O Sindicato dos Professores de Macaé e Região –
Sinpro Macaé e Região vem denunciando, através de notas de
esclarecimentos e comunicações, em seu portal na internet e nas redes sociais,
os cortes nos salários dos professores/as que lecionam na rede Campanha
Nacional de Escolas da Comunidade (CNEC) nas cidades de Rio das Ostras, Rio
Bonito e Quissamã. A situação se arrasta desde março, quando ocorreram os
primeiros cortes.
Na última assembleia, os profissionais manifestaram
o seu descontentamento e revolta com a atitude da instituição em reduzir
permanentemente os salários. A Cnec impõe uma redução de 40%, em média, sem
oferecer nenhuma garantia! O Sinpro tem claro que não se trata de aplicação da
Medida Provisória 936, que prevê redução de salários com redução de carga
horária e participação do governo, mas de uma redução definitiva e
inconstitucional.
Segundo a presidente do sindicato, professora
Guilhermina Rocha, a CNEC enviou em abril proposta formal de redução
salarial que chega até 40%, para alguns docentes, e com o valor da hora-aula
menor que o piso garantido pelo Plano de Cargos e Salários. A proposta traz
como justificativa “o agravamento da situação financeira, que dificulta ainda
mais o cumprimento das obrigações trabalhistas”. Entretanto, pontua
Guilhermina, o que tem de ser considerado é a baixa inadimplência, fato que não
valida o argumento.
O Sinpro Macaé e Região salienta que os
professores, mesmo diante do que avalia como desrespeito, continuaram
trabalhando normalmente em regime remoto, “com toda dificuldade que esta nova
realidade acarreta, inclusive com custos para os professores/as com internet,
computador, etc”. Diante deste impasse, a categoria deliberou a GREVE, um
instrumento legítimo, segundo a professora Guilhermina Rocha. Para ela, a CNEC
precisa se colocar com clareza, buscando o entendimento com o sindicato e com a
categoria. "Qualquer proposta deve ser apresentada através de minuta, de maneira
formal. para que se possa analisar, debater e deliberar", disse a
professora.
Guilhermina enfatiza que se a direção da CNEC tem
pressa, deve comparecer à. audiência agendada para esta segunda-feira, dia 15
de junho, no Ministério Público do Trabalho. Ela informa ainda que
a direção da CNEC tem pressionado os/as professores/as, visando
a esvaziar movimento de greve. O argumento é o de sempre, segundo Guilhermina,
o fantasma da demissão e a constante responsabilização dos mesmos pela manutenção
e continuidade das atividades escolares. O que fica demonstrado é que, para a
instituição, a luta pelos salários atrasados, pelos acordos não cumpridos, pelo
não pagamento de rescisões de tantos docentes em períodos bem anteriores à
pandemia não condiz com o amor à educação e aos alunos.
Para o Sindicato, os/as professores/as, contudo,
tem claro que a decisão de greve tirada em assembleia veio fortalecer o
movimento. A greve foi aprovada como resultado de um processo construído a
partir de vários debates coletivos e uma das colunas é exatamente a que reforça
que o amor à educação e aos alunos precisa ser expresso também pela dignidade
com que a rede trata seu corpo docente, ressalta Guilhermina.
Solidariedade - O apoio dos estudantes e dos pais e
mães aos professores tem sido muito importante ! O reconhecimento pelo trabalho
e dedicação reafirma o compromisso por educação de qualidade, que valorize e
respeite os professores. Dignidade para quem ensina ! Ciência Sempre.
Calendário
das Atividades :
·
Paralisação
de 48 horas: a partir do dia 10 de junho de 2020
·
Reunião
da Comissão dos Professores: dia 12 de
junho de 2020, às 10h.
·
Dia 15 de
junho (segunda): Início da GREVE dos
Professores da CNEC
·
Dia 15 de
junho, às 11h no facebook do Sinpro Macaé e Região - Live da
Educação : Dignidade Para quem ensina
·
Dia 15 de
junho (segunda) , às 15h, audiência de mediação com o MPT
·
Dia 16 de
junho (terça) , às 14h , Reunião Virtual dos Professores da CNEC
·
Dia 20 de
junho( sábado), às 10h, assembleia virtual dos professores da CNEC
SINDICATO DOS PROFESSORES DE MACAÉ E REGIÃO
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