrar escritores negros. Reunimos aqui alguns desses nomes que marcaram e ainda marcam a literatura:

Lima Barreto (1881 – 1922)

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Homenageado na Flip 2017, Afonso Henriques de Lima Barreto nasceu em 1881 na cidade do Rio de Janeiro, trabalhou como jornalista e foi um dos principais escritores do pré-modernismo brasileiro. Em seus livros contou experiências vividas e denunciou a desigualdade social e o racismo da época. Durante sua vida, enfrentou preconceito por ser “mestiço”, só sendo reconhecido por sua obra após a morte. Sua principal publicação foi Triste fim de Policarpo Quaresma, escrito em 1911 e considerado um dos mais importantes do movimento pré-modernista.

Carolina Maria de Jesus (1914 – 1977)

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Nascida em Sacramento (MG), Carolina Maria de Jesus é considerada uma das primeiras e mais importantes escritoras negras do Brasil. Apesar do pouco estudo, ela reunia em casa mais de 20 cadernos com relatos sobre o cotidiano da favela em São Paulo, onde viveu a maior parte de sua vida. Um desses cadernos deu origem ao livro Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada, publicado em 1960 e com outras três edições, totalizando 100 mil exemplares vendidos, em 13 idiomas e vendidos em mais de 40 países. Carolina de Jesus ainda teve outras duas publicações: Pedaços de Fome e Provérbios.

Conceição Evaristo

Conceição-Evaristo
Conceição Evaristo nasceu em 29 de dezembro de 1946 em Belo Horizonte (MG) e, assim como Carolina Maria de Jesus, a autora mantinha um diário onde anotava as dificuldades de um cotidiano sofrido. Mais tarde, se tornou um dos principais nomes da literatura brasileira e afro-brasileira, com projeção internacional e livros traduzidos em outros idiomas. Em sua literatura, Conceição traz profundas reflexões sobre questões de raça e de gênero, buscando dar visibilidade para a Literatura Negra através de sua “Escrevivência”. Entre suas obras estão: Insubmissas Lágrimas de Mulheres Ponciá Vicêncio.

Chimamanda Ngozi Adichie

Chimamanda-Ngozi-Adichie
Com sua obra traduzida para mais de 30 línguas, a nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie é uma das principais autoras da atualidade. Chimamanda tem estado cada vez mais em pauta por seu discurso político e social, não só em seus livros, mas também nos seus discursos no TED Talks. Hibisco Roxo, Americanah e Para Educar Crianças Feministas – Um Manifesto estão entre suas principais obras.


FONTE: https://leiturinha.com.br/blog/8-grandes-autores-negros-da-literatura-infantil/


Série da Unesco retrata mulheres que ganharam representatividade por meio dos movimentos sociais na África




A representatividade das mulheres que se tornaram referência na África é retratada na série de livros digitais “Mulheres na história da África”, produzida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). O material utiliza a linguagem dos quadrinhos para abordar as biografias de algumas lideranças femininas, que se destacaram no enfrentamento do desmatamento e ameaças ambientais e na proteção do direito das mulheres e em negociações entre países como: ‘Njinga Mbande, Wangari Maathai e Funmilayo Ransome-Kuti.

O material pode ser baixado de graça e junto dele é oferecido um dossiê pedagógico, para ser usado como recurso em sala de aula. É preciso lembrar que há 14 anos, o Brasil tem uma lei que que estabelece a obrigatoriedade do ensino de história da África e da cultura africana e afro-brasileira no currículo da educação básica.

HISTÓRIA - Um desses materiais retrata a história da rainha Njinga Mbande, governante da região do Ndongo e do Matamba localizados em Angola. Com 56 páginas abordam a história de Angola e seus desafios, como o tráfico de escravizados, construção de identidade da população e como a figura e atitudes de Njinga inspiraram diversas religiões de origem africana.




segunda-feira, 25 de junho de 2018

Sinpro Macaé e Região busca diálogo com donos de escolas para defender reivindicações dos professores



Visitas às escolas da base de atuação faz parte da Campanha Salarial 2018

Instituto Nossa Senhora da Glória - Colégio Castelo


Colégio Pequeno Aprendiz

O Sindicato dos Professores (Sinpro) de Macaé e Região está visitando as escolas da base de atuação para estreitar ainda mais o diálogo na defesa de um professor valorizado e de uma educação de qualidade. 

A ação, que aconteceu durante toda a última semana, sensibilizando os donos dos estabelecimentos de ensino sobre a proposta do sindicato patronal que quer retirar cláusulas sociais e dar um reajuste que não representa um ganho real ( R$0,36 trinta e seis centavos) e o retorno da cláusula da Contribuição Assistencial . 




Colégio CEC


Colégio EP Positiva

Escola Coração Valente

Colégio Alternativa 

Colégio Moderno

De acordo com o presidente do Sinpro Macaé e Região, Cesar Araújo, a receptividade das direções e responsáveis foi muito positiva. “O diálogo é o caminho para qualquer negociação. Por isso, fomos a campo ouvir a opinião deles e expor as nossas reivindicações relacionadas as negociações em andamento entre o Sinpro Macaé e o sindicato patronal. Constatamos um compromisso por parte dos donos de estabelecimento de ensino , avaliam que vivemos um momento conjuntural difícil  e não querem prejudicar os seus professores, pelo contrário,  querem garantir os benefícios, como fazem como a gratuidade, estendida muitas vezes para todos funcionários internos que pela lei não teriam direito”.


Colégio CET I
Em uma conversa sempre amistosa, eles ouviram a nossa defesa em manter as conquistas faz parte da defesa de uma educação cada vez melhor. “A manutenção das cláusulas é uma forma de reconhecer todo o trabalho desempenhado por estes profissionais dentro das unidades de ensino. Por isso, a negociação concluída com a FETEERJ, que representa os Sinpros, deve ser também aplicada a nós”. Há de se ressaltar que algumas escolas já se anteciparam e concederam os 3% de reajuste para os professores antes mesmo das negociações terminaram.


Colégio Casulo
O Sinpro aproveitou as visitas para explicar o retorno da Contribuição Assistencial, no valor de 2% após o fechamento da Convenção Coletiva de Trabalho, que foi aprovado pela categoria na assembleia geral e nas descentralizadas. E informamos que solicitamos o TAC com o Ministério Público do Trabalho (MPT).


O QUE DEFENDE O SINPRO MACAÉ E REGIÃO:


·         Reajuste de 3% para os professores que atuam nas escolas que pagam acima do piso salarial;

·         Reajuste de 3,7% para as escolas que pagam o piso;

·         Retorno da Contribuição Assistencial 2%, garantindo o direito a OPOSIÇÃO dos professores não sindicalizados;

·         Manutenção das HOMOLOGAÇÕES na sede do Sindicato;

·         Manutenção de todas as cláusulas sociais, que fazem parte de conquistas importantes para professores e professoras nos últimos anos. 

CONFIRA A CARTA NA ÍNTEGRA


DIREÇÃO DO SINPRO MACAÉ E REGIÃO


sexta-feira, 22 de junho de 2018

SINPRO CONVOCA: Reunião dos Professores da Comissão Paritária da Faculdade FAFIMA, dia 25/06






Comunicado aos Professores da FAFIMA 

Iniciado o ano letivo de 2018, o SINPRO MACAÉ E REGIÃO reivindicou a proposta de regularização dos passivos trabalhistas, onde persistem os atrasos de salários. Embora a FAFIMA esteja regularizando a situação financeira da instituição, para o Sindicato dos Professores o cumprimento do calendário de pagamento deve ser imediato. 

Depois de um longo período, diante das irregularidades trabalhistas praticadas pela instituição, conseguimos agendar uma mesa de negociação para tratarmos dos passivos trabalhistas, para o próximo dia 28 de junho. O SINPRO já solicitou à Faculdade o horário do agendamento. 

Nossa disposição continua sendo a de garantir os direitos e compromissos por parte dos poderes constituídos da FAFIMA, como o estabelecimento de um calendário de pagamento para salários em atraso. 

Assim, estamos convocando uma reunião com os membros eleitos da Comissão Paritária ( aberta para todos professores) para o dia 25 de junho, às 17 horas, na FAFIMA, com o objetivo de avaliarmos as reivindicações dos professores, que serão apresentadas no dia 28 de junho.

A comissão é formada pelos professores: 

Alfredo Manhães e Igor Nascimento (Matemática),
Ivânia Ribeiro – Fernanda Rodrigues ( Letras) 
Cremilda Couto – Juliana Alvarenga (Pedagogia),
outros nomes das áreas de história e geografia serão enviados pela instituição.

Sua participação é fundamental!

Diretoria do SINPRO Macaé e Região