quarta-feira, 15 de junho de 2016

SINPRO MACAÉ REALIZA ESTUDO COMPARATIVO SOBRE A SITUAÇÃO SALARIAL DOS PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA



Salários dos professores seguem corroídos pela inflação mesmo após reajuste.

O Sindicato dos Professores da Rede Particular de Macaé e Região teve a iniciativa de produzir um estudo da situação salarial dos professores do período de 2009 a 2015 ,  tendo como base os índices inflacionários INPC /IBGE , os nossos reajustes salariais e o aumento das mensalidades escolares.

Como acontece todos os anos, no final do ano letivo, os representantes dos estabelecimentos de ensino  anunciam as previsões de reajustes das mensalidades das escolas. A justificativa foi que o ‘insumo’ mais pesado nas escolas é o humano −  salários e encargos trabalhistas de professores  pessoal administrativo.

A maioria das escolas privadas cobrou e recebeu a primeira mensalidade de 2016 em forma de matrícula. Conforme o levantamento feito pelo Sinpro Macaé e Região, a média do reajuste praticado pelas escolas privadas foi de 13%.

No mês de maio  de 2016, data-base da categoria para o reajuste do salário dos professores, nossa reivindicação é de 15% (9,9%, é o índice do INPC do período)  e  mais ganho real de 5%, que  é vista pela representação dos donos de escolas como algo absurdo e fora da realidade. O aumento das mensalidades, que foi justificado, principalmente, para fazer face ao reajuste dos professores, ficou no esquecimento.

Discurso Patronal  X Realidade Inflacionária 








Na avaliação da professora Guilhermina Rocha, Secretária Geral do Sinpro Macaé e Região, “ este estudo traduz a realidade de todos os professores sobre a ausência efetiva de uma valorização profissional.  Quando os donos de escola afirmam a necessidade do reajuste sobre as mensalidades escolares justificam que é para garantir aos professores o cumprimento do reajuste salarial. O que o estudo demonstra uma outra versão sobre este discurso”.

Na realidade este estudo confirma que o poder aquisitivo vem oscilando para baixo. Os reajustes não recuperam o pode aquisitivo dos docentes, corroídos pela inflação do período.

De acordo ainda com a professora Guilhermina, “o cenário apontado pelo levantamento é  agravado pela retirada de direitos e  dos ganhos salariais da categoria”.

O levantamento realizado pela direção do SINPRO MACAÉ E REGIÃO comprova que a Valorização dos Professores tem andado em passos lentos e as  contas não fecham. De acordo com o Sindicato dos Professores da Rede Particular de Macaé e Região, com uma inflação de 9,91% (INPC-IBGE) e um reajuste médio de 13% nas mensalidades, e ainda oferecer aos professores  um reajuste de forma parcelada não respeita a dignidade do trabalho docente . Não somos intransigentes, queremos apenas que nosso compromisso com os alunos seja correspondido pelos patrões.

Respeito e salários dignos, já!






Diretoria do Sinpro Macaé e Região.

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