Quando
se trata nas mulheres negras da região, a situação é ainda mais
alarmante. De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU),
dos 25 países com os maiores índices de feminicídio do mundo, 15 ficam
na América Latina e no Caribe.
Em um contexto de tanta violência,
mulheres negras negras são mais vítimas de violência obstétrica, abuso
sexual e homicídio – de acordo com o Mapa da Violência 2016, os
homicídios de mulheres negras aumentaram 54% em dez anos no Brasil,
passando de 1.864, em 2003, para 2.875, em 2013 (enquanto os casos com
vítimas brancas caíram 10%).
Barradas dos meios de comunicação,
dos cargos de chefia e do governo, elas frequentemente não se vêem
representadas nem nos movimentos feministas de seus países. Isso porque
a desigualdade entre mulheres brancas e negras é grande: no Brasil,
mulheres brancas recebem 70% a mais do que negras, segundo a pesquisa
Mulheres e Trabalho, do IPEA, publicada em 2016. Há 25 anos, um grupo
decidiu que uma solução só poderia surgir da própria união entre
mulheres negras.
Em 1992, elas organizaram o primeiro Encontro de
Mulheres Negras Latinas e Caribenhas, em Santo Domingos, na República
Dominicana, em que discutiram sobre machismo, racismo e formas de
combatê-los. Daí surgiu uma rede de mulheres que permanece unida até
hoje. Do encontro, nasceu também o Dia da Mulher Negra Latina e
Caribenha, lembrado todo 25 de julho, data que foi reconhecida pela ONU
ainda em 1992.
Esposa de José Piolho, Tereza se tornou rainha do quilombo do Quariterê, no Mato Grosso, quando o marido morreu, e acabou se mostrando uma líder nata: criou um parlamento local, organizou a produção de armas, a colheita e o plantio de alimentos e chefiou a fabricação de tecidos que eram vendidos nas vilas próximas.
Assim como o Dia Internacional da Mulher (comemorado em 8 de março), o 25 de Julho não tem como objetivo festejar: a ideia é fortalecer as organizações voltadas às mulheres negras e reforçar seus laços, trazendo maior visibilidade para sua luta e pressionando o poder público.
Por isso, no Brasil, no Caribe e na América Latina em geral, diversos eventos de protesto e luta estão sendo planejados para marcar a data. Em São Paulo, em Brasília e no Rio de Janeiro, por exemplo, acontecem Marchas das Mulheres Negras na terça (25) – eventos que já chegaram a agregar trinta mil pessoas.
Por Helô D’Angelo Do Revista Cult
Fonte: GELEDÉS
Diretoria do Sinpro Macaé e Região
SEDE MACAÉ
Endereço: Rua
Teixeira de Gouveia, nº 1169 sala110 ( Nova sala)
Bairro: Centro –
Macaé - RJ - CEP: 27.910-110
Tel.: (22)
2772-3154
Horário de Funcionamento: 9h às 18h ( Intervalo 12h às 13h)
Email: contato.sinpromacaeregiao@gmail.com
Direção: sinpromacae.regiao@gmail.com
Jurídico: juridico.sinpromacae@gmail.com
Homologação:homologacao.sinpromacae@gmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário