quarta-feira, 20 de março de 2019

Professores das escolas particulares de Macaé e Região, participem da Campanha Salarial 2019





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O Sindicato de Professores de Macaé e Região  anuncia às professoras e professores que trabalham nas escolas particulares da região a campanha salarial 2019. Os trabalhadores brasileiros – e os professores em especial – estão sofrendo tremendos ataques contra os seus direitos trabalhistas. Por isso, vamos lutar por uma Convenção Coletiva de Trabalho que garanta à categoria a manutenção de nossos direitos.
A Campanha Salarial está sendo feita em conjunto com os Sindicatos de Professores das demais regiões do estado, com o apoio e coordenação da Federação dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino no Estado-RJ (Feteerj).


Veja a seguir os itens que serão destaques em nossa campanha para constarem na renovação da Convenção Coletiva de Trabalho:

1 – Renovação da Convenção Coletiva de Trabalho:
O novo governo federal, eleito em 2018, já anunciou que quer acabar com a legislação trabalhista e, com isso, aumentar a carga horária de trabalho; acabar com o 13° salário; com os 30 dias de férias etc. Esses direitos estão garantidos na atual Convenção Coletiva de Trabalho dos Sindicatos de Professores, por isso é fundamental a renovação da Convenção.
2 – Homologação é no sindicato:
Uma das cláusulas colocadas na Convenção Coletiva de Trabalho é a da obrigatoriedade da homologação ser feita no sindicato. Caso a escola insista em não respeitar essa determinação, é possível que esteja lesando algum direito do trabalhador. Por isso, o professor deve procurar o seu sindicato e pedir para ser acompanhado na rescisão.
3 – Ganho real de salário:
Muitos itens de primeira necessidade sobem além da inflação. Não existe teto para o aumento da mensalidade escolar, por exemplo, e ele sempre supera a inflação anual. Por isso, na negociação coletiva o sindicato reivindica percentual de aumento que mantenha o poder aquisitivo do salário, mas também garanta melhorias das condições de vida das professoras(es) em estabelecimentos de ensino.
4 – Liberdade de cátedra:
A liberdade de cátedra ou liberdade acadêmica é um principio que assegura a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber. O ataque à liberdade de cátedra contido no projeto “escola sem partido” fere diretamente a Constituição e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). Não aceitamos assédio! Em caso de ameaça, fale com o sindicato imediatamente!
Contate o Sindicato de Professores de sua região e participe da campanha salarial 2019:
5 – Equiparação Salarial para o professor do Ensino Fundamental I:
O piso salarial das professoras(es) do Ensino Fundamental I (em especial o piso da Educação  Infantil) tem uma defasagem histórica em relação aos demais. A busca pela equiparação salarial é mais uma luta da categoria que somente será vitoriosa se realizada em parceria com o seu Sindicato.

Baixe aqui o Cartaz da campanha salarial 2019.
Baixe aqui o Panfleto da campanha salarial 2019.
Todo o material de campanha, incluindo os cartões com as revindicações, podem ser compartilhados aqui.


SINDICATO DOS PROFESSORES DE MACAÉ E REGIÃO

terça-feira, 12 de março de 2019

Reforma da Previdência apresentada por Bolsonaro, aumenta tempo de serviço dos professores e aumneta

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A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 6/2019 (reforma da Previdência) apresentada, nesta quarta-feira (20), pelo presidente Jair Bolsonaro, na Câmara dos Deputados, desmonta a Seguridade Social pública e solidária em vigor e institui novo regime de aposentadoria no Brasil, com mudanças profundas para os mais de 60 milhões de contribuintes do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) e do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS).
Também traz mudanças significativas nas alíquotas previdenciárias e dificulta o acesso ao direito à aposentadoria, além de prever período de contribuição de 40 anos e aumento da idade para aposentadoria. Para os(as) servidores(as) públicos(as), estabelece cinco critérios cumulativos que terão de ser cumpridos para a pessoa acessar o direito de se aposentar com 100% do benefício.
No conjunto da reforma da Previdência de Bolsonaro, a mulher é a que mais será atingida. A orientadora educacional, que apresenta as mesmas condições de aposentadoria dos(as) servidores(as) públicos(as) que não têm aposentadoria especial, terão maior aumento na idade para poder se aposentar. Quando se leva em consideração os(as) novos(as) servidores(as), hoje, para se aposentar esses(as) trabalhadores(as) precisam de ter 55 anos de idade. Com a reforma, só poderá se aposentar com 62 anos.
Os orientadores, por sua vez, que hoje se aposentam com 60 anos de idade, com a reforma, só poderão se aposentar com 65 anos de idade. Ou seja, para o homem, a PEC aumenta mais 5 anos de trabalho. Para a mulher (orientadora e servidora), aumenta 7 anos.
Quando se analisa as regras de idade das professoras que ingressarem no serviço público após a promulgação da reforma, o mesmo comportamento se repete: as mulheres terão de trabalhar mais para poder se aposentar. Com as regras de hoje, as professoras precisariam de ter 50 anos para se aposentar. Com a reforma, terão de ter 60 anos de idade. Ou seja, essa regra da idade deixa as professoras numa situação pior do que as orientadoras e servidoras porque terão um aumento de 10 anos no critério da idade.
Os professores, que hoje precisam de ter 55 anos de idade, com a reforma, aumenta 5 anos. Ou seja, a reforma da Previdência de Bolsonaro aumenta 10 anos na idade para a mulher e, 5 anos, para os homens.
As professoras também perdem a diferenciação de gênero, mantida para as orientadoras. A análise do critério relacionado à idade, sem mensurar os demais critérios, mostra que a reforma aumentará significativamente a idade para aposentadoria.
Paridade
A paridade é o que liga os(as) servidores(as) aposentados(as) à sua carreira da ativa, tendo um efeito financeiro na qualidade de sua aposentadoria de forma que tudo que o(a) profissional da ativa recebe, o(a) aposentado(a) tem direito a receber.
Fazem jus à aposentadoria com paridade, dentre os vários critérios, os(as) servidores(as) contratados(as) até 31 de dezembro de 2003. E para eles e elas a grande mudança em relação à qualidade financeira de sua aposentadoria está na obrigatoriedade de se cumprir, no caso de professoras e professores, a idade de 60 anos. Orientadora, 62 anos;  e, orientador, 65 anos.
Ou seja, por mais que esse grupo de servidores(as) faça cálculos em relação a quando poderão se aposentar, um elemento central que eles e elas devem levar em consideração é a manutenção da paridade que, agora, com a reforma da Previdência de Bolsonaro, está condicionada a cumprir as idades mencionadas anteriormente.
Escalonamento de pontinhos
Enquanto hoje os critérios básicos para se obter a aposentadoria estão relacionados à idade e ao tempo de contribuição, a partir da reforma, os(as) atuais servidores(as) terão de cumprir também uma tabela de pontos para poderem ter acesso à aposentadoria.
Esses pontos são obtidos por meio da soma idade mais tempo de contribuição. Se não atingir, nessa soma, o número de pontos para o ano correspondente, definido pela reforma, ele e ela não poderão se aposentar nem mesmo abrindo mão da paridade.
Os(as) servidores(as) que ingressaram a partir de 2004, a PEC da reforma da Previdência impõe um grande dificultador para a pessoa conseguir se aposentar: o tempo de contribuição. Para a pessoa ter 100% da média a que faz jus, ela terá de ter 40 anos de contribuição, o que deve gerar, na maioria dos casos, uma necessidade de trabalhar mais tempo acima da idade máxima que está sendo exigida.
Aumento alíquotas
No caso das alíquotas previdenciárias, prevê o aumento de 11%, como é hoje para servidores(as) públicos(as), para até 14% e, com isso, impõe, a redução salarial porque o salário líquido do funcionalismo será reduzido em razão do aumento da alíquota.  O Sinpro-DF iniciou a análise da PEC . A seguir, confira as regras de transição para professores(as) e orientadores(as) educacionais.
Regras de transição
A transição será para todos. Contudo, ela não poderá ser vista como algo confortável e benigno porque, assim como toda a PEC, porque ela prejudica a categoria docente e toda a classe trabalhadora. É importante lembrar que essa PEC é um instrumento do sistema financeiro para transformar o direito à aposentadoria em mercadoria a ser vendida pelos bancos. A transição, portanto, não é algo bom.
Em relação à minuta da PEC 6/2019, que vazou na imprensa na semana passada, continua colocando cinco requisitos cumulativos para a pessoa se aposentar: a idade, o tempo de contribuição, o tempo no serviço público, o tempo no cargo e os pontos (somatório da idade e do tempo de contribuição).
Para orientadores(as) educacionais e servidores(as) públicos(as) em geral, a idade para aposentadoria das mulheres será 56 anos e, os homens, 61 anos. O tempo de contribuição das mulheres deverá ser 30 anos e, dos homens, 35 anos; o tempo no serviço público deverá ser 20 anos; o tempo no cargo, 5 anos; e o somatório da idade com o tempo de contribuição, começa, em 2019, para as mulheres com 86 pontos e, os homens, com 96 pontos.
Em 2020/2021, haverá alteração no item “Pontos” (somatório da idade com o tempo de contribuição). Essa regra irá aumentar, a cada ano, um ponto. Assim, em 2020, continua a mesma idade de 2019, o mesmo tempo de contribuição, bem como os mesmos tempos no serviço público e no cargo, mas os pontos passam a ser aumentados.
Em 2022, dois critérios para aposentadoria serão alterados. Além dos pontos, que aumenta para 89 para as mulheres e, 99, para os homens, a idade muda em um ano. As mulheres só se aposentarão com 57 anos e, os homens, com 62 anos.
Os pontos vão atingir seu ápice, nessa chamada “transição”, em 2033. Após esse período de 12 anos, lei complementar estabelecerá a forma como a pontuação será ajustada e ocorrerá quando aumentar a taxa de sobrevida da população.
Confira no quadro, a seguir, como ficará a situação de professores(as) e orientadores(as) educacionais.