sábado, 31 de março de 2018

LEMBRAR É RESISTIR!


Hoje faz 54 anos do golpe militar de 1964. Vivemos nessa época um período de cassação de direitos civis, censura à imprensa, repressão violenta das manifestações sociais, assassinatos e torturas, ou seja, uma sociedade longe da democracia. Consideramos que lembrar a história também é uma forma de resistir!

Para que possamos conhecer mais, indicamos o filme Jango, de Silvio Tendler ( https://goo.gl/7vPEs7 ) e um artigo com os dez livros que tratam sobre o tema, segundo uma seleção feita por pesquisadores ( https://goo.gl/rUYNfA ).

quinta-feira, 29 de março de 2018

1º Festival de Cinema Indiano segue até dia 15 de abril no Rio de Janeiro


Evento é de graça e tem como objetivo difundir a cultura indiana

O contato com outras culturas é fundamental para que as pessoas conheçam e respeitam as diferenças entre os povos. Pensando nisso, o Consulado Honorário Geral da Índia no Rio de Janeiro realiza, até o dia 15 de abril, o 1º Festival de Cinema Indiano no Rio de Janeiro. O evento é feito em parceria com o apoio do Centro Cultural dos Correios (CCC), com apoio da Câmara de Comércio Índia Brasil. 

Para quem ainda não conhece, a Índia possui uma das maiores indústrias cinematográficas, Bollywood. As sessões acontecem todos os dias a partir das 12h30min, na Sala de Vídeo do Centro Cultural dos Correios, na Rua Visconde de Itaboraí, no Centro do Rio. 

Outras mais informações, podem ser obtidas pelo e-mail: consulate@indianconsulaterj.org.br

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA:




quarta-feira, 28 de março de 2018

Professora será indenizada por diminuição de salário após redução no número de alunos

Reprodução internet/Site Migalhas.com.br


Para 6ª turma do TST, a diminuição salarial sem motivação é lesiva à professora.

A 6ª turma do TST condenou uma faculdade a indenizar uma professora que teve salário reduzido após suposta diminuição do número de alunos. Ao entender que a diminuição salarial sem motivação é lesiva à profissional, a relatora, ministra Kátia Magalhães Arruda, fixou danos morais em R$ 20 mil.

 Consta nos autos que a instituição escolar reduziu o salário da docente do segundo semestre de 2006 até o término do contrato em 2008, sem comprovar o motivo alegado: suposta diminuição do número de alunos. A professora ajuizou ação pleiteando indenização pelos transtornos e pelo atraso no pagamento das verbas rescisórias.

Em 1ª instância, o pleito foi negado e, no TRT da 1ª região, foi reconhecido apenas o pagamento das diferenças salarias, mas foi afastada a alegação de que essa redução se deu pela diminuição do número de alunos.

A profissional recorreu da decisão alegando ofensa ao Código Civil, por ser incontroverso que a instituição de ensino, além de reduzir seu salário, também não o quitava no prazo previsto em lei. Sustentou ainda que a jurisprudência vem reconhecendo o direito do empregado ao recebimento de indenização por dano moral em casos semelhantes.

Abalo moral

Ao analisar o recurso, a relatora ressaltou que, pela decisão do Regional, ficou registrado que a faculdade não se desincumbiu do ônus de provar a redução total de alunos matriculados.

"A redução salarial, por longo período, sem motivação, provoca o inequívoco abalo moral, pois a redução salarial foi claramente lesiva à recorrente, a qual se viu privada da sua remuneração no patamar em que vinha recebendo."

Assim, deu provimento ao agravo a fim de condenar a instituição ao pagamento das diferenças salariais e reflexos e R$ 20 mil por danos morais.

Fonte: migalhas.com.br

Símbolo dos movimentos sociais: assassinato do estudante Edson Luís completa 50 anos

Reprodução internet/ Site Esquerda Online


Ato no Rio de Janeiro relembra a morte de Edson e faz um paralelo com a morte de Marielle Franco

Os movimentos sociais têm nesta quarta-feira, 28, um dia de reflexão quanto ao seu papel na reafirmação da democracia e do espírito de continuar a luta. Hoje faz 50 anos que o estudante Edson Luís Lima Souto foi morto pela polícia no Rio de Janeiro, durante uma manifestação contra o fechamento do restaurante Calabouço, que atendia, sobretudo, a estudantes pobres oriundos de outros estados.

Para relembrar este fato, serão realizados diversos atos pelo País, um deles às 15 horas, na Candelária, Centro do Rio, um ato público. Nele, os nomes de Edson Luís e Marielle Franco estão no centro para relembrar a resistência, bem como as mortes durante o período da Ditadura Militar e àquelas que acontecem com a Intervenção Militar. O protesto saíra da Candelária até a Cinelândia, onde o corpo de Edson foi velado pelos estudantes e onde Marielle exercia o cargo de vereadora, na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

ENTENDA O CASO - No dia 28 de março de 1968, um tenente da Polícia Militar matou com um tiro o estudante Edson Luís de Lima Souto. O crime foi cometido durante invasão policial ao restaurante estudantil Calabouço, no Rio, onde estudantes protestavam contra a má qualidade da comida. Estima-se que cerca de 50 mil pessoas participaram do enterro do estudante. A ação, que culminou com a morte de Edson, originou uma série de atos contra a ditadura, uma delas a Passeata dos Cem Mil, em 26 de junho.

Morre Linda Brown, primeira criança a quebrar a segregação racial escolar nos EUA












Linda Brown, uma mulher do Kansas que na década de 1950 ficou conhecida por um processo que proibiu a segregação racial nas escolas dos Estados Unidos, morreu aos 76 anos, segundo informaram na segunda-feira (26/3) meios de comunicação locais.

Nascida em Topeka, capital do Kansas, Brown tinha 9 anos quando o seu pai, o reverendo Oliver Brown, tentou inscrevê-la em 1950 na escola pública primária mais próxima à casa da família.

A recusa da escola Summer School a aceitá-la por ser negra provocou quatro anos mais tarde a histórica decisão do litígio “Brown vs. Board of Education”, com o qual o Tribunal Supremo pôs fim à doutrina “segregada, mas igual” que regia na educação pública americana desde 1896.

O Supremo determinou que “separar (as crianças negras) de outras de idade e qualificações similares unicamente pela sua raça gera um sentimento de inferioridade quanto à sua posição na comunidade que pode afetar seus corações e mentes de um modo improvável de reverter”.

Além disso, concluiu que a segregação era uma prática que violava a cláusula de “proteção igualitária” prevista na Constituição.

Embora Brown tivesse dado o nome, o litígio agrupava vários casos recompilados pela Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor (NAACP, em inglês) de estudantes afro-americanos rechaçados em instituições educativas ao redor do país. A causa recebeu, inclusive, ajuda de Thurgood Marshall, primeiro advogado negro a ser membro Suprema Corte americana.

SINDICATO DOS PROFESSORES DE MACAÉ E REGIÃO

terça-feira, 27 de março de 2018

Dica do Sinpro Macaé e Região



Tem o interesse de trabalhar os Direitos Humanos com seus estudantes? Anistia Internacional tem disponibilizado guias da campanha Escreva por Direitos para download. São quatro cadernos, cada um contendo uma metodologia diferente para temas da maior relevância, entre eles:

  • ·         Direito à liberdade e ao julgamento justo;
  • ·         Responsabilidade e poder da polícia;
  • ·         Direito ao protesto;
  • ·         Direito a defender os direitos humanos. 

Para ter acesso, basta preencher o formulário neste link http://bit.ly/guiasEDH.

Além dos guias, serão enviados três materiais com conteúdo e proposta de atividades didáticas envolvendo temas como violência, direitos sexuais e reprodutivos. 

segunda-feira, 26 de março de 2018

Proposta pretende liberar até 40% para ensino médio a distância

Resultado de imagem para Proposta pretende liberar até 40% para ensino médio a distância



Sinpro Macaé e Região e Contee reconhecem que ação vai precarizar a educação e eliminar quase a metade das aulas no ambiente escolar

Apesar do ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), afirmar que irá vetar a proposta do Conselho Nacional de Educação (CNE), que quer permitir, que até 40% do ensino médio seja realizado à distância (EaD) e 100% do curso de Educação de Jovens e Adultos (EJA) seja fora da escola, o Sindicato dos Professores da Rede Privada de Ensino (Sinpro) de Macaé e Região alerta que os professores precisam ficar atentos.  

Assim que divulgada pela Folha de São Paulo, a proposta foi criticada por diversos educadores, pois, ocasionaria uma verdadeira privatização do ensino público, agravando as desigualdades sociais. No site da Confederação dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee) matérias ressaltaram os prejuízos.  

O Sinpro Macaé e Região considera que a hipótese levantada nas discussões é um verdadeiro golpe contra o ensino, os profissionais e a educação pública. Além disso, compactua do pensamento da pesquisadora e doutora em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Maria Raquel Caetano, citada na matéria do Contee, quando ela defende a existência de um antagonismo entre os resultados dessa ação e a inovação, eficiência e redução de gastos, defendidos pelo governo federal em seu discurso. Segundo ela, essa é uma estratégia para não enfrentar os grandes problemas do ensino médio, como a evasão escolar, a carência de professores e infraestrutura básica. O que é comprovado e agravado com a PEC 55, que congela por 20 anos o investimento público nas áreas sociais, em especial na educação, o que é uma maneira de repassar a responsabilidade para o setor privado. 

A proposta do Ensino Médio EAD já discutida no Conselho Nacional de Educação (CNE) e atualiza as Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio. O processo sobre a resolução de ensino à distância e deve ocorrer ainda neste semestre. “É preciso lembrarmos que uma carga horária menor também vai impactar na quantidade de professores contratados. Não podemos perder vaga de trabalho alguma. Defendemos os postos de trabalho e a formação de qualidade para os professores. Precisamos pensar em escolas que ofereçam o Ensino Médio em tempo integral e não o contrário”, disse o presidente do Sinpro Macaé e Região, Cesar Gomes.

Saiba mais: 

          contee.org.br/contee/index.php/2018/03/40-de-ead-no-ensino-medio-e-mais-um-golpe-contra-a-educacao/

          contee.org.br/contee/index.php/2018/03/ensino-medio-a-distancia-e-tentativa-de-privatizar-educacao-diz-pesquisadora/


CONAPE: FEERJ divulga Carta do Rio de Janeiro




O Fórum Estadual de Educação do Rio de Janeiro, divulga Carta do Rio de Janeiro que aponta desafios e caminhos para as questões educacionais da atualidade, construída de forma conjunta na Plenária Final da Conferência Estadual Popular de Educação Marielle Franco - Conepe RJ. O evento foi realizado entre os dias 23 e 24 de março. 
É preciso resistir e produzir sínteses contra o desmonte da educação pública.




CARTA DO RIO DE JANEIRO
CONFERÊNCIA ESTADUAL POPULAR DE EDUCAÇÃO
RIO DE JANEIRO MARIELLE FRANCO

Os participantes da Conferência Estadual Popular de Educação do Rio de Janeiro Marielle Franco, etapa estadual da CONAPE, reunidos em plenária, no dia 24 de março de 2018, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, reafirmam coletivamente o relevante papel da Conferência Nacional

Popular de Educação (CONAPE) na construção da democracia participativa no âmbito da educação brasileira e da implementação do PNE. Em consonância com os objetivos da etapa nacional reiteram seu propósito de organizar e manter a mobilização em torno da defesa do PNE, da necessidade de monitoramento e avaliação das metas, de acordo com a CONAE 2010 e 2014, da proposição de medidas e análise crítica daquelas que inviabilizam a efetivação do Plano, em especial a EC n. 95/2016 que estabelece teto de 20 anos aos gastos públicos federais no tocante aos direitos sociais.

Reafirmamos a opção do Fórum Estadual de Educação do Rio de Janeiro (FEERJ), manifesta formalmente ao Ministério da Educação, pela realização da Conferência Estadual Popular (CONEPE), e aqui nos reunimos para discutir proposições e produzir resistência potente ao estado de exceção a que o país e o Rio de Janeiro, especialmente, estão submetidos desde o golpe de 2016, que provocou uma crise político-econômica-institucional profunda na sociedade brasileira, que nos enche de dor e desesperança mas também nos incita a resistir e lutar.

Reiteramos, ainda, que sob a condução do FEERJ, espaço democrático e plural, que oportunizou aprofundar intensamente a participação de todos aqueles que acreditam e batalham por ideias e práticas em favor de uma educação universal de e com qualidade, visando favorecer a equidade e a urgente redução da desigualdade entre grupos sociais e identitários que habitam o estado do Rio de Janeiro. Assim, os participantes desta Conferência repetem, gritam e insistem:

NENHUM A MENOS: nem direitos, nem menor autonomia universitária; nenhuma restrição orçamentária; nem um estudante fora da escola, onde quer que esteja; nenhuma escola nem qualquer turma fechada; nem um profissional da educação desvalorizado, vilipendiado, desassistido, mal remunerado, não reconhecido; nenhum conteúdo acadêmico-científico censurado; nenhuma pesquisa adiada; nenhuma interdição à escola pública seja na periferia das cidades ou no campo; nenhum rejeite a matrículas em qualquer turma de qualquer nível e modalidade de ensino; e nenhum valor que coíba o exercício da formação humana de pessoas que para construir uma sociedade justa e equânime, protetora do ambiente e feliz!

Levantamos nossas vozes para denunciar todas as opressões e nossas mãos para nos irmanarmos na luta cotidiana pela superação de formas de dominação da humanidade pelo grande capital e seu projeto neoliberal que intensificou, nos últimos anos, os ataques aos direitos sociais e à classe trabalhadora, reduzindo a esfera pública e impondo privatizações, ajustes fiscais e cortes de recursos para a educação, a saúde, a cultura, a assistência e demais políticas sociais, ampliando o desemprego e a miséria e negando direitos sociais arduamente conquistados e garantidos pela Constituição Federal de 1988, que em 5 de outubro de 2018 completará 30 anos.

Denunciamos a opção política de desinvestimentos na educação e na saúde, na ruptura de garantia dos direitos da população, e em cortes orçamentários nas áreas sociais, cumprindo um projeto econômico que não foi escolhido pela população nas urnas e que inviabiliza o direito à educação pública, gratuita, laicae de qualidade socialmente referenciada – este o alvo preferencial dos ataques do governo golpista de Michel Temer e do Governador Luiz Fernando Pezão. Os ataques à educação pública objetivam paralisar processos educativos impulsionadores de mudanças nas estruturas sociais, políticas e econômicas do país, que contribuem diretamente para a superação das imensas desigualdades socioeconômicas que cindem a sociedade carioca, fluminense e brasileira. Exemplificamos com a denúncia de que o único veto à Lei Orçamentária Anual de 2018 foi à estimativa de recurso extra de R$1,5 bilhão para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), e a não implementação do Custo Aluno Qualidade-Inicial (CAQi),demonstrando que, para o governo golpista, educação não é prioridade e nem é considerada investimento, mas somente despesa a ser cortada.

Denunciamos que os ataques à educação foram as primeiras ações do Governo Temer, ao alterar inescrupulosamente a composição do CNE, desmontar e descaracterizar o FNE e a CONAE, impor um ajuste fiscal que inviabiliza o cumprimento das metas do PNE o que, na prática, anula o direito à educação de crianças, jovens e adultos brasileiros. A política entreguista do petróleo, dos royalties e das riquezas naturais; privatização da água; o avanço exponencial do privado no dinheiro público, em todos os níveis de ensino; a edição danosa da reforma trabalhista; a ameaça incessante da reforma da previdência; a desqualificação permanente do sentido da educação pública de qualidade, ao editar uma BNCC mecanicista e voltada aos interesses do mercado; a liquidação do ensino médio; a agressão sem base fática de autoridades universitárias – não esquecer jamais do suicídio do Reitor da Universidade Federal de Santa Catarina – e de cátedras; de omissão ao desmonte da UERJ – quinta maior instituição de educação superior brasileira – da UENF, UEZO e da FAETEC que têm resistido heroicamente ao ataque; as contínuas alterações na formação de professores representada por editais como PIBID e Residência Pedagógica e omissão do edital PARFOR e nas políticas que abrigam e defendem a diversidade da população brasileira – de direitos historicamente interditados, como populações negra, de mulheres, LGBTT, comunidades quilombolas, caiçaras, povos indígenas, itinerantes, comunidade surda, pessoas com deficiência e pessoas em situação de privação de liberdade e em cumprimento de medidas socioeducativas que exigem reação urgente e qualificada. Denunciamos, por fim, a ação equivocada do Supremo Tribunal Federal ao permitir o ensino religioso confessional, ferindo o princípio da laicidade do ensino público.

Reafirmamos que uma de nossas principais tarefas, neste momento, é a defesa da democracia e do estado democrático de direito. Denunciamos que a instauração do estado de exceção com o golpe jurídico-midiático-parlamentar que efetivou o impeachment da presidenta Dilma e a assunção ao poder de Michel Temer legitima assassinatos como os da companheira Marielle Franco e de Anderson Gomes, executados enquanto nos encontramos sob intervenção militar no Rio de Janeiro, que longe de trazer segurança à população tem constituído mais ameaça à vida das pessoas. Denunciamos, assim, também a intervenção federal no RJ que traz a marca da crescente militarização dos governos neoliberais no continente latino-americano, que pode intensificar o extermínio de populações consideradas indesejáveis e descartáveis para o sistema capitalista, como a juventude negra, pobre e das periferias.

Denunciamos, enfaticamente, o assassinato de Marielle Franco que, mais do que mulher, negra, “cria da Maré”, foi liderança que lutava contra políticas de exclusão e defendia sem tréguas um projeto ético-político socialista, denunciando a retirada de direitos da classe trabalhadora e ataques à população mais pobre e estigmatizada; lutava por direitos iguais para todos, sem discriminação de gênero e orientação sexual, de origem social,padrão econômico,matriz religiosa ou diversidade étnico-racial.

Denunciamos ainda como grave ameaça à democracia as tentativas do judiciário de rompimento com o ordenamento legal constitucional e infraconstitucional, gerando instabilidade jurídica e ameaçando discricionariamente pessoas e partidos políticos, negando a conquista civilizatória de presunção de inocência até prova em contrário — arma que pode se voltar sobre cada um de nós.

Defendemos, de modo intransigente:

a educação como direito de todos e dever do Estado, duramente conquistado na Constituição Federal de 1988, de caráter irrevogável;

a educação pública a serviço da emancipação humana, compreendida como investimento, jamais tratada como gasto;

o cumprimento das metas e estratégias do PNE em consonância com o deliberado na CONAE de 2010 e 2014, nos avanços para assegurar o direito à educação;

o controle social por meio do planejamento, do acompanhamento e avaliação da educação básica, revisando o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Sinaeb) demandado pelo PNE 2014-2024, a fim de superar avaliações padronizadas de larga escala;

o combate à mercantilização e financeirização da educação;

financiamento exclusivamente público das Instituições Federais de Ensino Superior, garantindo a excelência do ensino, pesquisa e extensão e a democratização do acesso a todos os sujeitos;

revisão de políticas de certificação, como o ENCCEJA, em detrimento da oferta de políticas de atendimento presencial a jovens, adultos e idosos.

Defendemos, no estado do Rio de Janeiro, de modo intransigente:
autonomia do FEERJ enquanto durar o governo golpista e não estiver restaurada a institucionalidade democrática no FNE;

a atualização / construção do plano estadual de educação e acompanhamento / monitoramento sistemático dos planos municipais de educação com perspectiva democrática e inclusiva;

a construção de uma visão sistêmica educacional, que assegure a autonomia das escolas e a gestão democrática;

o planejamento da municipalização que respeite a autonomia e o dever com a educação dos entes federados;

que acesso, permanência, sucesso sejam princípios para todos os níveis e modalidades de ensino;

o protagonismo dos estudantes que vigorosamente demonstraram saber que projeto de educação desejam para sua formação e dos profissionais da educação, garantindo autonomia pedagógica e formação continuada;

a educação de jovens, adultos e idosos como direito, garantindo a oferta presencial de turmas, escolas e matrículas em todas as redes educacionais;

financiamento exclusivamente público das universidades estaduais UERJ, UENF, UEZO e da FAETEC, garantindo a excelência do ensino, pesquisa e extensão e a democratização do acesso a todos os sujeitos;

financiamento exclusivamente público da educação básica pública no estado do Rio de Janeiro que garanta as condições de trabalho dos profissionais e aprendizado dos estudantes.

Em reconhecimento ao papel preponderante e fundamental da luta empreendida por Marielle Franco na cidade do Rio de Janeiro, o coletivo presente a esta Conferência aclamou-a Conferência Estadual Popular de Educação do Rio de Janeiro Marielle Franco.

Reafirmamos, nesta Carta do Rio de Janeiro, que uma de nossas principais tarefas, neste momento, é a defesa da democracia e do estado democrático de direito, porque educação se constrói com democracia!

Rio de Janeiro, 24 de março de 2018.
Plenária Final da CONEPE RJ.

Escola Sesi do Rio de Janeiro tenta censurar livro didático




Tentativa de censurar livro sobre cultura africana reforça a necessidade de debates sobre o Racismo , a  desigualdade social  e sobre o papel da educação na integração da sociedade em todas as escolas públicas e privadas. 


Não são somente os(as) professores(as) a verem a censura às voltas da escola pública, fruto de leis como o Escola sem Partido. Agora, obras literárias têm passado pelo mesmo problema. Um dos exemplos aconteceu no município carioca de Volta Redonda.  Após ser colocado no currículo escolar, o livro Omo-Oba: Histórias de Princesas foi retirado pela direção da Escola Sesi.

A obra, que conta histórias de princesas africanas e privilegia o recontar de mitos africanos pouco conhecidos pelo público brasileiro em geral, sofreu forte reação de alguns pais de alunos e de grupos vinculados a igrejas pentecostais, sendo retirado do currículo da escola. Para Kiusam Regina de Oliveira, autora do livro e professora do Departamento de Teorias de Ensino e Práticas Educacionais do Centro de Educação, o objetivo da obra é de fortalecer a personalidade de meninas, independente de raça/cor, etnia, condições socioeconômicas.



“Tais rainhas são nossas ancestrais, uma vez que há comprovações científicas de que África é o berço da humanidade. A forma com que eu as apresento neste livro é sem nenhuma conotação religiosa, mergulhadas em fatos que estão na história e nos aspectos da cultura afro-brasileira, através de uma narrativa com personagens negras cheias de afeto e de empoderamento, o que é uma raridade em bibliotecas brasileiras”, ressalta Kiusam Regina. A autora ainda lembra que a censura desrespeita as leis nº 10.639/03 e nº 11.645/08, que obriga o ensino da História da África e das Culturas Afro-brasileira nas escolas em todos os seus segmentos, e à Lei de Diretrizes e Bases da Educação.

O veto ao livro ganhou repercussão diante da reação de alguns pais, que consideraram a censura à adoção do livro um desrespeito e um não reconhecimento à importância da cultura africana para a formação cidadã do povo brasileiro. Professora da Educação Infantil por 23 anos, Kiusam lembra que o livro foi altamente premiado e se coloca como um espelho para a vaga do ser negro no país. “Durante estes anos, foram várias as situações de confrontos de alunos negros com a ausência de príncipes e princesas como eles na literatura infantil e juvenil brasileira. Assim sendo, resolvi publicar histórias de rainhas negras que fazem parte da história, da cultura e da humanidade. Pode parecer pouco, mas num país racista e eurocêntrico como o Brasil, tais princípios têm sido a defesa de crianças negras na luta contra a sua invisibilidade, a discriminação racial e o racismo”.

                                                                 

Ilustrações do livro Omo-Oba: Histórias de Princesas Africanas, da escritora Kiusam de Oliveira
A diretoria colegiada do Sinpro repudia e lamenta a tentativa de censura promovida pela Escola Sesi de Volta Redonda, e rejeita toda e qualquer forma de intolerância, quer seja ela religiosa, racial ou de gênero. Em tempos de luta pela igualdade, pelo respeito ao próximo e pelo direito que todos tenham acesso a todos os tipos de cultura, atos racistas e fundamentalistas como este desrespeitam leis e a luta por uma sociedade mais justa.

Prática da lei dentro da escola




A valorização da cultura africana tem sido tratada dentro da sala de aula. Em respeito à Lei nº 10.639/03, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, incluindo no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”, desde 2003 a professora de Sociologia Margareth Francisca de Oliveira desenvolve o projeto Africanidades. Além de mostrar a verdadeira história do continente africano, o projeto ajuda os estudantes a se conhecerem e a valorizarem a riqueza cultural que sempre esteve presente na África.

“Desenvolvo este projeto nas escolas que trabalho desde 2003, quando houve uma capacitação de professores para trabalhar a História da África. Vemos um engajamento muito grande dos estudantes quando realizamos o projeto, além de ajudar na questão da autoestima e da valorização do conhecimento da cultura africana. Conhecemos o continente africano apenas no aspecto colonial e não conhecemos o que vem antes deste período. Quando os estudantes passam a conhecer a África tecnológica e de pertencimento, que teve sua história de glória e depois foi dizimada, eles começam a admirar toda riqueza cultural que veio e vem deste continente”, salienta a professora.

Durante a realização do projeto os estudantes apresentam o resultado de suas pesquisas em exposições. Os alunos ainda participam de desfiles e apresentações culturais variadas.

SITE: SINPRO DF

 SINPRO MACAÉ E REGIÃO



SINDICATO DOS PROFESSORES DE MACAÉ E REGIÃO 

SEDE MACAÉ 

Endereço: Rua Teixeira de Gouveia, nº 1169  sala110
Bairro:  Centro –  Macaé - RJ - CEP: 27.910-110 
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sexta-feira, 23 de março de 2018

BOLETIM INFORMATIVO: EDUCAÇÃO BÁSICA




Delegação do Sinpro Macaé e Região participa de eventos oficiais no Rio


O diretor do Sinpro Macaé e Região e conselheiro fiscal da Feteerj, professor Peixoto (de azul) participa do encontro.
A delegação do Sindicato dos Professores da Rede Particular de Ensino (Sinpro) de Macaé e Região participa de eventos oficiais que debatem a atual situação da educação no Estado e no País. Os encontros acontecem nesta sexta-feira (23) e sábado (24), no Rio de Janeiro.

Na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), é realizada a Conferência Estadual Popular de Educação (Conepe), uma etapa da Conferência Nacional Popular de Educação (Conape). Com ele, educadores, estudantes, gestores, governos e movimentos sociais debatem e constroem uma ação conjunta contra o amplo retrocesso educacional promovida pelo atual governo. O evento é realizado pelo Fórum Estadual de Educação do Rio de Janeiro (Feerj).

Já com o tema “Resistir, manter e avançar”, o 12º Congresso da Federação dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino no Estado do Rio de Janeiro (Feteerj), reúne, na sede do Sinpro-Rio, os delegados natos e aqueles eleitos pelos sindicatos filiados. O objetivo é discutir a conjuntura nacional da educação e a reação aos ataques feitos a esta área pelo governo.

quarta-feira, 21 de março de 2018

Sinpro Macaé e Região participa de ato em homenagem à Marielle e Anderson Gomes


"Para o Estado é mais fácil prender do que educar”. Foi com esta frase da vereadora Marielle Franco estampada nas blusas, que os integrantes do Sindicato dos Professores da Rede Particular de Ensino (Sinpro) Macaé e Região participaram ontem (20) de um Ato Ecumênico em homenagem à parlamentar e ao motorista Anderson Gomes. O encontro foi uma forma de repudiar a morte dos dois e de relembrar os temas urgentes tratados por Marielle, entre eles, a educação. Ao mesmo tempo, foi uma oportunidade de reafirmar o direito de lutar pela igualdade e pela democracia.






Sindicato luta para garantir mais conquistas em campanha salarial de 2018




A luta em prol da conquista e reafirmação de direitos ganhará mais força. No próximo sábado, dia 24, professores e professoras da Educação Básica de Macaé e da Base Estendida se reunirão em assembleia às 9 horas. Já os profissionais do Sesi vão se encontrar, no mesmo dia, às 11 horas. Ambos os encontros serão realizados no auditório do Colégio Estadual Luiz Reid, localizado na Rua Teixeira de Gouveia, 942 - Centro, em Macaé. O objetivo é discutir e aprovar a pauta de negociação relacionada a questões sociais, bem como sobre a Campanha Salarial 2018, que tem como tema “A conquista é maior quando lutamos juntos”.

Com o período de volta às aulas, a Campanha Salarial se torna um compromisso importante para os professores. Neste ano, a assembleia vai articular a luta pela manutenção dos direitos da Convenção Coletiva e por um reajuste digno, bem como pela resistência contra a Reforma Trabalhista, que precariza as condições de trabalho, retira direitos sociais consagrados e busca enfraquecer o movimento sindical. Nas discussões estão ainda os efeitos das mudanças propostas pela Reforma Previdenciária.

A pauta de reivindicações do Sinpro Macaé e Região começou a ser construída, em 2017, a partir das decisões de assembleias da categoria. Respeitando as peculiaridades, a Campanha Salarial de 2018 atingirá diferentemente cada segmento.

A direção avalia que o Sindicato possui uma tarefa de sobrevivência e a defesa e a manutenção da Convenção Coletiva de Trabalho e dos Acordos Coletivos. Ao mesmo tempo, relembra que um sindicato forte deve contar sempre com a participação efetiva de todos os associados.





SINDICATO DOS PROFESSORES DE MACAÉ E REGIÃO  

SEDE MACAÉ 
Endereço: Rua Teixeira de Gouveia, nº 1169 sala110
Bairro:  Centro –  Macaé - RJ - CEP: 27.910-110
Tel.: (22) 2772-3154
Horário de Funcionamento:  14h às 18h (Intervalo 13h às 14h)
Email:  contato.sinpromacaeregiao@gmail.com 
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