quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Sinpro Macaé e Região participa da plenária da Frente de Lutas de Macaé




Cesar Gomes ,Presidente do Sinpro Macaé e Região , convocando a Greve Geral

 Os trabalhadores , de norte a sul do País, se preparam para a realização da Greve Geral que vai parar o Brasil, no dia 05 de dezembro, contra a retirada de direitos proposta pelo governo Michel Temer (PMDB) e a Reforma da Previdência.  A hora é agora!

Os trabalhadores já mostraram que têm disposição de luta e, depois de muita pressão, as centrais sindicais finalmente se uniram para fazer a paralisação conjunta. Após este importante passo, é preciso fazer todo o esforço na construção dessa mobilização. Afinal, o governo já aprovou o ataque da terceirização,  a  reforma trabalhista e agora  a da Previdência.

Preparação da luta
 
Em suas categorias, os trabalhadores já estão preparando a mobilização. Nesta quinta-feira (30), a Frente de Lutas de Macaé se reuniu na sede do Sinpro Macaé e Região para  organizar a luta na cidade. É fundamental que todos trabalhadores e ativistas se envolvam na construção da Greve Geral, seja ajudando no local de trabalho ou criando comitês nos bairros para fortalecer a luta contra as reformas.

Ataques violentos
 
Se forem colocadas em prática, estas reformas vão acabar com a aposentadoria como aprovaram contra a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Não podemos permitir!

“Temos em nossas mãos a chance de barrar estes ataques. Vamos cruzar os braços no dia 05 para exigir o fim das reformas e colocar pra fora Temer e seu Congresso de corruptos”, afirma Guilhermina Rocha , secretária geral do Sinpro Macaé e Região.

Diretoria do Sinpro Macaé e Região

SEDE MACAÉ 

Endereço: Rua Teixeira de Gouveia, nº 1169 sala110
Bairro:  Centro –  Macaé - RJ - CEP: 27.910-110 
Tel.: (22) 2772-3154

Horário de Funcionamento:  9h às 18h  ( Intervalo 13h às 14h) 

Email:  contato.sinpromacaeregiao@gmail.com 
 
Direção: sinpromacae.regiao@gmail.com
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terça-feira, 28 de novembro de 2017

Sinpro Macaé e Região promove lançamento de livro com o Professor Gaudêncio Frigotto




                 Professor Gaudênio Frigotto com o presidente do Sinpro Macaé e Região Cesar Gomes

                    


Publicação reúne artigos que contestam o conceito de escola sem partido


O auditório da Faculdade FAFIMA, em Macaé, recebeu na segunda-feira, 27 de novembro, o lançamento do livro Escola “sem” partido – Esfinge que ameaça a educação e a sociedade brasileira. O evento contou com a presença de Gaudêncio Frigotto, organizador do livro e doutor em Ciências Humanas pela UFRJ.



O livro reúne artigo de diversas pesquisadoras e pesquisadores. Publicado pelo Laboratório de Políticas Públicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, a publicação surgiu da necessidade de dialogar e contrapor as ideias de quem defende escolas de pensamento único, em que qualquer discussão política, partidária ou não, deve ficar de fora da sala de aula.

 

    De acordo com Frigotto, a ideia do livro é trazer textos curtos para que, em especial, as/o educadoras/es  possam ler entre uma aula e outra. Além de livrarias de todo o país, o livro será disponibilizado na internet a partir do mês de junho. De acordo com Frigotto, a ideia é que essas informações sejam trabalhadas nos “rincões mais distantes do país, onde também há ameaça da escola sem partido”.

  
                            Professora Guilhermina Rocha Diretora do Sinpro Macaé e Região

Debate – O lançamento do livro fez parte da comemoração dos 23 anos do Sindicato dos Professores de Macaé e Região.

 
            Professora Ivania Ribeiro diretora da Secretaria de Assuntos Educacionais e Culturais

“Política é a luta de quem está fora do direito para colocar suas necessidades em pauta. Assim é com o MST, movimento LGBT, negros, mulheres etc.” Para Frigotto, se a escola sem partido estivesse em vigor, todos esses grupos seguiriam sem espaço na sociedade. Foi graças ao debate político dentro e fora das escolas que se conseguiu ampliar os direitos sociais.

                        Professora Rosilene Macedo diretora do Sinpro Macaé e Região

Para defender que as escolas e as/os professoras/es tenham liberdade sobre o que é ensinado o professor da UFRJ vai além: “A escola não é do governador, não é do diretor, não é do Bispo. É de todos e, por isso, ela tem que ter o contraditório”, argumentou Frigotto sobre a tentativa de tentar padronizar o pensamento nas salas de aulas.

 





Sintoma – Todo esse processo não está alheio a tudo que vem ocorrendo no país. Para o professor, acabar com a política nas escolas faz parte de um processo em que a classe dominante tenta conter o avanço das conquistas sociais. “Essa proposta de acabar com a política trabalha com um grau máximo de despolitização: o medo. Medo de falar, medo de pensar diferente”, afirmou Gaudêncio, que lembrou que esse medo precisa ser combatido para que o enfrentamento de ideias seja feito.


Caminho – Mas como enfrentar esse avanço tendo em vista que a lei já está em vigor em estados como Alagoas e aparecem na pauta de outros tantos? Para Frigotto, tudo o que não podemos é agir como os que defendem a escola sem partido. “Nosso lema não é o ódio. Nosso lema é a justiça. O que queremos é radicalizar a justiça. O melhor caminho é o diálogo, seja com os que pensam como a gente como com quem discorda”, complementa o professor.


  
Caminho II – O presidente do Sinpro Macaé e Região, Cesar Gomes, também contribui com a discussão. Para ele, um dos caminhos para combater o avanço da escola sem partido é focar em suas contradições. “Como podem pessoas que pregam o estado mínimo defenderem que haja total controle estatal sobre o que é ensinado em sala de aula?”, indaga o professor.






No pacote Cesar  também lembrou que a ideia de escola sem partido não está alheia à Reforma do Ensino Médio, que foi implementada por Michel Temer por meio de Medida Provisória, e disparou: “São mudanças que não dialogam com os tempos em que vivemos e que sequer servem para garantir empregabilidade para os jovens. Nesse sentido, é muito triste que vou dizer , até as reformas do regime militar foram melhores que a que aí está”.


Sindicato dos Professores de Macaé e Região 



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quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Sinpro Macaé e Região lança livro e promove debate sobre a Escola "Sem" Partido












O Sindicato dos Professores de Macaé e Região promove na segunda -feira, 27/11, em comemoração ao aniversário dos 23 anos da entidade, com o lançamento do livro Escola “sem” partido – Esfinge que ameaça a educação e a sociedade brasileira. O evento contará com a presença do professor Gaudêncio Frigotto, organizador do livro e doutor em Ciências Humanas pela UFRJ e professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).  

O professor Gaudêncio Frigotto debaterá sobre a temática “A educação no contexto brasileiro: mercantilização e imposição do pensamento único”. 

O debate será realizado no auditório da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Macaé (FAFIMA) situada na rua Tenente Rui Lopes Ribeiro, 200, Centro, em Macaé . 

Publicação reúne artigos que contestam o conceito de escola sem partido

O livro reúne artigos de diversas pesquisadoras e pesquisadores. Publicado pelo Laboratório de Políticas Públicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, a publicação surgiu da necessidade de dialogar e se contrapor às ideias de quem defende escolas de pensamento único, em que qualquer discussão política, partidária ou não, deve ficar de fora da sala de aula.

De acordo com o autor Frigotto, a ideia do livro é trazer textos curtos para que, em especial, as/os educadoras/es possam ler entre uma aula e outra. Além de livrarias de todo o país, o livro será disponível na internet a partir do mês de junho. De acordo com Frigotto, a ideia é que essas informações sejam trabalhadas nos “rincões mais distantes do país, onde também há ameaça da escola sem partido”.

Livro: “Escola Sem Partido: esfinge que ameaça a educação e a sociedade brasileira”, organizado pelo professor Gaudêncio Frigotto, publicado pelo Laboratório de Políticas Públicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), está disponível para download. Acesse ebook completo: http://bit.ly/2vzqPn6.

Evento
Debate: “A educação no contexto brasileiro: mercantilização e imposição do pensamento único”
Data: 27/11/2017 (segunda-feira)
Horário: das 18 às 21horas
Local: FAFIMA.
Rua Tenente Rui Lopes Ribeiro, 200, Centro, em Macaé .

Sindicato dos Professores de Macaé e Região 



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terça-feira, 21 de novembro de 2017

21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher







Começa neste 20 de novembro os 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher. No Brasil, a data foi escolhida para ser concomitante ao Dia Nacional da Consciência Negra, com o objetivo de enfatizar a dupla discriminação sofrida pela mulher negra.

De acordo com o Disque 180, as mulheres negras representam 58,8% das vítimas em casos de violência doméstica. Elas também são 65,9% das que sofrem com a violência obstétrica, como aponta a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Já o Ministério da Saúde mostra que elas morrem mais em decorrência do parto: são 53,9% dos casos.

As mulheres negras também enfrentam desigualdade no ambiente de trabalho. Segundo o IBGE, o rendimento médio delas é de R$ 800 ao mês. Já homens brancos chegam a ganhar quase o dobro: R$ 1.559.

“Essa é uma realidade que temos que combater diariamente em todos os espaços. Temos que falar sobre o tema, orientar a sociedade e acabar, de uma vez por todas, com o racismo e a violência contra a mulher, que, casados, cria o que há de mais repugnante na sociedade”, avalia a secretária de Mulheres da CUT Brasília, Sônia de Queiroz.

Para tentar resolver o problema, foi criada em 2003 a Secretaria Especial de Política para Mulheres. Desde então, o país reconhecia a necessidade de um olhar mais cuidadoso para a melhoria da qualidade de vida das mulheres negras, porém a pasta foi extinta pelo governo Temer.

Saiba mais

A Campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres é uma mobilização anual, praticada simultaneamente por diversos atores da sociedade civil e poder público engajados nesse enfrentamento. Desde sua primeira edição, em 1991, já conquistou a adesão de cerca de 160 países. Mundialmente, a Campanha se inicia em 25 de novembro, Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher, e vai até 10 de dezembro, o Dia Internacional dos Direitos Humanos, passando pelo 6 de dezembro, que é o Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres. Como no Brasil a campanha começa antes, no dia 20 de novembro, são 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher.

Fonte: com Rede Brasil Atual


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segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Pretos ou pardos são 63,7% dos desocupados no Brasil Geral






Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), o rendimento dos trabalhadores pretos e pardos também era menor: R$ 1.531, enquanto o dos brancos era de R$ 2.757.

Dos 23,2 milhões de empregados pretos ou pardos do setor privado, apenas 16,6 milhões tinham carteira de trabalho assinada. Outro dado relevante da pesquisa é que a participação dos trabalhadores pretos e pardos era superior à dos brancos na agropecuária, na construção, em alojamento e alimentação e, principalmente, nos serviços domésticos. É o caso do vigilante Everton Souza, de 35 anos. Ele trabalhava com serviços gerais em uma empresa que presta serviços para órgãos públicos e quem se destacava neste emprego, tinha a oportunidade de fazer um processo seletivo para ser promovido. Após passar por algumas fases, disseram que ele não tinha o perfil para a vaga.

“Eu e mais dois se destacamos, só que só tinha uma vaga. Beleza. Aí nós fizemos a seleção entre nós, fizemos a dinâmica, aí eu saí melhor do que os outros dois camaradas. Só que, quando ele viu, tipo assim, ele olhou para mim e eu acho que ele viu que eu era negro e falou que eu não tinha o perfil adequado para a vaga que eles tinham disponível, sendo que eu tinha sido o melhor de todo o processo seletivo lá que foi feito. Me senti discriminado.”

O emprego doméstico no Brasil ainda tem vestígios das heranças escravocratas e os dados da Pnad Contínua apontam que os pretos e pardos representavam 66% dos trabalhadores domésticos no Brasil. De acordo com Secretário Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Juvenal Araújo Júnior, o Dia da Consciência Negra, comemorado nesta segunda-feira, dia 20 de novembro, é mais um dia para nós discutirmos a luta contra o racismo.

“Ela serve para que nós possamos realmente mostrar através, não só de um dia, todos os dias são dias de consciência negra, todos os dias são dias de reflexões, mas, principalmente, é um dia de nós contarmos a história realmente do negro no Brasil. Temos vários líderes negros, negras, que realmente se sacrificaram para que nós pudéssemos discutir estas questões ligação a importância da luta contra o racismo.”

A pesquisa do IBGE aponta também que somente 33% dos empregadores são pretos ou pardos.

Racismo institucional 

Campanha feita pelo governo do Paraná, Conselho Estadual da Promoção à Igualdade Racial e Assessoria Especial de Juventude, mostra que o racismo institucional diferencia candidatos e empregados segundo a origem étnica, cor de pele ou cultura.

Diversos profissionais brancos, que estão em busca de emprego, são convidados para participar de uma entrevista em uma empresa fictícia. Durante a seleção, são oferecidas vagas difíceis de encarar, com direito a bullying, assédio moral, salários inferiores aos demais profissionais e até alterações em características físicas. No filme, nenhum dos candidatos brancos aceitou trabalhar em tais condições. É aí que vem a mensagem principal da campanha: se você não aceita isso para você, por que um negro deveria aceitar?


Fonte: Diap

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A valorização da identidade negra para combater ações de discriminação e preconceito — uma reflexão necessária











Por Guilhermina Rocha




         O ano de 2017 está sendo marcado como ano de retrocesso, com seguidas retiradas de direitos duramente conquistados, ataques esses resultantes da Emenda Constitucional 95, da Lei das Terceirizações, da reforma trabalhista e da reforma da Previdência, esta ainda em tramitação.

            Sabemos das dificuldades, mas avaliamos ser importante dividir este momento com aqueles e aquelas que desejam uma educação verdadeiramente emancipadora, humanista e não racista.

            Nesse sentido, tomando o que estabelece a legislação vigente e as políticas públicas, em especial, a implementação das leis 10.639/2003 e 11.645/2007, podemos afirmar que por si só essas normas não garantirão essa superação. 

            Hoje, religiões de matrizes africanas são grandes alvos de intolerância, violência e preconceito. Vale lembrar que a Lei 10.639/03 estabelece que devem ser ensinados nas escolas temas ligados à cultura afro-brasileira, incluindo as religiões. Como na prática isso não acontece e a ignorância das pessoas não tem limite, praticantes são demonizados e vistos como perigosos, o que resulta em muitas ações violentas.

            Os 130 anos que nos separam da Lei Áurea não foram suficientes para resolver uma série de problemas decorrentes das dinâmicas discriminatórias forjadas ao longo dos quatro séculos de regime escravocrata. Não precisaremos fazer muito esforço para compreender a extrema necessidade de diminuir a desigualdade sócio-econômica a que está submetida a população negra de nosso país, que corresponde a 53,6% da população brasileira. 

            Trazendo para nossa atualidade, se considerarmos os mapas de escolaridade encontrado no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), bem como os dados da publicação do Inspir (Instituto Sindical Interamericano pela Igualdade Racial), quanto à  escolarização, referente ao ensino fundamental completo, veremos que a taxa dos negros representa 47%, sendo 71,6% do número de analfabetos do país. Além desses dados, a evasão escolar é muito maior entre crianças e jovens negros e negras. Por causa da pobreza, grande parte deles precisa trabalhar para ajudar no sustento da casa. Quando o trabalho é excessivamente extenuante, ininterrupto, com carga horária abusiva (normalmente em funções operacionais, como limpeza, jardinagem ou outros serviços pesados), muitos não resistem e abandonam a escola.  

            A mulher negra tem que se desdobrar para ganhar o mínimo do mínimo. As mulheres negras trabalham e sofrem mais discriminação no trabalho, duplamente, pela  remuneração rebaixada e falta de condições dignas. Pode-se dizer que 20% das mulheres negras no mercado de trabalho preenchem cargos em trabalhos domésticos, em que somente um terço delas são contribuintes da Previdência Social.  Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o salário médio dos brancos é de R$ 1.097,00 e dos negros é de R$ 508,90. 

            Ainda de acordo com as estatísticas, as mulheres negras também são as que morrem proporcionalmente mais, consequência natural” uma vez que são mais pobres e dependentes do sistema público de saúde, completamente sucateado. Quanto à violência contra as mulheres, na última década o número de assassinatos de mulheres brancas diminuiu 9,3%, enquanto entre as mulheres negras aumentou 54%.  

            É também perceptível a violência policial contra as pessoas negras, abordadas com muito mais frequência do que as brancas durante as  revistas policiais, e mortas duas vezes mais. Os negros são os primeiros suspeitos, julgados por suas roupas e por sua cor. E, no sistema carcerário, a população negra no Brasil está em torno de 66%, sendo que maioria dos presos não concluiu o ensino fundamental.

            Este dia 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra, nos leva a refletir: que tipo de consciência é esta que construímos no decorrer de nossa história?

            Por isso, reafirmamos ser necessário que problematizemos a questão da diversidade étnico-racial no âmbito do currículo das escolas, tarefa tão imprescindível quanto afirmar e estabelecer princípios, objetivos, estratégias para o desenvolvimento de práticas da educação das relações étnico-raciais.

            A educação é um ato permanente, dizia Paulo Freire e, nesse sentido, é necessário que elaboremos instrumentos para a construção de uma sociedade antirracista, que privilegie o ambiente escolar como um espaço fundamental no combate ao racismo e à desigualdade social.


Profª Guilhermina Rocha

Especialista em Educação e historiadora
Diretora do Sindicato dos Professores de Macaé e Região (Sinpro Macaé e Região)
Coordenadora da Secretaria de Gênero, Etnia e Diversidade da Federação dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino no Estado do Rio de Janeiro (Feteerj)
Diretora da Plena da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee)



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