No dia 5 de novembro de 2015, o Brasil inteiro assistiu pela televisão enquanto 60 milhões de metros cúbicos de lama desciam pelos vales da cidade histórica de Mariana, em Minas Gerais, destruindo centenas de casa, tirando 17 vidas, deixando centenas de desabrigados. A lama vinha de uma barragem de rejeitos de minério de ferro da mineradora Samarco, que rompeu.
O desastre continuou quando esta lama chegou ao Rio Doce, percorrendo 550 quilômetros até encontrar o mar, em Regência Augusta, no Espirito Santo. Em seu caminho, ficaram histórias de pessoas que possuíam uma relação íntima com o rio, de onde tiravam sustento, lazer, alimento e energia, mas que haviam perdido tudo isso com a chegada dos rejeitos tóxicos.
O longa-metragem documentário ‘Rio Doce - Histórias de uma tragédia’ mostra, através do ponto de vista das vítimas, como o desastre de Mariana vem causando diferentes tragédias rio abaixo, desde a destruição e morte próximo ao epicentro até as questões sociais, econômicas e ambientais que levarão muitos anos para serem equacionadas. O filme terá cerca de 1h30' de duração e está previsto para estrear em outubro.
Foto: Os diretores Hermano Beaumont e Pedro Serra nos escombros de Paracatu de Baixo
A produção do documentário foi feita em duas expedições diferentes que seguiram o caminho de destruição da lama de Mariana a Regência, com imagens adicionais feitas no arquipélago de Abrolhos.
A direção é do jornalista Pedro Serra, que já produziu documentários sobre a tragédia da Região Serrana do Rio de Janeiro e a ocupação do Complexo do Alemão e Vila Cruzeiro, e do diretor e roteirista Hermano Beaumont, sócios na produtora Do Rio Filmes.
"Com o desenrolar da tragédia em Mariana e o avanço da lama pelo Rio Doce, sentimos que precisávamos estar lá para entender o que estava acontecendo e contar essa história. Seguimos para lá assim que conseguimos nos organizar e chegamos em Regência a tempo de testemunhar a chegada da lama no mar", Pedro Serra.
Foto: Tcharle perdeu a casa em Paracatu de Baixo e, mesmo assim, decidiu ser voluntário no centro de triagem de donativos em Mariana
A equipe de produção contou ainda com o produtor mineiro Diego Sales e o cinegrafista carioca especializado em imagens aéreas Alexandre Salem na primeira viagem, e com o cinegrafista cearense Átila Ximenes na segunda, todos voluntários no projeto.
A primeira expedição foi em Novembro de 2015, apenas duas semanas após o rompimento da barragem. Nesta primeira viagem, seguimos o clima de incertezas, medo e tristeza que acompanhava a passagem da lama pelas cidades. Acompanhamos o trabalho de centenas de voluntários, a chegada de doações de todo o Brasil, a tristeza pela busca de pessoas desaparecidas, o desespero pela falta d’água, a apreensão pela chegada da lama ao mar e o trabalho de ambientalistas para minimizar os impactos.
Foto: nosso carro de produção da primeira expedição
Durante essa primeira expedição, lançamos no Facebook a página ‘Humanos do Rio Doce’, onde começamos a contar algumas das histórias colhidas durante a produção do documentário, como a de Jaqueline Fernandes, que perdeu o irmão, funcionário de uma terceirizada da Samarco, quando a barragem estourou:
"Eu vi muita gente da Samarco chegando assustada no bar onde eu trabalho, perto da barragem. Eu fiquei sem chão quando um senhor me disse que tinha visto os seus amigos morrendo.Meu irmão estava bem próximo da barragem. Tentaram esconder isso da gente, mas eu fui sondando e perguntando e descobri que o meu irmão foi uma das primeiras pessoas a ser atingida. Ele estava dando uma manutenção e, quando ouviu o barulho, alguém ainda conseguiu entrar em contato e disse: ‘corre Mateus, porque a barragem estourou’. Aí disseram que ele só respondeu “ok”, e ninguém soube mais dar notícia.A Samarco só apareceu aqui na terça-feira. Aí perguntou se a gente precisava de alguma coisa. Disse que a gente precisava de ajuda sim, até psicológica, por causa da minha mãe, que está muito mal, e do meu sobrinho, que é apenas uma criancinha de cinco anos. Veio um rapaz, conversou com o meu sobrinho, depois uma senhora disse que viria na quinta, mas ninguém nunca mais apareceu.A Samarco deve estar achando que os funcionários não têm família, mas o meu irmão tem família sim."
(veja outros relatos no site do documentário ou na página 'Humanos do Rio Doce'.
A segunda expedição ocorreu seis meses após a tragédia e foi possível revisitar a maioria das pessoas e lugares da primeira viagem, criando um entendimento maior sobre as consequências da tragédia no longo prazo.
"Desde o começo das filmagens, sabíamos que seria necessária uma segunda viagem, com um tempo que nos permitisse entender melhor o que estava acontecendo, sem as dúvidas e correria dos primeiros dias após o desastre. Queríamos ver como a tragédia havia afetado a vida das pessoas ao longo do rio, e como a natureza vinha se recuperando dessa agressão", Hermano Beaumont.
Ao todo, foram cerca de 20 dias de filmagem e mais de 100 pessoas entrevistadas. Contando as duas viagens, foram cerca de cinco mil quilômetros rodados, com mais de 20 cidades visitadas para poder contar essa história da forma mais completa possível.
E por que esse filme é tão importante? Menos de um ano após o acidente, pouca coisa continua na mídia sobre este que foi o maior desastre ambiental do Brasil. As companhias de mineração continuam trabalhando com pouca fiscalização e outras áreas do Brasil continuam sobre o risco iminente de novas tragédias. Um documentário com projeção internacional tem o poder de lançar uma nova luz sobre o fato e pressionar as empresas de mineração e o governo por mudanças.
Até agora, todo o dinheiro investido no projeto veio da nossa produtora. Queríamos poder trabalhar de forma independente e imparcial. Ouvir as histórias e poder contá-las livremente. Agora, nós precisamos da sua ajuda para terminar esse documentário e mostra-lo para o mundo. Investimos muito tempo e dinheiro para filmá-lo e queremos que ele seja finalizado, exposto e divulgado com a qualidade que o tema merece. Precisamos investir em trilha sonora, sound desing, colorização, gráficos e divulgação e queremos ter você como parceiro desta empreitada.
Além disso, vamos fazer duas estreias, em praça pública, nas cidades de Mariana, MG, e Regência, ES.No dia 5 de novembro de 2015, o Brasil inteiro assistiu pela televisão enquanto 60 milhões de metros cúbicos de lama desciam pelos vales da cidade histórica de Mariana, em Minas Gerais, destruindo centenas de casa, tirando 17 vidas, deixando centenas de desabrigados. A lama vinha de uma barragem de rejeitos de minério de ferro da mineradora Samarco, que rompeu.
O valor total do projeto para finalização e despesas de lançamento foi calculado em R$ 55 mil. Ajude-nos a atingir essa meta até 01 de setembro!!!
Orçamento -
- R$ 30 mil serão gastos na finalização do vídeo (trilha sonora, sound design, colorização, animação, legendagem)
- R$ 10 mil serão gastos com a exibição pública e gratuita do filme em Mariana e Regência.
- R$ 8,4 mil serão gastos na divulgação do filme, contratação de assessoria de imprensa, elaboração de material promocional, mídias sociais e inscrição em festivais nacionais e internacionais.
- R$ 6,600 é a taxa do Kickante
Sobre nós –
A Do Rio Filmes é uma produtora jovem, especializada em institucionais, conteúdo web e documentários.
Os diretores –
Pedro Serra – Jornalista, sócio-diretor da Do Rio Filmes, onde responde pela direção de fotografia das produções. Coordenou a área de vídeos do Jornal Extra, onde produziu uma variedade de documentários e reportagens sobre os mais variados temas.
Hermano Beaumont - Diretor e roteirista. Responsável pelo roteiro de programas como o +Brasileiros, do canal +Globosat, além da direção de diversos filmes publicitários e campanhas.
Recompensas –
- R$ 20 - Ficaremos muito gratos pela sua participação, enviando um e-mail de agradecimento com um certificado virtual de apoiador do projeto.
- R$ 50 - Além do nosso agradecimento por email e do certificado virtual, você vai receber um agradecimento exclusivo e fofo no nosso Facebook.
- R$ 100 – este kit dá direito ao certificado virtual, agradecimento no Facebook e um pôster de divulgação do filme enviado para o seu endereço.
- R$ 200 – Com essa quantia, você recebe certificado, agradecimento, pôster e ainda tem o seu nome eternizado nos agradecimentos dos créditos finais do filme.
- R$ 350 – Além do certificado virtual, pôster e o seu nome eternizado nos agradecimentos finais do filme, você ainda vai receber pelo correio uma cópia do filme em DVD.
- R$ 500 - Doando R$ 500 você tem direito a certificado, pôster, agradecimento, DVD e ainda vai ganhar uma ligação por Skype com os produtores do filme para um bate-papo sobre a produção.
- R$ 1.000 – Doe R$ 1000 e, além de tudo o que foi dito antes, você ainda vai poder assistir ao filme antes de todo mundo em um link com senha exclusiva.
- R$ 3.000 – Além das recompensas anteriores, você poderá jantar com os produtores do filme no Rio de Janeiro ou durante a estreia do filme em Mariana ou Regência. O jantar é por nossa conta!
- R$ 5.000 - Aí o negócio fica sério. Além de todas as recompensas anteriores, você ganha o crédito de produtor do filme, tem direito a ver cortes antes do lançamento e pode até dar opinião (ok, não necessariamente iremos acatá-la, mas com certeza ouviremos).
- R$ 10.000 – Você é nosso parceiro. São apenas duas vagas! Além de tudo o que já foi dito antes, as portas da produtora estarão abertas para você, que poderá participar do processo de edição e terá o crédito de produtor executivo. Lembrando, claro, que qualquer decisão final sobre o filme será nossa, mas ficaremos felizes de ter você participando do processo (e o cafezinho aqui na produtora é supergostoso).
Diretoria do Sinpro Macaé e Região
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