quinta-feira, 27 de setembro de 2018

[APOIO AS LUTAS DAS MULHERES]



O Sinpro Macaé e Região, sindicato que tem 80% de sua diretoria formada por mulheres e representa uma categoria majoritariamente feminina, mantém o seu compromisso na luta e na defesa dos direitos da classe trabalhadora, valorização profissional e garantia de uma educação de qualidade e emancipadora. Por isso, se posiciona diante das manifestações das mulheres, que acontecerão neste dia 29.

O apoio se dá diante do avanço do conservadorismo e dos extremismos do discurso ódio, que tentam diminuir o papel da mulher. A limitação na formação de cidadãos críticos também está ameaçada com o perigo se aprovação do PL da Escola Sem Partido.

Entendemos que as mulheres, a maior parte de nossa população, entretanto, um grupo que ainda luta muito para ver os seus direitos reconhecidos, mais uma vez precisam tomar uma posição na história deste país. Aliás, elas sempre tomaram em momentos decisivos na construção histórica de mundo e de Brasil. Foi assim no fato que marcou o 8 de março e deve ser assim sempre que qualquer direito da mulher como direito ao voto, liberdade, igualdade no trabalho e salário for ameaçado.

É por isso que as mulheres precisam novamente estar nas ruas no sábado. Para defender a democracia, a igualdade de oportunidades, salários iguais, a revogação da EC 95 (que congela os investimentos públicos por 20 anos), e, além disso, combater o racismo, a homofobia, o machismo e defender um estado que seja realmente laico. Defender uma sociedade justa para todas nós. Não temos mais tempo para perder direitos!

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Seminário discute saúde e educação na promoção da vida


Para Sinpro Macaé e Região, momento será proveitoso para tratar de vida nas escolas e como fomentá-las. Iniciativa será realizada no Rio de Janeiro nesta quinta-feira, dia 27



A Campanha Setembro Amarelo do Estado dará enfoque à saúde e educação na promoção da vida. O Seminário Intersetorial, que abordará este tema, acontecerá no Rio de Janeiro, na quinta-feira, dia 27. O evento tem como objetivo levantar reflexões junto aos profissionais das diferentes Políticas Públicas e fortalecer ações pertinentes quanto à Promoção de Vida e à Prevenção ao Suicídio na rede estadual de educação. A ação é realizada pela Secretaria de Estado de Educação, em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde.  

Serão ofertadas 120 vagas e as inscrições podem ser feitas pelo link: https://bit.ly/2PPp7nB. Entre os palestrantes estão àqueles inseridos em equipamentos e instituições do Sistema de Garantia de Direitos (SGD).  Eles vão direcionar as discussões para alguns eixos como: “A escola em articulação intersetorial: fortalecendo parcerias e alianças”, “Grêmio Estudantil como Promotor de Vida e Cidadania”, “Possibilidades de intervenção pedagógica no ambiente escolar” e “O fenômeno do suicídio e sua complexidade”.
                              

SERVIÇO
Seminário Intersetorial
Local: O Auditório da Defensoria Pública (localizada na Avenida Marechal Câmara, n° 314, Centro - RJ), das 09h às 13h30.
Dia: 27/09
Horário: 8h30 às 13h30

IFRJ disponibiliza vagas para negros e indígenas em cursos de pós-graduação


Esta é a maior oferta de vagas. Inscrições seguem até dia 04 de novembro





O IFRJ acaba de disponibilizar gratuitamente o maior número de vagas para cursos de pós-graduação destinadas exclusivamente para negros e indígenas de sua história? Ao todo são 46 vagas, distribuídas por 17 cursos lato e stricto sensu, em 10 cidades do estado do Rio de Janeiro (na Baixada Fluminense, Capital, Região dos Lagos, Sul e Centro-Sul Fluminense), todas com averiguação da validação da heteroidentificação racial para os candidatos autodeclarados pretos, pardos ou indígenas. Divulgadas por meio dos editais para os processos seletivos de Pós-graduação Stricto Sensu e Lato Sensu. 

As inscrições deverão ser realizadas exclusivamente via Internet, no site do Instituto Selecon, de acordo com as orientações presentes nos editais de 24 de setembro a 04 de novembro de 2018.

O período de pedido para isenção da taxa de inscrição é de 24 de setembro a 08 de outubro. Será concedida a isenção da taxa ao candidato que: estiver inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal – CadÚnico e for membro de família de baixa renda; for professor da rede pública (federal, estadual ou municipal) de ensino.

Confira abaixo a relação das vagas para cotistas, disponíveis mais perto de sua residência, são elas:

  • 3 vagas para negros e indígenas no mestrado profissional em Ciência e Tecnologia de Alimentos do Campus Rio de Janeiro
  • 3 vagas para negros e indígenas no mestrado profissional em Ensino de Ciências do Campus Nilópolis
  • 3 vagas para negros e indígenas na especialização em Ensino de Histórias e Culturas Africanas e Afro-Brasileira do Campus São Gonçalo
  • 3 vagas para negros e indígenas na especialização em Práticas de Letramento do Campus São João de Meriti
  • 3 vagas para negros e indígenas na especialização em Linguagens Artísticas, Cultura e Educação do Campus Nilópolis
  • 2 vagas para negros e indígenas na especialização em Estudos Linguísticos e Literários do Campus Nilópolis
  • 2 vagas para negros e indígenas na especialização em Gestão da Segurança de Alimentos e Qualidade Nutricional do Campus Rio de Janeiro
  • 2 vagas para negros e indígenas na especialização em Ensino de Ciências - Ênfase em Biologia e Química do Campus Rio de Janeiro
  • 2 vagas para negros e indígenas na especialização em Educação Física Escolar do Campus Duque de Caxias
  • 3 vagas para negros e indígenas na especialização em Educação de Jovens e Adultos do Campus Nilópolis
  • 2 vagas para negros e indígenas na especialização em Gestão Ambiental do Campus Nilópolis
  • 3 vagas para negros e indígenas na especialização em Educação e Divulgação Científica do Campus Mesquita
  • 2 vagas para negros e indígenas na especialização em Ensino de Ciências Naturais e Matemática do Campus Volta Redonda
  • 3 vagas para negros e indígenas na especialização em Desenvolvimento Regional e Sustentabilidade do Campus Pinheiral
  • 4 vagas para negros e indígenas na especialização em Tecnologias Digitais Aplicadas ao Ensino do Campus Arraial do Cabo
  • 3 vagas para negros e indígenas na especialização em Ciências Ambientais em Áreas Costeiras do Campus Arraial do Cabo
  • 3 vagas para negros e indígenas na especialização em Gestão de Projetos e Negócios em Tecnologia da Informação do Campus Engenheiro Paulo de FrontiN 

INSCRIÇÕES NO LINK

Os editais para os cursos Lato Sensu 

Os editais para os cursos Stricto Sensu

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

[97 ANOS DE PAULO FREIRE]


No dia 19 de setembro, Paulo Freire, o patrono da Educação Brasileira, completaria 97 anos. Com seu conhecimento, o educador e filósofo pernambucano revolucionou o ensino de adultos em todo o mundo. São imensuráveis os ganhos que ele trouxe para a nossa Educação, por isso, é sempre citado em trabalhos e pesquisas, inclusive internacionais. No ano passado, por exemplo, o patrimônio documental do Acervo Paulo Freire foi inserido no Registro Internacional do Programa Memória do Mundo da Unesco. Freire dedicou grande parte de sua vida à alfabetização e à educação da população pobre. Esteve à frente de políticas como o Programa Nacional de Alfabetização e a Educação de Jovens e Adultos e foi consultor de projetos internacionais de educação na África pós-colonial. Em sua obra mais conhecida, A Pedagogia do Oprimido, o educador propõe uma dinâmica menos vertical entre professores e alunos e a sociedade na qual se inserem. O livro foi traduzido em mais de 40 idiomas. Sem dúvidas, Freire foi o pensador que ensinou o mundo a ler a si mesmo.

Dia da Luta Nacional das Pessoas com Deficiências: políticas públicas precisam ser acompanhadas de capacitação

Crédito: Reprodução http://www.crpsc.org.br/

Constantemente, Sinpro Macaé e Região levanta o debate sobre o tema com educadores


Neste dia 21 de setembro é comemorado o Dia da Luta Nacional das Pessoas com Deficiência. Em suas ações, o Sinpro Macaé e Região tem levantado este debate no intuito de conscientizar escolas e professores sobre o tema. Com isso, a intenção é garantir o direito de inclusão destes alunos. Recentemente, o Sindicato participou de palestra que contou ainda com a presença da OAB e do Procon, mas deu também destaque ao tema por meio de suas redes sociais contando experiências bem-sucedidas em unidades de ensino.

Para a advogada Livia Zapletal, que é presidente da Comissão em Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência da OAB Rio das Ostras, houve um grande avanço no que tange os direitos destas pessoas, o que se reflete no aumento da consciência tanto dos usuários quanto dos prestadores de serviços. “No setor privado vemos as escolas se esforçando para cumprir as exigências e contratar o profissional de apoio, por exemplo. O que falta, muitas vezes, é a capacitação deles. Digo isso pelos relatos dos próprios profissionais”.

Segundo Zapletal, há reclamações de familiares relacionadas a algumas escolas que dizem oferecer este atendimento, mas que na prática deixa a desejar. “Quando recebemos estas solicitações procurarmos assessorar sobre os direitos, pois o primeiro passo é tentar uma conversa para buscar uma mediação. Ajuizar uma ação é sempre o último caso”. 


Sinpro deu destaque na inclusão no mês passado, contando experiências de escolas 

EXPERIÊNCIA – Em agosto, o Sinpro deu destaque a experiência de inclusão realizada no Centro Educacional Toledo (CET). A unidade conta com 25 alunos com mediação e integrados nas turmas do maternal 2 até o 9º ano. São estudantes com autismo, Transtorno de Déficit de Atenção (TDAH), hiperatividade, dislexia, deficiência física e Síndrome de Dandy Walker.

De acordo com a diretora, Alessandra Toledo, o segredo para uma política pedagógica inclusiva de sucesso é promover uma verdadeira integração entre família, escola e os outros profissionais que auxiliam o desenvolvimento dos estudantes. “Além de um ambiente escolar adaptado com acessibilidade, a escola busca capacitar os funcionários por meio de conferências e palestras internas com pessoas que dominam o tema da inclusão. Recentemente, diante da demanda, contratou um psicopedagogo para coordenar a política pedagógica junto aos 25 mediadores da unidade. “Observo que se tratando de outros lugares, há uma falta de pesquisa sobre o assunto. Inclusão é busca. É um trabalho que você precisa querer fazer. Saber ainda que quando se fala de gente, não se fala de regra. Quando entra um aluno novo, nós não sabemos como trabalhar, mas vamos buscar junto a família e as terapias externas”, finalizou.

Literatura de cordel é reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro

Em eventos realizados pelo Sinpro Macaé e Região gênero já ganhava destaque por meio do cordelista Edmilson Santini



A literatura de cordel agora é Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro. A notícia veio nesta quarta-feira, dia 19, por meio de votação unanime pelo Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

O texto de cordel retrata o imaginário coletivo, a memória social e o ponto de vista dos poetas a respeito de acontecimentos vividos ou imaginados.

Aula Pública em maio contou com a participação de cordelista Edmilson Santini


Na região, o Sinpro já incentivava e disseminava as características da literatura de cordel por meio de seus eventos. Recentemente, na Aula Pública realizada na Praça José Pereira Câmara, em Rio das Ostras, trouxe o cordelista Edilson Santini, que apresentou a quem passava pelo local toda a diversidade deste gênero literário.

Presidente do Sinpro Macaé , Cesar Gomes, e o
cordelista Edmilson Santini

De acordo com o presidente do Sinpro Macaé e Região, Cesar Gomes, este reconhecimento aumenta ainda mais a importância que o cordel possui em na cultura brasileira. “Por nossa região, a nosso convite, Edmilson sempre trouxe para perto de professores, estudantes e sociedade em geral esta literatura. Ele com certeza leva muito bem o cordel por onde passa. Em muitos cantos do País este gênero já é admirado e respeitado. Ostenta um misto poético, cheio de rimas e uma apresentação marcante. A partir de agora, acreditamos que ele será ainda mais expandido, vencendo barreiras geográficas e também a resistência de alguns”.

Atualmente, de acordo com o IPHAN, o gênero circula com maior intensidade na Paraíba, Pernambuco, Ceará, Maranhão, Pará, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais, Distrito Federal, Rio de Janeiro e São Paulo.


quinta-feira, 20 de setembro de 2018

NOTA EM SOLIDARIEDADE AO PROFESSOR THIAGO DOS SANTOS E AOS DEMAIS PROFISSIONAIS



O Sinpro Macaé e Região se solidariza ao professor, Thiago dos Santos Conceição, do CIEP Municipalizado Mestre Marçal, da rede pública de Rio das Ostras, devido às agressões sofridas dentro da sala de aula. Isso mostra o quanto devemos juntos buscar soluções para promover uma educação que incentive o respeito entre os seres humanos.

Esta é uma situação que precisa ser tratada não só pela comunidade escolar, mas pelo poder público e por toda a sociedade. Afinal, a escola é um local que deve servir para a produção de conhecimento, construção e emancipação do cidadão. Que este lamentável acontecimento sirva para que a situação com a qual convive os nossos professores seja debatida de forma ainda mais intensa e que as soluções sejam apresentadas. A educação é capaz de transformar a realidade dos indivíduos, mas sozinha ela não produz todos os seus efeitos. Família, sociedade e mais medidas sociais que gerem oportunidades precisam estar juntas com as potencialidades que só o ambiente escolar pode trazer. Só assim poderemos juntos, com professores e estudantes, buscar o crescimento, o amadurecimento e o respeito nas relações pessoais sadias.

O Sipro Macaé e Região tem chamado a atenção sobre o avanço da violência contra o professor nas salas de aula, visto que este não é o primeiro caso em nossa região. No cenário nacional não tem sido diferente, uma pesquisa divulgada no ano passado colocou o Brasil no topo do ranking de violência contra o professor. Nela, dos foram escutados 262 mil professores. Destes, mais de 22 mil disseram que já haviam sido ameaçados por estudantes; quase cinco mil afirmaram que sofreram atentados à vida nas escolas em que dão aula.

Indo mais além, a violência contra os professores é também um reflexo dos tempos difíceis que vivemos com a precarização da educação, a necessidade de mais investimentos, sobretudo, da valorização ao profissional da educação. A escola precisa ainda se reinventar, de se trazer para dentro da escola uma equipe multidisciplinar com psicólogos, assistente sociais, promovendo, ao mesmo tempo, atividades culturais e socioambientais responsáveis.

É preciso gerar comprometimento de todos no cumprimento, das regras construídas coletivamente, com o projeto pedagógico ou Regimento Interno, instrumentos que precisam ser construídos com a participação ativa de todas as partes para assim envolver todos os protagonistas da comunidade escolar.

terça-feira, 18 de setembro de 2018

Sinpro Macaé participa de bate papo sobre protagonismo feminino na política nesta quinta, dia 20

Secretária-geral, Guilhermina Rocha, e diretora de Educação e Cultura, Ivânia Ribeiro, estão entre as convidadas do evento que acontece no calçadão, em frente a Nova Aurora



O protagonismo feminino na política e na sociedade está em pauta no “Papo em Movimento”, que acontecerá nesta quinta-feira, dia 20, no calçadão em frente a Nova Aurora, em Macaé. O Sinpro Macaé e Região, por meio da secretária-geral, Guilhermina Rocha, e da diretora de Educação e Cultura, Ivânia Ribeiro, é um dos convidados da ação, que terá início a partir das 17 horas. O evento é aberto ao público.

A secretária-geral disse que nos últimos anos diversos foram os retrocessos sociais e, mais recentemente, o aumento do discurso de ódio e da cultura da violência. “Nós mulheres somos a maioria da população brasileira e precisamos nos posicionar diante dos ataques machistas, misóginos e de opressão que estamos sofrendo. Por outro lado, temos observado um crescimento do posicionamento crítico feminino, se manifestando através de lutas e do empoderamento na disputa da consciência da população”.

Guilhermina lembra que as mulheres são fundamentais e podem aumentar a sua participação política. “Essa disputa eleitoral tem mostrado que temos sim representatividade na política, contudo, alguns candidatos insistem em ameaçar os nossos direitos em nossas vidas e de todo brasileiro”.

Além da dirigente sindical, Guilhermina Rocha, que também é Profª de História e especialista de em Educação/UFF, também estarão na roda de conversa: Profª Ivânia Ribeiro - ex-vereadora de Macaé em 93/96, mestra em Políticas Sociais/UENF, dirigente sindical e integrante do Conselho Municipal de Educação de Macaé; e Cecília Vargas - estudante Secundarista e militante do Grêmio Estudantil Nelson Mandela/CAp; e Rafaela Corrêa - estudante Universitária/UFRJ, militante do Movimento Correnteza e da Unidade Popular Pelo Socialismo.





Fórum Estadual de Educação promove debate com candidatos ao governo do Estado

Encontro é uma forma de conhecer as propostas de candidatos para uma educação de qualidade


Segundo o coordenador do Fórum Estadual de Educação,
André Marinho, iniciativa vai esclarecer ações apontadas
em planos de governos dos candidatos.
(Foto: Reprodução Facebook)
Conhecer o plano de governo dos candidatos e as propostas para evitar com que a educação seja ainda mais preconizada. Estes são alguns dos objetivos da “Conversa com os candidatos ao governo do estado” promovida pelo Fórum Estadual de Educação do Rio de Janeiro, no próximo dia 21 de setembro, às 14 horas. A iniciativa acontecerá no auditório da Caixa de Assistência dos Advogados do Estado do Rio de Janeiro – CAARJ.

Para diretora de Formação da Contee e diretora-geral do Sinpro Macaé e Região, Guilhermina Rocha, este debate contribui para que os cidadãos possam analisar as propostas apresentadas pelos candidatos e candidatas. “Nós da área da educação veremos aquele que realmente se compromete e como pretende dar atenção a uma educação pública, gratuita, laica, de qualidade e que respeitem os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras”.

De acordo com o coordenador do Fórum Estadual de Educação, André Marinho, a iniciativa de fazer o debate é para que sejam esclarecidas pelos candidatos quais são as intenções deles com as propostas apresentadas em cada um em seus planos de governo. “Sabemos que o próximo governo terá um desafio muito grande quando o assunto é educação. Observamos que a maioria das propostas se desvincula de uma perspectiva sistêmica e não produzem a discussão de política educacional para o território do Estado. Queremos entender isso, como eles pensam enfrentar a crise e como a educação é pensada”, disse ao lembrar que até nesta segunda-feira, dia 17, sete candidatos já haviam confirmado presença.

André relata que o Rio de Janeiro tem uma Plano Estadual de Educação que está para vencer em 2019 e há ainda a construção de um congresso estadual de educação, que só concluirá os seus trabalhos no ano que vem. “Necessitamos que o próximo governo tenha a preocupação em reposicionar a educação do Estado em outro patamar. É preciso destinar, de fato, os 25% da receita resultante de impostos e transferências na manutenção e no desenvolvimento da Educação. Sem financiamento é impossível superar os desafios que nos foram impostos. Não se pode organizar políticas sem recurso”. Ele completou que é preciso comprometer o novo governo com a agenda de uma educação pública, gratuita, de qualidade e laica. “Garantindo acesso, permanência, mobilidade e assegurando as políticas afirmativas”.

A Caixa de Assistência dos Advogados do Estado do Rio de Janeiro (CAARJ) fica localizada na Avenida Marechal Câmara, 210 – Centro.



CRISE EVIDENCIADA - Em uma das piores crises da sua história, o Estado do Rio Janeiro agoniza também na educação. Somente em 2018 foram inúmeras denúncias. Situação crítica foi denunciada em Duque de Caxias e Queimados. Só em Caxias, um levantamento do Ministério Público indicou que faltavam 376 professores, um problema que se arrasta desde 2015. Segundo levantamento do site Rede Brasil Atual, a falta de investimentos no Estado deixou milhares de crianças e adolescentes fora das salas de aula, no Rio de Janeiro. Entre 2016 e 2017, cerca de 200 escolas tiveram fechamento de turnos e turmas.

Já o Censo Escolar, que tem a aprovação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), entre 2010 e 2017 foram fechadas pelo estado 231 escolas públicas, o que resulta, segundo o Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe-RJ), uma redução de 95 mil matrículas pelo estado. Soma-se a isso ao sucateamento na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Falta de investimento também que atingem a Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste (UEZO) e a Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec).

A crise foi evidenciada com a divulgação dos índices do Ideb, que mostrou que o Rio é o único estado do Brasil que não atingiu meta em nenhum segmento dos ensinos fundamental e médio. Nos anos iniciais do ensino fundamental, do primeiro ao quinto ano, a nota foi de 5,3 na rede pública, que abrange as escolas federais, estaduais e municipais - um décimo a mais que em 2015. No ensino médio, que é responsabilidade do governo do estado, a nota caiu para 3,3, abaixo do último Ideb, em 2015 e bem abaixo do desejado. O Rio teve uma média menor que a do Brasil - 3,3 no estado contra 3,5 no país.

terça-feira, 11 de setembro de 2018

SINPRO INDICA: livro por uma educação comprometida com as crianças será lançado no dia 20

Léa Tiriba é autora do livro que será lançado no dia 20
 Foto: Reprodução rede social


Uma roda de conversa marcará o lançamento do livro Educação infantil como direito e alegria, da escritora Léa Tiriba, no próximo dia 20 de setembro. A ação acontecerá na Livraria Arlequim, na Praça 15 de Novembro, 48, Paço Imperial, no Centro do Rio, a partir das 17h30min. O evento é gratuito. 

Participam da roda de conversa “Infâncias contemporâneas: os desafios de educar” a autora e os educadores: Adrianne Ogêda (UERJ), Carlos Walter Porto-Gonçalves (UFF), Claudia Miranda (Unirio), Frederico Loureiro (UFRJ), Renato Noguera (UFRRJ) e Vera Candau (PUC-Rio). 

O LIVRO - O trabalho de Lea Tiriba aponta caminhos para uma educação comprometida com a saúde das crianças e do planeta, buscando concepções e práticas que religuem os seres humanos à natureza e digam não ao consumismo e ao desperdício.  

A publicação foi criada com base em extensa pesquisa de campo e bibliográfica e nele a autora sugere o respeito às vontades do corpo e propõe um aprendizado que reorganiza a relação entre educadores e educandos, questionando a centralidade das professoras no processo pedagógico e propiciando o surgimento de relações horizontais. 

Paulo Freire, Lev Vygotsky, Félix Guatarri, Boaventura de Souza Santos e Leonardo Boff são alguns dos pensadores que inspiraram o livro.


É PRECISO MAIS DIÁLOGO!



A mais nova vítima dos discursos de ódio foram: nossa liberdade de pensamento e nossa produção literária. Recentemente, uma das mais renomadas escritoras, Ana Maria Machado, foi alvo de duras críticas por causa de uma página de seu livro “O Menino Que Espiava Pra Dentro”, publicado em 1983, ou seja, há mais de três décadas. Segundo a acusação, ela estaria incentivando o suicídio por meio de uma parte deste livro. 

Foto: Bel Pedrosa/Divulgação/
Reprodução /www.uai.com.b
O Sinpro se solidariza a autora e mostra muita preocupação com os caminhos que sociedade brasileira vem tomando. O que é facilmente percebido com a falta de diálogo, fanatismos, confrontos, ódios e por meio destas “leituras críticas”, que promovem na verdade uma ditadura contra o conhecimento. É preciso reverter tais pensamentos na busca de uma sociedade crítica, aberta a um debate sadio com a possibilidade de troca de informação e o crescimento mútuo, ao invés de gritos e intolerância com os pensamentos. Temos acompanhado os ganhos imensuráveis que a internet traz à sociedade moderna, mas é ela também que dá voz e explicita os piores lados do ser humano, que promovem ao seu bel prazer, um julgamento tão injusto e preocupantes para uma nação democrática como o Brasil.  

A citação, analisada fora de um contexto geral da publicação, ocasionou uma série de comentários negativos e xingamentos contra a autora via redes sociais. Tudo começou com a publicação de uma mãe ilustrada pela página que continha o seguinte parágrafo: “Desta vez ele teve mesmo que esperar. Como as compras só chegaram quando ele estava no colégio, ainda teve que esperar a volta, o jantar e a hora da sobremesa. Quase não aguentava mais. Aí resolveu que o melhor era deixar para engasgar com a maçã na hora de deitar quando estivesse sozinho. E que a família dele era tão desligada dessas coisas que era até capaz de alguém dar um tapa nas costas dele só para desengasgar, e aí estragava o plano todo”. 

Tamanhas são as contribuições da autora neste universo infanto-juvenil, que o livro citado é utilizado nas escolas brasileiras há anos e nunca havia sido questionado negativamente sobre este assunto. Respeitada, Ana Maria Machado, é imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL). Instituição da qual já foi presidente e, atualmente, primeira-secretária. Já recebeu diversos prêmios como o Machado de Assis e o Hans Christian Andersen, considerado o Nobel da literatura infantojuvenil.   

Outro caso que mostrou esta intolerância aconteceu, em Volta Redonda neste ano, quando após questionamentos de alguns pais em relação ao conteúdo do livro Omo-Oba: Histórias de Princesas, que traz a história da cultura negra. Neste caso, a autora é a professora da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Kiusam de Oliveira.

Na época, a Coordenação Pedagógica da Escola Sesi, unidade Volta Redonda, chegou a emitir um bilhete para os responsáveis, dizendo que recebeu questionamentos de pais sobre o livro e que os mesmos questionamentos foram enviados para a Gerência de Educação Básica que teria autorizado a troca do referido título. Contudo, a assessoria de imprensa da escola esclareceu que este documento não foi claro e nem refletiu a realidade. Por e-mail a assessoria esclareceu ainda que "a escola realmente chegou a abrir a possibilidade de mais uma obra alternativa para aqueles interessados, uma decisão equivocada que já foi revista".

Estranho é saber que o material está alinhado com a lei 11.645/08, que estabelece a obrigatoriedade da temática de história e cultura afro-brasileira e indígena no currículo das escolas. Isso evidencia ainda mais a intolerância dos pais que "denunciaram o material".


Vale lembrar que estes debates sociais podem ficar ainda mais ameaçados, caso o projeto de lei da Escola Sem Partido seja aprovado, eliminando a possibilidade dos professores estimularem a busca por um conhecimento crítico junto aos estudantes.  

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Quem pediu a opinião do INEP? – II


Publicado em 

Novamente o INEP sai de sua posição de avaliador da educação nacional, para passar à de supremo formulador de políticas públicas. E o faz de maneira a mostrar um grande atraso no entendimento do que seja um processo de avaliação de larga escala da educação nacional. Não é o INEP quem deve dizer a estados e municípios o que fazer com os números da avaliação divulgados – cada um deles tem sua própria política educacional.
Basta lermos a divulgação que ele faz hoje (3-9-18) dos dados do IDEB, para que nos lembremos da falida lei No Child Left Behind americana, que inaugurou nos idos de 2002 a igualmente falida era da responsabilização verticalizada nos Estados Unidos. Em 2005, Reynaldo Fernandes, encantado com aquela lei, implantava a avaliação censitária no SAEB e o IDEB. Em seu “press release” o INEP diz hoje:
“Um bom sistema de indicadores educacionais permite uma avaliação mais fundamentada das escolas e dos sistemas educacionais, visando a garantia do direito à educação, e favorece que os diferentes atores envolvidos possam promover ações que resultem na melhoria da qualidade da educação:
Em seguida, o comunicado passa a elencar quem são os atores envolvidos:
(1) Os beneficiários (pais e alunos) e a sociedade em geral podem cobrar explicações dos responsáveis quando os resultados são desfavoráveis; (2) Os gestores do sistema podem identificar as escolas que necessitam de intervenção e aquelas que devem servir como exemplo de boas práticas; (3) Instrumento valioso no processo de planejamento de escolas e dos sistemas de ensino; (4) Possibilita o estabelecimento de metas para escolas e sistemas educacionais; (5) Permite a investigação dos impactos de diferentes políticas e intervenções.”
Primeiro, o INEP não tem um “sistema de indicadores educacionais”, pois tem apenas um dado proveniente de uma prova e um dado proveniente do fluxo de alunos, de naturezas absolutamente diferentes, e que ele “mistura” tentando magicamente chegar a um denominador comum da qualidade das escolas. Não temos um sistema e muito menos ele é um reflexo robusto do que ocorre nas escolas.
Para que tivéssemos, como deseja o INEP, “um bom sistema de indicadores educacionais”, seria necessário que o estudo realizado por um grupo de pesquisadores do próprio INEPindicando uma forma mais moderna de se conceber esta avaliação, tivesse sido incentivado ao invés de ser censurado como foi.
Nos países avançados já se questionam seriamente as avaliações que se apoiam em testes cognitivos como medida principal e já se duvida de que os resultados dos testes tenham, de fato, poder de indicar a qualidade da escola. A prestidigitação da multiplicação da média da prova Brasil com um valor sobre o fluxo de alunos, que o INEP faz, não tem como ser classificada de um “bom sistema de indicadores”.
A orientação que o INEP segue, ainda é dos tempos de G. W. Bush e sua No Child Left Behind. É também usada no Estado de São Paulo e não deu em nada. As finalidades que o INEP, no “press release”, atribui à avaliação atestam este atraso. Primeiro o comunicado entende que a avaliação deve servir para que todos “cobrem explicações dos responsáveis” da escola pelos resultados desfavoráveis.
Aqui temos dois erros: (1) acreditar que os resultados dos testes são conclusivos; (2) atribuir um papel de “fiscal da escola” aos pais, quando o correto seria incentivá-los a se aproximar da escola não como um “cliente irado” que comprou leite estragado no supermercado, mas sim, para participar com os profissionais da escola na construção de um diagnóstico final e se envolver na construção da qualidade da escola de seus filhos. Ao invés disso, o INEP incentiva o confronto entre pais e responsáveis pela escola.
A segunda finalidade atribuída pelo comunicado é igualmente equivocada. Ela se baseia em “testar e punir” – algo usado nos últimos 30 anos e que não deu resultado. Pede o comunicado que os gestores do sistema identifiquem as escolas que não apresentaram bom IDEB para “intervir” nelas. Note que não há aqui novamente nenhuma suspeita de que pudesse haver outras restrições externas à escola, oriundas dos próprios gestores dos sistemas, que devessem ser incluídas na análise da qualidade. Novamente, os testes são definitivos.
Em nenhuma das finalidades atribuídas pelo comunicado às avaliações aparece a figura do professor. No item 3 o comunicado se refere ao uso das avaliações pela gestão (das escolas e dos sistemas); no ponto quatro serve para “estabelecimento de metas para escolas e sistemas”, novamente cobranças, e no quinto, serve para “investigar impactos”.
Assim, os principais atores do processo de ensino são ignorados, pois a filosofia de avaliação do INEP é que eles devem ser “geridos”. É tudo uma questão de “gestão”. Professores, não fazem parte da construção da qualidade da escola. Eis porque esta filosofia atrasada que orienta o INEP não funciona há mais de 30 anos onde foi usada. Lamentável que ainda faça parte da agenda da educação brasileira e do INEP.
Sugestão de leituras inspiradoras:
Wong, V. C., Wing, C., Martin, D., & Krishnamachari, A. (2018). The impact of intensifying state accountability pressures on student achievement under no Child Left Behind. (Working paper). Acesse aqui.
Santos, A. A., Horta Neto, J. L., & Junqueira, R. D. (2017). Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Sinaeb): proposta para atender ao disposto no Plano Nacional de Educação. PNE em Movimento 7 (Censurado). Brasília, DF. Acesse aqui.

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

NOTA SINPRO MACAÉ REGIÃO – INCÊNDIO MUSEU NACIONAL





O Sinpro manifesta seu profundo pesar sobre o incêndio no Museu Nacional, que destruiu parte da história do Brasil e do mundo ontem, na Quinta da Boa Vista. O “acidente” já anunciado devido a falta de investimentos, além de ter causado perdas materiais e imateriais com o fim dos seus mais de 20 milhões de itens, entre eles peças, obras e documentos, revela o total descaso, por parte do governo federal, com a educação e a pesquisa no Brasil. Ali estavam acervos na área de história africana, brasileira, da América pré-colombiana como um todo e do Mediterrâneo.  O espaço contava esta história com as áreas como a geologia, a paleontologia, a arqueologia e antropologia biológica.

Foto: Marcelo Sayão/EFE/Agência Brasil
 A tragédia já estava anunciada. Há anos, o museu, que completou em 2018 os seus 200 anos, funcionava com orçamento reduzido, recebia 60% do que realmente deveria ser destinado ao local. Com o tempo, apareceram os sinais de má conservação, fios elétricos aparentes e paredes descascadas e infestação de cupins. Os serviços chegaram a ser interrompidos por falta de pagamento dos funcionários. Até uma vaquinha virtual foi feita para arrecadar fundos para reabrir a sala mais importantes do acervo, onde ficava a instalação do dinossauro Dino Prata.

Estas foram apenas algumas dificuldades apresentadas. Isso mostra o descaso total do governo federal, que agora, depois de sucumbir com anos de história, quer impor a nação também o sucateamento de áreas tão cruciais para um projeto de nação como a educação e saúde, por meio da EC 95, que congela os gastos públicos por 20 anos. Assim como o museu, estas áreas não aguentam ficar sem estes investimentos, pois, já carecem deles há muito tempo. 


INICIATIVAS DE RECUPERAÇÃO DA HISTÓRIA

Diante do ocorrido, o ANDES-SN, fez uma convocação de todos os professores e professoras para estarem presentes nos atos em defesa da educação pública, hoje, às 9hs no Museu Nacional e as 16hs na Cinelândia.

Já o curso de Museologia da UNIRIO solicita a todos que possuírem imagens ou vídeos do acervo e do espaço expositivo que enviem para o e-mail thg.museu@gmail.com.

Professores da Salesiana aprovam proposta de reajuste salarial


Proposta será levada pelo Sinpro Macaé e Região para a direção da instituição de ensino


O Sindicato dos Professores da Rede Particular de Ensino (Sinpro Macaé e Região) aprovou em assembleia junto aos professores da Faculdade Salesiana Maria Auxiliadora (FSMA) a proposta de reajuste de 4%, sendo 3,61% referente a média do INPC mais 0,39% reposição.  O Sindicato levará a proposta para a direção da instituição de ensino superior todas as deliberações feitas no encontro com os profissionais que aconteceu nesta terça-feira, dia 28, em Macaé.

De acordo com o presidente do Sinpro Macaé e Região, Cesar Araújo, apesar do INPC, índice utilizado para conceder o reajuste, ter aumentado, a inflação também subiu nos últimos meses. "Apesar da inflação ter crescido neste período o a reposição não acompanha a realidade. Contudo, estes profissionais ainda podem comemorar o Acordo Coletivo, que traz avanços sociais importantes e está garantido até 31 de julho de 2019. Isso significa direitos preservados por mais tempo".

ACORDO COLETIVO - No início deste ano, o Sinpro Macaé aprovou por unanimidade o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2017-2019. No documento estão garantias importantes como a do piso pela hora-aula; gratificação bienal de 3% para os professores a cada dois anos de trabalho na instituição; concessão de bolsa de estudos para filho de docente; redução da carga horária de 15% para o professor com mais de 60 anos, sem prejuízo de sua remuneração; estabilidade nos 24 meses que antecedem a  aposentadoria.

COMPARATIVO 

Mês
Acumulado do INPC
Acumulado da Inflação
ABRIL
1,69%
2,76%
MAIO
1,76%
2,85%
JUNHO
3,52%
4,39%
JULHO
3,61%
4,48%