Sinpro Macaé e Região e Contee reconhecem que ação vai precarizar a educação e eliminar quase a metade das aulas no ambiente escolar
Apesar do
ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), afirmar que irá vetar a proposta do
Conselho Nacional de Educação (CNE), que quer permitir, que até 40% do ensino
médio seja realizado à distância (EaD) e 100% do curso de Educação de Jovens e
Adultos (EJA) seja fora da escola, o Sindicato dos Professores da Rede Privada
de Ensino (Sinpro) de Macaé e Região alerta que os professores precisam ficar
atentos.
Assim que
divulgada pela Folha de São Paulo, a proposta foi criticada por diversos
educadores, pois, ocasionaria uma verdadeira privatização do ensino público,
agravando as desigualdades sociais. No site da Confederação dos Trabalhadores
em Estabelecimentos de Ensino (Contee) matérias ressaltaram os
prejuízos.
O Sinpro Macaé e
Região considera que a hipótese levantada nas discussões é um verdadeiro golpe
contra o ensino, os profissionais e a educação pública. Além disso, compactua
do pensamento da pesquisadora e doutora em Educação pela Universidade Federal
do Rio Grande do Sul (UFRGS), Maria Raquel Caetano, citada na matéria do
Contee, quando ela defende a existência de um antagonismo entre os resultados
dessa ação e a inovação, eficiência e redução de gastos, defendidos pelo
governo federal em seu discurso. Segundo ela, essa é uma estratégia para não
enfrentar os grandes problemas do ensino médio, como a evasão escolar, a
carência de professores e infraestrutura básica. O que é comprovado e agravado
com a PEC 55, que congela por 20 anos o investimento público nas áreas sociais,
em especial na educação, o que é uma maneira de repassar a responsabilidade
para o setor privado.
A proposta do
Ensino Médio EAD já discutida no Conselho Nacional de Educação (CNE) e atualiza
as Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio. O processo sobre a resolução
de ensino à distância e deve ocorrer ainda neste semestre. “É preciso
lembrarmos que uma carga horária menor também vai impactar na quantidade de
professores contratados. Não podemos perder vaga de trabalho alguma. Defendemos
os postos de trabalho e a formação de qualidade para os professores. Precisamos
pensar em escolas que ofereçam o Ensino Médio em tempo integral e não o
contrário”, disse o presidente do Sinpro Macaé e Região, Cesar Gomes.
Saiba mais:
• contee.org.br/contee/index.php/2018/03/40-de-ead-no-ensino-medio-e-mais-um-golpe-contra-a-educacao/
• contee.org.br/contee/index.php/2018/03/ensino-medio-a-distancia-e-tentativa-de-privatizar-educacao-diz-pesquisadora/
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