Dada a partida para as eleições de 2010, os candidatos se apresentam em busca de eleitores e de votos. É a ciranda do calendário eleitoral que, de dois em dois anos, volta à cena como parte do processo em construção do chamado Estado Democrático de Direito.
Busca, aliás, legítima no sentido de que um pretendente a um mandato popular queira conquistar apoiadores e eleitores – mas, para isso, depende de como está a sua condição de “ficha limpa”.
Agora é tempo daquele ritual já conhecido por todo cidadão e cidadã: programas na mídia, atos públicos, comícios, panfletagens, entre tantas outras ações.
Por esses meios, os candidatos oferecem ao público eleitor suas ideais, suas propostas e seus programas. E suas promessas...
Para não se esquecer: faz exatamente 25 anos que o país se libertou dos chamados “anos de chumbo” (1964-1985). Após este período, nossa tenra democracia tem superado grandes desafios, incluindo a realização de cindo eleições diretas para presidente. Sendo este, talvez, o mais longo período de estabilidade política de nossa história.
Acontece que o principal protagonista – o povo – mantém-se ao largo dos acontecimentos, sendo apenas chamado para depositar o seu voto em determinado dia. Modernamente, para acionar uma urna eletrônica.
Cabe então ao eleitor e à eleitora escolher seu candidato entre os muitos disponíveis e seus respectivos partidos. Sendo que estes últimos chegam ao total de trinta ou mais!
Dessa forma, os(as) candidatos(as) são apresentados(as) já prontos para “consumo”. Todo processo anterior de definição de candidatura, coligações, acordos e estratégias eleitorais fica para especulações (ou manipulações?) da mídia ou para conhecimento, a posteriori, pela(o) cidadã(o).
Como entre nós o voto é obrigatório, e num quadro geral de descrédito e desconfiança em relação aos partidos e aos políticos, o(a) eleitor(a) acaba exercendo o seu voto burocraticamente, sem compromisso e responsabilidade , a ponto de muitas vezes não lembrar em quem votou, logo depois do pleito.
A situação piora quando além do alheamento, a(o) cidadã(o) cai na própria armadilha – caso não tão raro assim – de trocar o seu voto por algum tipo de favor ou simples promessa.
O voto que, por princípio, deveria ser “livre e consciente”, passa a ser um artigo a mais no mercado de negócios e de interesses. Aí vigora com despudor a célebre “Lei de Gerson” – aquela que diz ”Seja como eu, leve vantagem em tudo” – que acaba por dominar as consciências de incautos eleitores.
Neste contexto de crise, nas suas diversas vertentes, também é tempo de decisões. E nada mais coerente e conseqüente que o(a) eleitor(a) comece por valorizar a si mesmo e seu direito de voto, pois que de sua decisão depende a eleição dos seus representantes e governantes. E, destes, dependem o seu futuro e sua vida.
Votar é preciso – livre e conscientemente!
Contribuição de Rosaldo Bezerra Peixoto
Professor e Conselheiro Fiscal do Sinpro Macaé e Região
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