Sinpro de
Macaé e Região mobiliza a categoria na luta pela manutenção das conquistas
adquiridas e de um reajuste que represente efetivamente um ganho salarial
Os
professores da rede particular de ensino que atuam na Educação Básica (Base
Estendida) estão com os direitos sociais adquiridos ameaçados. O motivo é que o
sindicato que representa os patrões condicionou o reajuste de 2,69 % a retirada
de conquistas que já estavam estabelecidas na Convenção Coletiva de Trabalho
(CCT). Para evitar que isso aconteça, o Sindicato dos Professores (Sinpro) de
Macaé e Região convoca a categoria para a assembleia neste sábado, dia 26, às
14 horas, em Rio das Ostras.
A
contraproposta dos patrões pretende tirar inúmeras garantias, entre elas
reduzir a multa pelo descumprimento da CCT, de dois salários para 5% do salário
base. E prossegue com os cortes da gratuidade de ensino para os filhos dos
professores (bolsa de estudos) e de cláusulas sociais como estabilidade
gestante, estabilidade acidente de trabalho e controle de jornada. Segundo o
documento, os 2,69 % de reajuste só será concedido se os profissionais
aceitarem as demais condições; por outro lado, o Sindicado pede 6% de aumento e
a melhoria nas condições de trabalho dos professores.
O
presidente do Sindicato, Cesar Gomes, alerta que a lista dos direitos que o
patronal quer retirar é extensa. "Isso é um ataque e um retrocesso em
nossa luta sindical. O que eles querem é aplicar a Reforma Trabalhista e
promover essas perdas. A única forma de evitar mais esse desmonte é a
mobilização. Somente com a nossa organização poderemos sair vitoriosos dessas
negociações. Os patrões costumam não admitir perdas, mas dessa vez querem
também apagar a nossa história de luta".
RESISTÊNCIA
- Na última sexta-feira, o Sinpro já havia se posicionado contra os ataques aos
talhadores. Por meio de uma carta distribuída aos pais e responsáveis pelos
alunos, o Sindicato reafirmou mais uma vez o diálogo com a sociedade, mostrando
a necessidade do apoio deles na melhoria da qualidade da educação. Isso porque
são eles que, mesmo tendo direito ao ensino público, investem na educação dos
filhos. O documento foi distribuído na porta de algumas escolas particulares da
base de atuação do Sinpro. "Os patrões precisam entender que educação não
é mercadoria. Ao mesmo tempo, nós professores e a sociedade compreendermos que
uma educação de qualidade só é feita se acompanharmos de perto o que fazem as
instituições com os aumentos repassados aos pais anualmente. Exigir uma
remuneração justa para o professor, profissional que atua todos os dias no
cuidado com os seus filhos, e o investimento na melhoria da política pedagógica
é que nós, enquanto sociedade organizada, podemos fazer", ressaltou César.
SERVIÇO
Assembleia
dos Professores da Educação Básica (Base Estendida)
Hora: 14
horas
Local:
Rua Alameda Casimiro de Abreu, número 292, sala 302, Centro de Rio das Ostras.
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