O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), do Ministério da Educação (MEC), apresentou o resultado da avaliação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Resultado este que exige de todos aqueles comprometidos com a educação uma boa análise e que identifiquem os “ajustes” necessários, seja para melhoria ou para o próprio enriquecimento pedagógico.
Com base nesta pesquisa a reprovação escolar vem tendo uma marca significativa nas estatísticas que demonstraram as altas taxas de reprovação dos alunos brasileiros. O que resultou uma medida do MEC em recomendar que as escolas não reprovem nos três primeiros anos do ensino fundamental. Tal medida vem sendo debatida por diferentes especialista e pais que divergem sobre a tal proposta.
Os pais afirmam que aprovação automática não estimula o aluno a estudar e, com isso, muitas crianças saem do primeiro para o segundo ano das escolas sem serem alfabetizadas.
Como já pude me posicionar em artigos anteriores, não sou a favor da reprovação. No entanto, aprovar um aluno sem que ele esteja em reais condições de acompanhar a série posterior é mais danoso do que impedi-lo.
Faço minha as palavras do professor de políticas públicas e formação humana da UERJ, Gaudêncio Frigotto. Ele diz que “não adianta as crianças terem o direito de passar, se não têm o direito de aprender”. Demonstra verdadeiramente as reais intenções do poder público como um todo quando se fala em educação.
Em virtude da necessidade de se construir um mecanismo mais proximal, não só de gerenciamento administrativo da educação pública, mas de se construir efetivamente um monitoramento da melhoria da qualidade do ensino do Brasil , cada vez mais cresce o número de educadores, de gestores e especialistas interessados na temática onde analisam a necessidade de se estabelecer critérios para monitorar o sistema de ensino em nosso país.
Atualmente, devido às investigações em diferentes áreas do saber humano, é possível entender melhor os múltiplos fatores que influem na demanda da educação, assim como compreender as diferentes causas que excluem crianças , jovens e adultos das oportunidades de aprendizagem.
Recentemente , este debate tornou-se marcante em nossa I Conferência Nacional da Educação Básica onde re-colocou esta o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), segundo, o INEP, o Ideb combina indicadores usualmente utilizados para monitorar nosso sistema de ensino: a)indicadores de fluxo (promoção, repetência e evasão), b)pontuações em exames padronizados obtidos por estudantes ao final de determinada etapa do sistema de ensino (4ª e 8ª séries do ensino fundamental e 3º ano do ensino médio) e c) taxa média de aprovação dos estudantes da correspondente etapa de ensino.
Em suma, um sistema ideal seria aquele no qual todas as crianças e adolescentes tivessem acesso à escola, não desperdiçassem tempo com repetências, não abandonassem os estudos , precocemente e, ao final de tudo, aprendessem. Lamentavelmente a maioria das escolas só tem professor e giz. Além da falta de investimentos salariais, precárias condições de trabalho, planos de cargos e salários, incentivos a formação etc.
Por essa razão, a educação para todos somente é possível a partir de uma visão ampliada e renovada da educação que volta a investir nas pessoas, em sua capacidade e potencialidades, no desenvolvimento e na sincronia dos recursos e dos esforços de toda a sociedade no desempenho comum de fazer da educação uma necessidade para todos.
E, mais importante, seria necessário avançar nossos conhecimentos sobre as conseqüências , para a vida futura dos estudantes, de se adotar diferentes padrões de aprovação por parte das escolas, o que nos permitiria produzir um indicador cujo objetivo fosse o de maximizar o “bem-estar” dos alunos e dos profissionais de educação.
Profª Guilhermina Rocha
Especialista em Educação e Historiadora
Diretora do Sinpro Macaé e região - subsede Rio das Ostras
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