sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Nota de pesar do MST pela perda do companheiro, lutador social e ambientalista JEAN PIERRE LEROY



PERDEMOS UM LUTADOR, MAS RECEBEMOS UM GRANDE LEGADO A SER SEGUIDO!

Nestes tempos de angústia e de dúvidas sobre o futuro da Humanidade, não podemos deixar aos donos do poder político e econômico a tarefa de traçar o nosso destino. O caminho entre o possível e a utopia é o espaço no qual os cidadãos do mundo podem e devem agir.

Jean Pierre Leroy

“...Há os que lutam toda a vida estes são imprescindíveis”. Esta frase de Brecht cabe muito bem ao nosso camarada Jean Pierre Leroy; Filósofo Francês, histórico militante e intelectual comprometido de coração e mente, lutador das questões Ambientais, da Reforma Agrária, da agroecologia, e das mais diversas lutas por direitos. Educador popular que sempre esteve na troca cotidiana com a classe trabalhadora tanto do campo como da cidade.

No processo na qual vivemos de expansão cada vez mais impactante do agronegócio, e das matizes dos latifúndios monocultores no país, Jean defendia os direitos dos territórios camponeses e comunidades tradicionais, a resistência aos processos de desterritorialização que em nossa sociedade, são realizadas pela política de crescimento econômico do modo de produção capitalista, através de empresas transnacionais, respaldadas pelos interesses do estado.

Não sabemos ao certo o dia e hora que se realizou a aproximação do Jean Pierre com o MST, mas esta parece ser aquelas relações que acontece muito antes de existir tanto o MST como o próprio Jean.

Sempre nos enchia com o seu otimismo e esperança, presente em toda sua vida, até mesmo neste período de mais dificuldade devido a sua doença, se mostrou comprometido, firme aos princípios libertadores da humanidade.

Jean estará vivo no pensamento, nas ações e lutas de todo Sem Terra, Camponês, Quilombola, Indígena, e de toda classe trabalhadora deste mundo.

Sol em Primavera. 

para JEAN PIERRE


Que este teu nome seja assim,
Começo em tudo.

(Não sei
Se choro
Ou se me faço violino
Comovido)

Tuas palavras
Tem classe e natureza
Quem leu teu olhos

Sabem que se fez de outras gramáticas
Até ser este homem
Batizando a árvore e suas (pessoas)

Eu mesmo te li (na Amazônia)
E fiquei Alegre
No dia que apertei
A tua mão

Já era início de outra conversa
E agora sabemos um do outro
E sei que um dia a multidão saberá te explicar
Para ti (que chegou a pouco em notícia de morte)

Tudo sol.
Sol em primavera!

Charles Trocate 

10/11/2016
Santa Quitéria/CE



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