quinta-feira, 30 de junho de 2016

Esgotamento mental não é frescura (SÍNDROME DE BURNOUT)

SÍNDROME DE BURNOUT


Depois de andar para lá e para cá o dia inteiro, trabalhar, ir à academia, fazer compras no mercado, seu corpo está esgotado e precisa de um descanso. Seu cérebro também. Muitas vezes não nos damos conta que, após um intenso trabalho intelectual, o cérebro também fica “cansado”, e também precisa de um tempo para relaxar. Ignorar essa necessidade pode causar uma série de problemas. No mundo moderno, em que uma grande parcela da população trabalha em frente a um computador, e em que cada vez mais se exige pensamento rápido, criatividade e empreendedorismo, é muito fácil deixar o cérebro “cansado”. Além disso, muitas vezes exige-se que ele trabalhe com energia total por períodos muito longos.

“Podemos dizer que o excesso de demanda da química necessária para manter o corpo e a mente ativados se ‘esgotam’ em algum momento”, alerta Sergio Klepacz, psiquiatra do Hospital Samaritano de São Paulo. Ele explica que essa química é composta por hormônios e neurotransmissores como cortisol (um dos grandes responsáveis pela preparação do organismo para os enfrentamentos dos desafios do dia a dia e das situações de perigo) e noradrenalina (neurotransmissor responsável pela sensação de motivação e também da atenção). “Vários estudos mostram queda nessas substâncias durante esses períodos de estafa”, diz. Por isso, as consequências mais imediatas são falta de atenção, dificuldade de memória, perda de concentração, pensamento mais lento, desânimo, alterações no sono e, é claro, cansaço – excessivo e crônico.

Às vezes o cansaço é tanto que é sentido fisicamente, com dores no corpo, dores de cabeça e até problemas gastrointestinais, como gastrites e úlceras. Por isso muitos pesquisadores afirmam que o esgotamento mental pode ser até mesmo mais grave do que o físico, pois pode causar danos tanto corporais como emocionais. Outro perigo é que muitas vezes ele é ignorado; então o cansaço se acumula e as consequências se agravam. Quando os primeiros sinais de alerta são ignorados, o problema vira uma bola de neve e pode desencadear uma série de complicações. Os problemas que mais surgem são o desenvolvimento de gastrites e úlceras, baixa da imunidade, com resfriados e gripes constantes, alergias, queda de cabelo, hipertensão, bronquite e alterações menstruais, entre outros.

Como essa química está atrelada ao sistema imunológico, as consequências podem ser fisicamente relevantes, com o aparecimento de quadros infecciosos que podem se agravar. “O esgotamento pode levar ao aumento da suscetibilidade para doenças, como, por exemplo, as cardiovasculares (hipertensão) e as autoimunes, tensão muscular, dor lombar ou cervical e distúrbios do sono”, aponta a psiquiatra Telma Ramos Trigo, da Associação Brasileira de Psiquiatria. Além dos estragos físicos, há também os emocionais. A relação com o próprio trabalho pode ser prejudicada, pois a baixa sensação de energia e a desatenção levam também à baixa produtividade e a erros.

A relação com as pessoas também pode ser prejudicada diante da falta de ânimo em interagir, da irritabilidade, da impaciência e das mudanças bruscas de humor. O que pode fazer com que a pessoa sinta-se sozinha, agoniada, ou até mesmo se isole. “Mentalmente, se não houver intervenção, o quadro pode ter consequências no sistema emocional, com o aparecimento de alterações de humor, tipo depressão, além de consequências em longo prazo para o cérebro”, destaca Klepacz. Um dos problemas que podem decorrer desse esgotamento mental é a síndrome deburnout, ou síndrome do esgotamento profissional, que acontece quando o cérebro entra em processo de falência e não consegue mais trabalhar direito.

Em inglês, o termo burnout é definido como aquilo que deixou de funcionar por absoluta falta de energia. Metaforicamente, é algo (ou alguém) que chegou ao seu limite, com grande prejuízo em seu desempenho físico ou mental. Ela foi assim denominada por psicanalista nova-iorquino, após constatá-la em si mesmo, no início dos anos 1970. A SÍNDROME DE BURNOUT é um processo iniciado com excessivos e prolongados níveis de estresse no trabalho – ou seja, é uma consequência de um processo crônico. “A estafa ou esgotamento é o resultado de um estresse repetitivo e prolongado. A partir de certo ponto, isso passa a diminuir a produtividade e esgota nossa energia”, explica Trigo.

Um estudo da OMS (Organização Mundial de Saúde) colocou o burnout como uma das principais doenças dos europeus e norte-americanos, ao lado do diabetes e das doenças cardiovasculares. Apesar de estar intimamente ligada à vida profissional, não são só os trabalhadores que sofrem deste mal: estudantes e até desempregados também podem ser acometidos pela síndrome devido a preocupações e nervosismo, por exemplo. Para se tratar o esgotamento mental, recomenda-se o acompanhamento de um especialista e, às vezes, medicação. “Em se tratando de esgotamento puramente cerebral, parte-se para orientações sobre o manejo das situações estressantes, avaliação da necessidade de medicamentos, orientações para aumentar a resistência física do indivíduo e avaliação da necessidade de psicoterapia”, aponta Trigo.

A psiquiatra enfatiza a necessidade de buscar ajuda nesses casos. Segundo ela, muitas vezes a pessoa com estafa mental ou síndrome de burnout tende a se isolar ao invés de pedir ajuda, mas isso é fundamental para se resolver o problema. “Nosso cérebro é um órgão como qualquer outro. Na verdade, talvez um pouco mais complexo devido a trilhões de conexões. A grande questão é: por que ele não merece ajuda especializada assim como os nossos outros órgãos?”, questiona. Na hora de se tratar – e também de se evitar – o esgotamento mental, dormir bem e se alimentar adequadamente é essencial. Mas ter horas de relaxamento e diversão também. Muitas vezes as pessoas que sofrem com esses males investem muita energia no trabalho em detrimento de outros aspectos da vida, como família, amigos e lazer. Isso acaba causando um desequilíbrio que prejudica a qualidade de vida e o bem-estar. Os especialistas afirmam que o lazer também é parte importante do dia a dia e deve ser valorizado. “O segredo é poder compensar os momentos de estresse com momentos de prazer e diversão”, recomenda Klepacz.


Fonte: http://www.revistapazes.com/esgotamento-nao-frescura/



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Ensino integral é mais que uma questão de tempo




O aumento da carga horária é apenas um dos muitos desafios que precisam ser superados para a implementação da modalidade


Oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% dos alunos da Educação Básica até 2024. A meta 6 do Plano Nacional de Educação (PNE), sancionado em junho de 2014, tem suscitado uma série de debates à altura da complexidade que é estender o tempo de permanência dos alunos brasileiros na escola para, no mínimo, sete horas diárias. Entre os pontos mais discutidos está a própria viabilidade econômica e administrativa de cumprir-se o objetivo que, diante do cenário atual, se prova ambicioso.

Atualmente, a oferta de educação integral está presente em 34,7% das escolas brasileiras, atendendo cerca de 13% dos alunos da rede pública. Apesar do crescimento das matrículas (segundo o Censo Escolar, em 2013, foram criadas 1 milhão de vagas no Ensino Fundamental), a modalidade continua sendo um desafio. “Se ainda não conseguimos universalizar a Educação Infantil e o Ensino Médio em uma escola com duração de quatro horas, é ousado dizer que, dentro de dez anos, vamos conseguir colocar todos esses alunos em tempo integral”, reflete Lúcia Couto, mestre em Educação e ex-secretária de Educação de Diadema (SP).

Grande parte dos avanços na modalidade é de efeitos do Programa Mais Educação (PME), implementado pelo Ministério da Educação (MEC) em 2008. Principal indutor de experiências em educação integral, o projeto financia a extensão da jornada em redes municipais e estaduais. De acordo com o plano educativo em curso, as escolas que aderem ao programa podem optar por desenvolver atividades e oficinas nos campos do esporte e lazer, cultura e artes, direitos humanos e educação ambiental, entre outros. De acordo com o MEC, mais de 61 mil escolas já aderiram ao programa federal e foram investidos 4,5 bilhões na iniciativa entre 2008 e 2014.

Resolver a equação do financiamento e do aumento na oferta de matrículas, porém, não é o único obstáculo que precisa ser transposto. Especialistas criticam a redução do conceito de educação integral a uma mera questão de ampliação na jornada escolar, deixando de lado pontos fundamentais e até mesmo mais desafiantes, como a necessidade de formulação de um currículo articulado às horas adicionais que dê conta do papel de socialização e difusão cultural da instituição educativa, além das especificidades de avaliação, monitoramento e formação docente que a modalidade exige.

“A ampliação da quantidade de alunos estudando em tempo integral, por si só, não resolve nada. Só faz sentido estender a jornada se esse projeto estiver inteiramente associado a um aumento da qualidade educacional”, lembra Ana Maria Cavaliere, professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Para ela, encontramos hoje dois entendimentos diferentes de educação integral: um baseado em uma concepção autoritária ou assistencialista e o outro, democrático.

“A concepção autoritária é aquela que vê a escola em tempo integral como um lugar que serve para guardar crianças, para tirá-las da rua. Ou seja, como instrumento de proteção social. Embora isso seja em parte verdade, não se pode fazer um projeto educacional baseado nessa premissa, senão teremos um projeto de confinamento”, explica Ana Maria. Na concepção democrática, por sua vez, a escola passa a ser uma instituição de exercício do coletivo, abarcando não só alunos e professores, mas também famílias e a comunidade. “Com o horário integral pode-se fazer algo além da mera instrução escolar. Isso leva aos alunos uma multiplicidade de experiências e transforma a escola em um instrumento de cidadania.”

Lígia Martha Coelho, coordenadora do Núcleo de Estudos Tempos, Espaços e Educação Integral da Unirio, concorda em relação à distinção. “Educação em tempo integral e educação integral não são a mesma coisa. Só entendo uma educação em tempo integral se a ela estiver agregada uma concepção de educação integral enquanto formação humana emancipadora”, diz. Para a professora, o fato de o aluno passar mais tempo na escola envolve uma quantificação que está muito mais próxima à visão de educação integral como “proteção social” do que como “formação humana emancipadora”.

Exemplo disso está no próprio Programa Mais Educação. Na maioria das escolas contempladas, apenas alguns alunos podem frequentar as oficinas. “Há critérios para estar no programa, entre eles o de os responsáveis receberem o Bolsa Família – fato que já coloca o Programa como “signatário” da educação integral como proteção social”, aponta Martha.

Contribui para essa visão assistencialista da escola em tempo integral a escassez de um currículo pensado de forma a articular os diferentes tipos de aprendizagens, sejam elas disciplinas do núcleo comum, sejam atividades artísticas, culturais, esportivas, tecnológicas e lúdicas. “Não existe turno e contraturno, existe o tempo que a criança fica na escola. Essa cisão impossibilita o desenvolvimento de propostas pedagógicas que ofertem situações significativas de aprendizagem e promovam o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes”, aponta Alexandre Isaac, coordenador do núcleo de educação integral do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec).

Para o especialista, se as propostas pedagógicas não forem ousadas nesse sentido, corre-se o risco de ampliar o tempo de permanência e não alcançar os resultados desejados. “Nossas crianças precisam de repertórios para ler, entender e criticar o mundo. Para tanto, precisam de mais aulas de Português, Matemática, História e, ao mesmo tempo com a mesma importância, compartilhar as aprendizagens da ética, do respeito ao meio ambiente, da participação na vida pública e do respeito à diversidade”, defende.

Nesse contexto, formação e condição de trabalho do professor são peças-chave. O esforço das redes deve ser o de manter o docente em regime de dedicação exclusiva, melhorando seu salário. “Se quando eu tenho uma escola que funciona em dois turnos já é problemático não ter professores de dedicação exclusiva, porque o diretor acaba tendo equipes muito diferentes em cada turno, na educação integral isso é ainda mais complicado”, explica Patrícia Mota Guedes, gerente de educação da Fundação Itaú Social.

Pensar o espaço escolar e fornecer o mobiliário adequado para a receber as crianças em período integral são outras diretrizes importantes. O que vemos em tantos casos, porém, são soluções improvisadas, feitas de maneira a categorizar a escola como unidade em tempo integral, embora, na prática, esteja distante de tal concepção. “Muitas redes estão implementando políticas de educação integral de uma maneira pouco sustentável. As escolas não estão preparadas fisicamente e os professores não recebem formação adequada”, conta Lúcia.

Exemplo dessa situação era encontrado na rede municipal de Apucarana, cidade no norte do Paraná, que atende cerca de 11,5 mil crianças. Tendo como principal atividade econômica a confecção têxtil e, portanto, apresentando alta taxa de mão de obra feminina, a cidade passou, em 2001, quase 100% de suas escolas de Educação Fundamental para jornada estendida. Mas a proposta pedagógica, o corpo de servidores e a estrutura escolar não sofreram qualquer reformulação para se adequar ao novo contexto.

O resultado foi a precarização da rede como um todo. “Em 2013, encontrei escolas sem banheiro funcionando. Não existia sequer um Conselho Municipal de Educação. Era vendida a ideia de que tínhamos implementado a Educação Integral na rede, mas a realidade era outra. As crianças passavam o dia todo na escola, mas não havia um projeto, uma estrutura por trás disso”, conta o prefeito Beto Preto. “De lá para cá, estamos nos dedicando a recuperar a estrutura física e investindo na questão da metodologia juntamente com os pais, os alunos e os professores”, conta.

Também a rede estadual de São Paulo tem feito reformulações em suas escolas da modalidade. Além das ETIs, antigo modelo de educação integral implantado em 2006, está sendo implementado o chamado Novo Modelo de Escola de Tempo Integral, que atualmente atende mais de 55 mil alunos. Nesse formato, além das disciplinas obrigatórias, os alunos contam com outras eletivas, definidas em cada escola, e atividades complementares como astronomia, moda, música e teatro. A jornada é de oito horas e meia no Ensino Fundamental e de nove horas e meia no Ensino Médio, e os professores que atuam nessas unidades recebem gratificação salarial de 75% por trabalhar em regime de dedicação exclusiva.

“A gente sabe dessa dificuldade de ter turno e contraturno, da necessidade de fazer a articulação das disciplinas básicas com a parte diversificada. Caso contrário, corre-se o risco de ter a escola séria e a escola da brincadeira”, diz Valéria Souza, coordenadora do novo modelo. “A escola não precisa passar por uma transformação radical, mas estar preparada para atender o aluno o tempo todo. Por exemplo, é necessário refeitório, vestiário, chuveiro para fazer asseamento. O ambiente escolar tem de ser pensado de acordo com a proposta pedagógica, não o contrário”, acrescenta.

Para Isaac, a luta para a melhora das condições de infraestrutura não pode ser uma cortina de fumaça para inviabilizar as propostas de ampliação de jornada. “Buscar parcerias com equipamentos públicos de outras secretarias, assim como de organizações da sociedade civil do entorno da escola e da cidade, é uma iniciativa que possibilita enfrentar a questão das dificuldades de infraestrutura dentro das unidades educacionais, além de permitir a circulação pela cidade e a ampliação de oportunidades de usufruto dos bens culturais dessa cidade”, diz.

Para Patrícia, da Fundação Itaú Social, os percalços ainda são muitos, mas é preciso investir na modalidade, para que, a longo prazo, a sociedade se beneficie. “Estamos falando de toda uma ampliação de repertório que vai muito além do que o estudante, principalmente da rede pública, vê em sua escola de um turno e que é muito importante para a formação desse jovem. A educação integral traz embutida em si uma força motora significativa para reduzir as desigualdades sociais e, num país como o nosso, isso é fundamental”, conclui.

No exterior, são considerados modelos em Educação Integral países como Finlândia, Coreia do Sul e Irlanda. Nessa última nação, a frequência em tempo integral é obrigatória para todas as crianças entre 6 e 16 anos, uma política que conta com o apoio da população. Segundo um estudo realizado pela OCDE, a Irlanda é o país mais satisfeito com seu sistema público de ensino, com taxa de 82% de aprovação. A Finlândia, por sua vez, atribui como uma das causas que a levam a ocupar o topo de diversos rankings internacionais o fato de todas as suas escolas funcionarem em período integral – das 8 às 15 horas. O mesmo ocorre na Coreia do Sul, onde a jornada é ainda mais prolongada, contabilizando dez horas diárias. Na América Latina, um dos projetos mais consistentes na modalidade pode ser encontrado no vizinho Chile, onde a educação em tempo integral é oferecida em 85% das escolas públicas.




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No Brasil professores ganham menos que outros profissionais com a mesma formação





A carreira, no país, não é tida como uma boa opção profissional, diferentemente do que acontece nos países que estão no topo dos rankings internacionais

Brasília - Os professores de nível superior no Brasil ganham menos do que outros profissionais com o mesmo nível de formação. De acordo com análise feita pelo movimento Todos pela Educação, os docentes recebem o equivalente a 54,5% do que ganham outros profissionais também com curso superior. A valorização dos professores é uma das metas do Plano Nacional de Educação (PNE), Lei 13.005, de 25 de junho de 2014, que completou dois anos.

"Como é pouco atraente a carreira de professor, isso leva à desvalorização social. A carreira não é tida como uma boa opção profissional, diferentemente do que acontece nos países que estão no topo dos rankings internacionais. Além de serem carreiras atraentes, têm valorização social da função. Parte disso é decorrente da compreensão da sociedade de que educação importa", diz a superintendente do Todos Pela Educação, Alejandra Meraz Velasco.

O PNE estabelece metas e estratégias para serem cumpridas até 2024. A lei trata desde o ensino infantil até a pós-graduação. Uma das metas do PNE prevê a elevação do investimento em educação dos atuais 6,6% para 10% do Produto Interno Bruto (PIB) por ano, até o final da vigência.

Pelo PNE, em até dois anos de vigência, o país deveria ter assegurado a existência de planos de carreira para os profissionais da educação básica e superior públicas. De acordo com dados da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic/IBGE), em 2014, 89,6% dos municípios brasileiros declararam ter plano de carreira para o magistério; metade deles diz ter ações de regulamentação e valorização do magistério e 65,9% afirmam ter adotado concurso público para a contratação de professores. Dados do Censo Escolar mostram que, em 2015, 28,9% dos contratos docentes da educação básica pública eram temporários, o equivalente a quase 630 mil contratos.

Segundo o Todos pela Educação, não há medições qualitativas dessas políticas e nem uma ferramenta de monitoramento sobre a aplicação do piso salarial dos professores. "Não é uma mudança do salário que muda a qualidade na educação, mas a atratividade na carreira. É preciso pensar em todos os componentes, desde a atratividade das licenciaturas e pedagogia, a programas com identidade própria, que levem ao exercício do magistério e perspectivas de carreira atraentes, com bom salário inicial, condições para crescer na carreira e condições de trabalho e infraestrutura", diz Alejandra.

De acordo com ela, a carreira do professor tem que ser discutida na ponta, ao mesmo tempo em que deve envolver um esforço conjunto do Ministério da Educação (MEC), dos estados e municípios. Deve-se ser capaz de simular diferentes carreiras e o impacto financeiro disso para cada ente. A discussão, no entanto, fica comprometida pela situação econômica do país.

Falta de verbas

"Temos visto que para melhorar a educação são necessários três elementos: bom salário, boa carreira e boas condições de trabalho, que envolvem não só a hora-atividade, mas escolas bem equipadas e democracia na escola. Não adianta ter um só, tem que ter os três elementos", diz a secretária-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Marta Vanelli.

Marta acredita que o contexto econômico tem impacto direto na qualidade da educação e critica a Proposta de Emenda à Constituição (PEC), apresentada pelo governo interino, que limita o aumento do gasto público à variação da inflação. "Isso nos preocupa muito. A imposição do governo federal será de mais arrocho para servidores públicos", diz.

Para os estados e municípios, falta verba para pagar os professores e até mesmo para cumprir a Lei do Piso. De acordo com levantamento da CNTE, mais da metade dos estados não pagam opiso salarial dos professores. Atualmente, o valor está em R$ R$ 2.135,64. Os entes defendem maior participação da União nos gastos, uma vez que é a que mais arrecada.

Discussão

A questão começou a ser discutida no âmbito do Ministério da Educação, no Fórum Permanente para Acompanhamento da Atualização Progressiva do Valor do Piso Salarial Nacional, composto por representantes do MEC, dos estados, dos municípios e dos trabalhadores. O fórum foi convocado ainda na gestão da presidenta afastada Dilma Rousseff. Ainda não houve reuniões depois de o atual ministro Mendonça Filho assumir a pasta. Marta integra o fórum e diz que o CNTE decidiu que só participará das discussões após o fim do processo de impeachment e que não negociará com o governo de Michel Temer enquanto for interino.

Em nota, o MEC assegura que está realizando "análise cuidadosa do orçamento para a implantação do CAQi [Custo Aluno-Qualidade inicial]". Previsto para ser implantado ainda este ano pelo Plano Nacional de Educação, o CAQi poderia ajudar os estados e municípios a remunerar melhor os professores. "Importante destacar que a atual gestão recebeu o orçamento com um corte de R$ 6,4 bilhões. No entanto, já foi possível recompor R$ 4,7 bilhões para minimizar qualquer prejuízo a políticas do MEC", diz a nota.


Fonte: http://odia.ig.com.br/brasil/2016-06-27/no-brasil-professores-ganham-menos-que-outros-profissionais-com-a-mesma-formacao.html

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quarta-feira, 29 de junho de 2016

Professores do Estado do Rio de Janeiro continuam a Greve que já dura quase 4 meses

A GREVE CONTINUA ...




Neste momento na Quadra da Escola de Samba São Clemente no Centro do Rio, profissionais da Educação do Estado do RJ participaram de uma Assembleia dando continuidade a GREVE da Categoria que já dura cerca de 4 meses.

O SEPE (Sindicato dos Profissionais da Educação do RJ) tem participado de audiências com o Governo do Estado porém muitas reivindicações da Categoria nem mesmo entraram na Pauta de negociações com o Governo.

O Sinpro Macaé e Região apoia toda a categoria de Servidores do Estado do RJ por sua luta por uma educação de qualidade e para todos!


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Ato em Defesa da Democracia, da Educação Pública e dos Direitos dos Trabalhadores em Educação nesta quarta (28), em Brasília.










Está acontecendo neste momento Ato em Defesa da Democracia, da Educação Pública e dos Direitos dos (as) Trabalhadores (as) em Educação, no Ministério da Educação, em Brasília, com a participação do Sinpro Macaé e da Feteerj.

Profissionais da educação protestam em prol dos direitos conquistados pelos trabalhadores, em frente ao MEC!





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[Vídeo] Debate sobre o movimento "Escola sem partido" e o direito à diversidade cultural





A Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB) recebeu o debate “O movimento ‘Escola sem Partido’ e o direito à diversidade cultural”, que aconteceu no dia 17 de junho, sexta-feira, às 15h30, no auditório da FCRB. Participação gratuita.


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terça-feira, 28 de junho de 2016

Direitos do (a) Professor (a) : PAGAMENTO DA JANELA





“JANELA” são tempos vagos entre uma aula e outra. Neste período o professor fica à disposição do estabelecimento e, por isto, deve ser remunerado. Alguns estabelecimentos tentam não pagá-las, dando a entender que o professor teria “concordado” com isso. Outros, embora remunerando pelo tempo das janelas, procuram desconsiderá-las para efeito de pagamento dos salários no recesso escolar. O professor tem direito de receber esses tempos vagos, porque é uma conquista da categoria.

É comum na profissão docente, em algumas escolas com um quadro de trabalho menos organizado ou com carência de professores, ocorrerem as chamadas janelas, que na realidade são as aulas vagas existentes no horário do professor entre outras aulas por ele ministradas em um mesmo turno, em tal situação a maioria das Convenções Coletivas do Trabalho * obriga o pagamento de tais horas, como horas aula, tendo em vista que o professor fica à disposição da escola, uma vez, que ainda que não fosse não teria ele como deslocar-se para outra escola para ministrar uma aula neste período e retornar.

Trabalho realizado durante janelas não pagas deve ser remunerado com 100% de acréscimo.

Professor(a): Não assine nenhum documento abrindo mão desta remuneração.

Convenção Coletiva de Trabalho * ( Macaé:  Cláusula 11ª e Base estendida Cláusula 9ª)


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